Em continuidade ao post “Reparo na canalização do Rio Carioca, no Cosme Velho, causa transtornos ao trânsito” reproduzimos novas imagens e o relato do Engenheiro de Operação Antônio Guedes sobre o ocorrido no bairro, destacando a necessidade de coesão sobre as questões.
“O momento é de união”, afirma o autor das imagens.
Urbe CaRioca
O que aconteceu no Cosme Velho poderia ter sido uma tragédia. Se a galeria do rio Carioca se fechasse após uma tromba d’água, (o trecho) da calçada da Igreja até à praça sumiriam do ar. Os detritos que desceriam pela Rua da Laranjeiras avante provocaria um caos total na Cidade.
O buraco aberto para reparos não seria “desse tamanho”, seria muito maior. O rio e as suas galerias têm que ser considerados como um rio vivo ainda. As águas que estão sendo coletadas desde os pés do Cristo, nas Paineiras, onde existem vários problemas de drenagem, na Estrada de Ferro Corcovado, na Estrada Velha abandonada, e despejadas na rua Almirante Alexandrino, causaram nesta última chuva uma descida irregular pela rua Mauriti Santos.
O momento é de união, temos que juntar forças. Existem mudanças climáticas, para os que acreditam ou não. Essa área é conhecida por ser atingida sistematicamente por trombas d’água. Historicamente, temos entre 25 a 30 citações.
Não é hora de procurar culpados. É hora de resolver o problema. Essa tomada de iniciativa verdadeira, de solução, é um exemplo para o país, tanto na parte de drenagem, como na parte sanitária.
O Rio de Janeiro foi a segunda capital mundial a ter bombeamento e tratamento de esgotos. Nós temos que mudar essa história no Brasil. Que os órgãos públicos se reúnam e o cidadão também entenda todas essas dificuldades. É um trabalho “corrido” para que a calçada seja recuperada. A via principal do bairro do Cosme Velho é praticamente única, e o seu fechamento interfere no trânsito de grande parte da cidade.
Temos que proteger as galerias pluviais do Rio de Janeiro. As grades devem ser limpas e assim mantidas.
Antônio Guedes