VENDO O RIO, VERSÃO 2016 – PARTE 2

Com um comentário de Roberto Anderson,

e mapas dos terrenos à venda

Imagem divulgada na rede FB em 28/02/2016

Em VENDO O RIO, VERSÃO 2016 comentamos que a “Prefeitura quer colocar à venda quinze imóveis do município”, por medida de economia, conforme  noticiário do último sábado.

Projeto de Lei nº 1710/2016 que ‘AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA’, de autoria do Poder Executivo, está disponível no site da Câmara de Vereadores.

Em relação aos imóveis tombados situados no bairro da Gamboa, atrás do conjunto Cidade do Samba, transcrevemos o comentário do arquiteto Roberto Anderson, um defensor do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro:


GALPÕES DA GAMBOA À VENDA

Dois galpões situados no bairro da Gamboa, Zona Portuária da cidade, remanescentes dos três que existiam no antigo Pátio Ferroviário da Marítima, estão à venda pela Prefeitura.

É impossível compreender essa decisão do prefeito.

Os galpões estavam muito deteriorados. Durante as obras na Portuária, com o terreno cercado, houve um roubo das colunas de ferro. A Prefeitura os restaurou e prometeu que teriam um uso ligado à cultura.

Agora, depois de gastar uma fortuna com a construção do Museu do Amanhã, a municipalidade quer se desfazer desses imóveis que são exemplares da arquitetura mais representativa daquele lugar!

As construções poderiam abrigar uma fantástica produção cultural!

 Roberto Anderson
Imagem disponível na Internet


Além desses imóveis, mais uma vez causa estranheza a venda de lotes que foram doados ao município, por força de leis urbanísticas, para receberem a construção de equipamentos públicos como escolas e creches, entre outros, ou praças, ou, simplesmente áreas a serem mantidas livres que agora, inexplicavelmente, retornarão à iniciativa privada e ao mercado imobiliário.

Note-se que para esses lotes doados ao município serem ocupados pode ser necessário aprovar um novo Projeto de Lei Complementar que defina índices urbanísticos para os locais respectivos.

No post anterior copiamos a lista com endereços dos imóveis.

Abaixo, estão os mapas de todos os terrenos – desenhos que acompanham o Projeto de Lei.




VENDO O RIO DE JANEIRO – 15 TERRENOS DO MUNICÍPIO À VENDA, EM BREVE
Mapas que acompanham o Projeto de Lei nº 1710/2016

Blog Urbe CaRioca, fevereiro/2016

  1. Marcello, penso que essas vendas são feitas em pacotes, sem critérios claros. Quem sabe muitas delas melhor seriam aproveitadas para uso da população do Rio, seja como áreas de lazer ou abrigando equipamentos públicos necessários nos bairros respectivos? Talvez uma ou outra se justifique. Tudo? Não creio. Um abraço e obrigada pelo comentário.

  2. Marcello, penso que essas vendas são feitas em pacotes, sem critérios claros. Quem sabe muitas delas melhor seriam aproveitadas para uso da população do Rio, seja como áreas de lazer ou abrigando equipamentos públicos necessários nos bairros respectivos? Talvez uma ou outra se justifique. Tudo? Não creio. Um abraço e obrigada pelo comentário.

  3. No primeiro mandato o Prefeito vendeu grande parte das terras municipais na Barra e do Recreio para a Carvalho HosKen e para outras empreiteiras parceiras do prefeito. Estas áreas eram reservas e áreas de proteção permanente alem de algumas destinadas a praças, escolas, etc. O estreito relacionamento obscuro e duvidoso de Eduardo Paes com as empreiteiras e demais empresários da construção civil e do setor imobiliário tem levado a Mata Atlântica CRIOCA ao extermínio. Vivemos uma era desastrosa para as gerações futuras, cimento e extinção de espécies é a regra imposta pelos nossos gestores públicos.

  4. Prezado Ricardo Lafayette,
    Obrigada pelo comentário. Concordo com suas ponderações, em parte. Quanto aos sobrados lembro o projeto Novas Alternativas (se não foi este, é um de outro nome) que recuperou antigos cortiços e destinou-os à Habitação Popular. Talvez fosse uma boa solução ao invés de simplesmente colocá-los à venda. Quanto ao VLT, mais um motivo para os galpões não serem vendidos, pois a permanecer o uso que você informa, sendo o VLT uma concessão municipal a propriedade deve ficar com o Município, passada a responsabilidade de manutenção e preservação para o concessionário enquanto o contrato durar. Penso que os que já estão ocupados por escolas particulares podem ser uma exceção, porém comprovado que não terão nenhuma serventia para o município (= a população). Lotes doados obrigatoriamente deveriam ter melhor utilidade para a cidade (= a população), ou, para que exigi-lo?. Um grande abraço. Andréa

  5. Andréa,
    Dos 15 imóveis listados no Projeto de Lei 1.710/2016, há alguns que talvez nas mãos da iniciativa privada tenham melhor destino, e ai cito os sobrado, quase todos em estado de ruínas, na região da Lapa e da Praça da Cruz Vermelha. Quanto aos galpões da Gambôa, é preciso registrar que eles hoje estão parcialmente cedidos a empresa que operará o futuro VLT, e é ali que funcionam as garagens e as oficinas do futuro VLT. Não estou fazendo defesa do Projeto, apenas registrando essa situação. Quanto aos lotes doados no licenciamento de empreendimentos na região da Avenida Salvador Allende e da Estrada Benvindo Novaes, certamente a melhor opção seria continuarem como terrenos públicos.
    Abraço,
    Ricardo Lafayette

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