A saga do Jardim de Alah continua. O local privilegiado situado na Zona Sul do Rio, antes abandonado, hoje está vilipendiado. Os tapumes que o cercam e os conteineres lá instalados são o cenário do funeral em preparação, organizado pelo Prefeito do Rio e os assim chamados concessionários, como se fosse possível conceder uma área pública à exploração em tais condições. Não, não é uma concessão.
É a aniquilação de uma área livre, pública, ajardinada, pela construção de um arsenal de lojas e restaurantes, ideia vendida sob a roupagem de criar benefícios sociais para os moradores da Cruzada São Sebastião e promover a integração daqueles ao local. Pura balela.
A manifestação do Ministério Público mostra lucidez. Permitimo-nos afirmar que, ainda que o Jardim de Alah não fosse bem tombado – o argumento que embasa a impossibilidade de construir na praça – do ponto de vista urbanístico trata-se de uma aberração, proposta e aceita por pessoas que não têm respeito pelo Rio de Janeiro.
Urbe CaRioca
Clique sobre a imagem e leia a íntegra da manifestação do Ministério Público
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