Mais sobre a questão da drenagem de rios e o saneamento, de Antônio Guedes

Em continuidade ao post “Reparo na canalização do Rio Carioca, no Cosme Velho, causa transtornos ao trânsito” reproduzimos novas imagens e o relato do Engenheiro de Operação Antônio Guedes sobre o ocorrido no bairro, destacando a necessidade de coesão sobre as questões. “O momento é de união”, afirma o autor das imagens. Urbe CaRioca O que aconteceu no Cosme Velho poderia ter sido uma tragédia. Se a galeria do rio Carioca se fechasse após uma tromba d’água, (o trecho) da calçada da Igreja até à praça sumiriam do ar. Os detritos que desceriam pela Rua da Laranjeiras avante provocaria um caos total na Cidade. O buraco aberto para reparos não seria “desse tamanho”, seria muito maior. O rio e as suas galerias têm que ser considerados como um rio vivo ainda. As águas que estão sendo coletadas desde os pés(Leia mais)

Marco do Saneamento e dois artigos: Magalhães e Janot

Tendo em vista a recente aprovação do novo Marco Legal do Saneamento Básico, pela Presidência da República – com onze vetos – através do projeto de lei 4.162/2019, entendemos ser oportuno reproduzir dois artigos sobre o tema, publicados recentemente no jornal O Globo. Ambos de urbanistas consagrados, o primeiro é Sozinho, não vai, de Sérgio Ferraz Magalhães e o segundo, Em direção ao futuro, de Luiz Fernando Janot. O projeto de lei visa ampliar a presença do setor privado na área. Atualmente, o saneamento é prestado majoritariamente por empresas públicas estaduais. O novo marco legal tenta aumentar a concorrência. O texto aprovado pelo Congresso tem, entre outros objetivos, universalizar o saneamento (prevendo coleta de esgoto para 90% da população) e o fornecimento de água potável para 99% da população até o fim de 2033. Cabe lembrar que a proposta ainda(Leia mais)

Água de esgoto, por Andréa Martins Koehler

Neste artigo, a arquiteta Andréa Martins Koehler destaca os impactos sofridos pela pelas comunidades carentes do Rio de Janeiro e da Cidade de forma geral diante da ausência de saneamento básico, a falta de planejamento urbano, o descaso com o cumprimento das legislações urbanísticas, a falta de uma política de habitação popular e de uma fiscalização efetiva, entre outras demandas. Vale a leitura ! Urbe CaRioca Água de esgoto Andréa Martins Koehler – Arquiteta No início do mês de março, a cidade do Rio de Janeiro e outras grandes metrópoles do nosso país foram castigadas por intensas chuvas. As comunidades carentes sofreram um maior impacto devido à localização geográfica na qual estão inseridas, muitas vezes situadas em bases de encostas, ao longo de rios, córregos e valas. A vulnerabilidade dessas áreas em épocas de chuvas é intensificada principalmente pela ausência de saneamento básico,(Leia mais)

UM RETRATO DA ZONA DA LEOPOLDINA NA GEOGRAFIA CARIOCA, de Hugo Costa

O geógrafo Hugo Costa já nos brindou com o artigo BRT TRANSCARIOCA, UM LEGADO PARA QUEM?, de enorme repercussão neste blog, com mais de 2000 visualizações em apenas 48 horas, e ainda o mais lido dos últimos 30 dias. Em novo texto, o autor traça um panorama da Zona Norte da Cidade, região que precisa da atenção dos gestores públicos para além das falhas encontradas nos (des)caminhos do BRT. Boa leitura. Urbe CaRioca UM RETRATO DA ZONA DA LEOPOLDINA NA GEOGRAFIA CARIOCA Hugo Costa A região assim chamada por seus bairros serem cortados pela Antiga Estrada de Ferro Leopoldina, tem forte identificação cultural e geográfica com uma parcela de moradores da Zona Norte. Também é conhecida como a terra do samba e do choro (lar do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense e do saudoso Pixinguinha), possui um(Leia mais)

O PASSEIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO E AS ÁGUAS DA ANTIGA LAGOA DO BOQUEIRÃO DA AJUDA

Passeio Público, 20/09/2016 – Foto: Marconi Andrade Passeio Público, 20/09/2016 – Foto: Marconi Andrade Na última terça-feira, dia 20/09/2016, o Passeio Público do Rio de Janeiro amanheceu alagado, após as chuvas fortes que ocorreram durante a madrugada anterior.  Naquela região o alagamento atingiu ainda a Avenida Rio Branco, a vizinhança do Passeio, o entorno da Praça Paris – no bairro da Glória -, e, mais adiante, a Rua do Catete, no bairro de mesmo nome. Na Zona Norte, alguns bairros próximos ao Centro também sofreram as consequências das chuvas, conforme notícias na imprensa. Especificamente quanto ao Passeio Público, no mesmo dia Marconi Andrade – presidente da Associação de Moradores e Amigos da Glória, AMA Glória, e membro fundador do Grupo S.O.S. Patrimônio, da rede social Facebook – fez o seguinte relato: “Venho denunciando há meses a obra da Cedae ao(Leia mais)

POLUIÇÃO DAS LAGOAS DE JACAREPAGUÁ – BIÓLOGO MÁRIO MOSCATELLI CONVIDA CANDIDATOS

Atualização em 29/08/2016 às 19h45min (informação de Mário Moscatelli) CONFIRMADOS PARA A VISTORIA TÉCNICA NO SISTEMA LAGUNAR DA BAIXADA DE JACAREPÁGUA de 30/08/2016:  1-Tomas Pelosi Filho – vice de Carmem Migueles  2-Carlos Osório – vice Aspásia  3-Marcelo Freixo  4-Roberto Anderson – vice de Alessandro Molon  5-Edson Santos – vice de Jandira Feghali  6-Índio da Costa AUSENTES:  1-Crivella  2-Pedro Paulo  3-Flávio Bolsonaro  4-Thelma Bastos  5-Cyro Garcia Lagoa da Tijuca, Barra da Tijica, Rio de JaneiroFoto: Mário Moscatelli, divulgada em 18/08/2016 via Facebook Como é sabido, a despoluição da Baía de Guanabara, e das lagoas, rios e córregos da Cidade do Rio de Janeiro não tem sido alcançada durante décadas, embora seja anunciada nas propostas de sucessivos governos, inclusive com vistas à realização dos Jogos Pan-Americanos 2007 e, mais recentemente entre as metas previstas para os Jogos Olímpicos Rio 2016, recém-terminados. Para(Leia mais)

SOBRE A DRAGAGEM DAS LAGOAS DE JACAREPAGUÁ

MPF vai pedir embargo de dragagem das lagoas: ‘É crime autorizar obras sem a licença ambiental’  Secretaria de Estado do Ambiente anuncia TAC com MP estadual, mas procurador da República não reconhece “— Entendemos que o TAC não tem validade porque o assunto é de competência da União, por se tratar de obra em zona costeira, o que afeta a balneabilidade das praias. E o que chama a atenção é que tanto o MPRJ como a SEA estavam cientes de que estávamos atuando. O MPF nunca esteve inerte — afirma Suiama.— É crime autorizar obras sem a licença devida. É inadmissível que se realize uma dragagem gigante, sob custo de R$ 600 milhões, sem a apresentação do estudo de impacto ambiental. Em tempos de Lava-Jato, não podemos autorizar qualquer obra dessa magnitude, ainda mais com empreiteiras envolvidas em escândalos recentes(Leia mais)

LINDAS ÁGUAS POLUÍDAS NA URBE CARIOCA

ATUALIZAÇÃO EM 14/05/2015 – O Globo publicou que “Prefeitura quer fazer PPP para tratar esgoto em Jacarepaguá“. Em 08/05/2015 constatamos que o esgoto gorduroso navegava desde a Lagoinha, já sem oxigênio, pelo Canal das Taxas, em direção à Lagoa de Marapendi. A situação precária das lagoas de Jacarepaguá, rios e córregos da Zona Oeste, não é surpresa para ninguém. É problema crônico. A limpeza anual outonal das gigogas é paga com o imposto do contribuinte. Ao não combater a causa do problema – e as despesas decorrentes – cresce tanto quanto o assoreamento as plantas que formam um tapete verde. Bonito, até. Pena que, tal como no ditado popular, “Por fora, bela viola. Por dentro, pão bolorento”. Sem a prevenção cria-se um ciclo constante que lembra a eterna retirada de areia do canal do Jardim de Alah. Enquanto isso ‘performance’(Leia mais)