Metros quadrados voadores, de Roberto Anderson

Em complemento ao comentário do arquiteto Canagé Vilhena, reproduzimos o artigo publicado originalmente no Diário do Rio, no qual o arquiteto e professor da PUC-RJ, Roberto Anderson, destaca que a proposta de transformar o antigo Campus Fidei, em Guaratiba, em autódromo, financiado por meio da venda de potencial construtivo, expõe um padrão já frequente na atual gestão municipal: o uso expansivo de mecanismos que deveriam ser excepcionais para viabilizar grandes empreendimentos privados. Ao deslocar milhões de metros quadrados para áreas valorizadas, a Prefeitura cria sobrecargas urbanas significativas e afasta o debate sobre planejamento territorial responsável. Esse movimento não ocorre isoladamente. Somado a outras operações recentes, ele esvazia a força normativa do Plano Diretor e converte a legislação urbanística em um sistema de exceções contínuas. O resultado é um cenário de insegurança jurídica e de prejuízo coletivo, que exige atenção imediata(Leia mais)

Reviver Centro: Mercado Imobiliário em polvorosa por mais benesses

Com muita vergonha de mais uma barbaridade urbano-carioca, este blog  divulga a notícia publicada no jornal O Globo, da lavra do ótimo jornalista Luiz Ernesto Magalhães, que há décadas acompanha variadas questões sobre a Cidade do Rio de Janeiro, sobretudo aquelas ligadas à legislação urbana e aos códigos de obras vigentes – e em constante modificação. Conforme temos repetido, o Programa Reviver Centro, não obstante algumas poucas licenças de obras concedidas, tem “revivido” principalmente o bairro de Ipanema ao liberar a construção de edifícios não afastados das divisas com altura superior a 12 metros, restrição imposta pela Lei Orgânica do Município que somente poderia ser revista após um estudo completo sobre o bairro e a  elaboração de um Projeto de Estruturação Urbana – PEU para o mesmo. Por conceito estabelecido, os PEUs são leis abrangentes que consideram as características específicas(Leia mais)