Aqui, nos últimos anos as calçadas assim revestidas têm sido alvo de polêmicas.
Para justificar pedras soltas, buracos e desníveis os mosaicos recebem culpas que não lhes cabem. Em vez de atribuir os problemas ao mau assentamento e à péssima conservação – às vezes ausente -, muitos que, infelizmente, se machucam, ou têm dificuldade de locomoção pensam que as pedrinhas são as culpadas de tudo e esquecem a situação idêntica que vivemos no caso de calçadas mal feitas mesmo que empregados outros materiais.
Para justificar pedras soltas, buracos e desníveis os mosaicos recebem culpas que não lhes cabem. Em vez de atribuir os problemas ao mau assentamento e à péssima conservação – às vezes ausente -, muitos que, infelizmente, se machucam, ou têm dificuldade de locomoção pensam que as pedrinhas são as culpadas de tudo e esquecem a situação idêntica que vivemos no caso de calçadas mal feitas mesmo que empregados outros materiais.
Hoje a polêmica sobre o calçamento está onde ele nasceu, em Portugal. A reportagem ‘O chão de pedras pretas e brancas nasceu há 172 anos’ do Jornal Público explica que “De superfície lisa e brilhante, a pedra torna-se mais cintilante em dias de chuva, e por vezes escorregadia (…) característica que não agrada a todos e que tem provocado discussões políticas e sociais entre quem defende o início do seu fim e de quem a defende como património histórico que deve ser preservado”.
Ao conhecer o postde 2012 PEDRAS PORTUGUESAS E CARIOCASo prestigioso jornal português procurou este Blog com o intuito de conhecer o motivo das discussões e queixas contra este calçamento tradicional que acontecem cá do outro lado do Atlântico. Após o histórico que consta na primeira parte da reportagem, o tema prossegue com ‘Calçada portuguesa em Lisboa e no Rio: é mais o que as une do que aquilo que as separa’ ambos os artigos bastante esclarecedores.
Agradecemos ao Jornal Público e à jornalista Inês Boaventura pelo contato, e pela oportunidade de reafirmarmos nosso ponto de vista: a importância de manter a memória urbana viva que as Pedras Portuguesas representam – tema que, não obstante as discussões entre defensores e opositores como a reportagem nos lembra, “desperta paixões”.
Os problemas com a conservação podem ser resolvidos. Há que querer, no entanto, seja da parte dos administradores públicos ou dos proprietários de terrenos lindeiros. De resto, as caminhadas por várias calçadas cariocas nos ajudam a preservar e a reverenciar a nossa história. Basta lembrar e sempre rememorar que…
Querido Blog,
O texto despertou em mim sentimentos "apaixonados". Percebi que, aos que sao favoraveis ao fim das poeticas pedras em funcao dos desconfortos causados pela ma conservacao, estao, na verdade, desejando "nivelar por baixo", tal como acontece em diversas materias de decisao publica no pais, Estado e na UrbeCarioca. Caem os acentos diferenciais, aprovam-se alunos automaticamente na rede publica, diminuem-se os criterios pars avaliar pobreza (para aumentar o numero de cidadaos que "deixou de ser pobre"), etc.
Espero que nossa Urbe nao acabe "nivelada por baixo", em funcao da falta de boa gestao dos investimentos, pois o q n falta aos governos eh dinheiro, mas sim honestidade, gestao e governanca. Espero que nossa UrbeCarioca, nosso Estado e Nação, não se tornem acimentados, cinzentos, sem graça, igualados, simplificados e diminuidos. Mas, que possam ser cheios de nuances, arte, historia, criatividade, como as lindas pedras, com nossa cultura e historia preservados. Com nosso dinheiro bem gerido. Se o dente da gente machuca, o que a gnt faz? Canal, ou arranca tudo e compra uma dentadura barata? Canal, logico. Por que? Porque o dente é nosso, é original, é do nosso corpo, carrega nossa história e tem raízes dentro da gente. Com o patrimonio historico e cultural nao é diferente. Só pensa diferente quem arrancaria os dentes dos outros- com sua singularidade e harmonia organicas, assim como as pedrinhas colocadas artesanalmente pelos cerebros e maos dos calceteiros urbanos- por preguica, pressa, ma vontade e, claro, para vender mais dentadura!