PARA VOTAR, COM ELEGÂNCIA, NA URBE CARIOCA

CrôniCaRioca
 
O melhor terno, a gravata sóbria, lenço de seda com a ponta para fora do bolso, combinando com a gravata. Sapatos de cadarço, laço bem amarrado para não tropeçar.
Barba bem feita, ‘Gumex’ no cabelo branco penteado para trás, perfumava-se.
No bolso da calça lenço de cambraia de algodão para qualquer eventualidade, também perfumado.
Assim meu sogro se preparava para votar na Urbe CaRioca, desde os tempos em que ainda éramos Distrito Federal e depois Estado da Guanabara, a nossa Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro.
Elegância e esmero a caminho da seção eleitoral. Seriedade para exercer o dever cívico, sempre: tanto antes quanto depois do hiato indesejado que nos impedia de escolher.
Cédulas de papel, não tocou a urna eletrônica.
Cinco de outubro, 2014, dia de votar novamente. Se ainda estivesse aqui já teria separado a roupa especial para usar amanhã, e sairia cedo caminhando, de bengala, pelas ruas do Humaitá.
Ele não irá.
Iremos nós, de gerações mais recentes, por certo vestidos à vontade, mas, com a mesma inspiração elegante que caminha junto com a eterna esperança por um Brasil melhor.
Bom voto, boa eleição.
Urbe CaRioca

 

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