E o gabarito desmoronou. As benesses excessivas ao mercado imobiliário provam-se perniciosas ou ineficientes. Boas para poucos, prejudiciais a muitos e à Cidade. Perdemos o Autódromo. O prometido autódromo novo jamais será feito. Saímos do circuito internacional. Ganhamos vários elefantes brancos. Como esquecer a Ilha (im)Pura? A demolição do prédio da antiga Brahma, substituído por uma torre vazia? O fiasco das CEPACs e os rios de dinheiro público que passaram pelo Porto dito maravilha, anunciado como parceria público-privada e arrematado pela Caixa Econômica Federal? As gigantescas isenções de impostos, dinheiro que seria de todo caso aplicado na Cidade, equipamentos urbanos públicos – escolas, postos de saúde, transportes? A falsa Linha 4 do Metrô, e o aproveitamento duvidoso de uma licitação antiga? O Campo de Golfe na reserva que impediu a conclusão de importante avenida na Barra da Tijuca? Os hotéis(Leia mais)
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Pais Cariocas, 2020 – Meu pai
CrôniCaRioca Querido Paizinho, Se você estivesse aqui, imagino o que estaria fazendo durante cinco meses sem sair de casa. Pois, com 105 anos, na quarta ou quinta idade, em meio a uma pandemia que se arrasta, restaria ficar no apartamento da Tamandaré, aquele das muitas festas, aniversários, Natais e alegrias. Por certo aí no Céu dos Pais não existem coronavírus, doenças, medo, saudade… Por certo só um tipo de Paz que por aqui não há, parece. Quem sabe haverá, neste planeta, serenidade celestial para aqueles que desenvolveram a espiritualidade ao máximo, de alcance inimaginável para a filha saudosa de tantas coisas boas. Pensar que estava no Rio de Janeiro, que tanto amava, quando outra pandemia chegou ao Brasil em 1918, justamente quando você completava quatro anos! Felizmente foi poupado da Gripe Espanhola, ou, quantas pessoas seriam privadas de conhecê-lo, eu(Leia mais)
ORAÇÃO DO BRASILEIRO SOBREVIVENTE DE 2018, de Hugo Hamann
…E QUE 2019 SEJA LEVE! Caros leitores, Mais um ano se encerra, o sétimo desde a criação deste espaço urbano-carioca. Agradecemos pela companhia, prestígio, artigos de amigos colaboradores e de colaboradores que já são amigos. Esperamos continuar juntos em 2019, quem sabe com o Rio de Janeiro e o Brasil mais humanos. Para ilustrar nossa mensagem de fim-de-ano, escolhemos a imagem abaixo, uma árvore Pau-Brasil plantada no dia 22 de abril de 2000 por mim e minha família, época em que o Brasil completava 500 anos, a inflação do período Sarney e das temíveis maquininhas de supermercado não mais existia, e o coração do brasileiro se enchia de esperanças. A árvore cresceu, o Brasil cresceu e encolheu, quanta coisa aconteceu… Mas, aos ainda sobreviventes, em especial os fluminenses com seu Estado esfacelado, os cariocas de uma cidade ex-olímpica abandonada, e(Leia mais)
Artigo: NÃO HÁ LUGAR PARA JOGADAS, de Sérgio Magalhães
O arquiteto, que foi Secretário Municipal de Habitação na Cidade do Rio de Janeiro e Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, traça um panorama sobre o quadro de violência que vivemos no país, questiona o papel do Estado – sua ausência, presença excessiva, e delegações indevidas – e aponta como tais desequilíbrios se refletem no planejamento do território e das cidades. Em suas palavras, o “germe da violência urbana de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século passado. O país errou muito”. O artigo reproduzido abaixo foi publicado no jornal O Globo no último sábado, dia 24/03/2018. Vale a reflexão. Boa leitura. Urbe CaRioca Não há lugar para jogadas Sérgio Ferraz Magalhães Importante germe da violência de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século(Leia mais)
Intervenção federal no Rio de Janeiro – análise de César Maia
VOLTA AMPLA DO POLICIAMENTO OSTENSIVO JUSTIFICARIA A INTERVENÇÃO NA SEGURANÇA DO RIO! Discurso do Vereador Cesar Maia na Câmara Municipal do Rio em 21/02/2018. 1. A decisão tomada pelo Governo Federal de intervenção na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro foi uma decisão inevitável. Inevitável pelos erros sequenciais que as administrações anteriores, desde 2007 até os dias de hoje, adotaram na segurança pública: quando o então Secretário José Mariano Beltrame, responsável por essa situação, entra e decide concentrar as forças de segurança nas UPPs e basicamente eliminar o policiamento ostensivo. 2. Não se viam mais policiais militares nas ruas, nas praças. Isso desde 2008, aproximadamente. O policiamento ostensivo é a coluna vertebral da segurança pública. É uma subfunção básica. Outras existem, mas sem policiamento ostensivo essas outras funcionam insuficientemente. 3. Eu conheci dois países, Cingapura e Cuba (Havana),(Leia mais)
No ar: Com a palavra, o CaRioca
Com a palavra, o CaRioca é o espaço, no site Urbe CaRioca, dedicado ao leitor, onde serão divulgados fatos relacionados ao dia-a-dia na cidade; comentários e informações de interesse geral sobre a prestação de serviços públicos ou a ausência destes; pedidos de providências por parte dos gestores públicos; ordem urbana; artigos sobre questões urbanas; observações sobre obras e o uso do solo; opiniões sobre leis urbanísticas existentes, em elaboração ou em aprovação na Câmara de Vereadores. Com a palavra, o CaRioca direciona-se aos interessados pela Cidade do Rio de Janeiro: estudiosos do tema, arquitetos, urbanistas, profissionais ligados às questões relativas a Uso do Solo, Patrimônio Cultural – bens culturais construídos e bens imateriais -, Meio Ambiente, Direito Urbanístico, Direito Ambiental, e todos os ótimos observadores do Rio de Janeiro que, certamente, têm muito a dizer. Na aba correspondente o leitor poderá(Leia mais)
NO RIO, PARA O PORTO “MARAVILHA” UMA RESOLUÇÃOZINHA PRETENSIOSA, MAS ILEGAL, INCONSTITUCIONAL E INEFICAZ – um artigo de Sonia Rabello
A ESPANTOSA MEDIDA que PROÍBE TOMBAMENTOS NA ZONA PORTUÁRIA deixou muita gente pasmada, do mesmo modo que a ideia de espetar um obelisco-monumento no alto do Morro do Pasmado foi refutada pelos que defendem a memória da Cidade do Rio de Janeiro e sua paisagem – urbana ou natural. No artigo publicado no site A Sociedade em Busca do seu Direito, a professora e advogada Sonia Rabello, profunda conhecedora das questões urbanas e relacionadas ao Patrimônio Cultural, analisa a Resolução nº 28/2017 sob diversos aspectos. Podemos interpretar o título contundente de modo simples. Perante a lei é medida inaplicável, sem chance de prosperar. A leitura do texto reproduzido abaixo é imprescindível. Urbe CaRioca NO RIO, PARA O PORTO “MARAVILHA” UMA RESOLUÇÃOZINHA PRETENSIOSA, MAS ILEGAL, INCONSTITUCIONAL E INEFICAZ Sonia Rabello No Rio, o atual Secretário de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação (ex-candidato a(Leia mais)
ESPANTOSA MEDIDA PROÍBE TOMBAMENTOS NA ZONA PORTUÁRIA
Uma inusitada Resolução foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, ontem. A Resolução SMUIH nº 28 de 28/07/2017 estabelece em seu artigo 1º que “As áreas definidas na Lei Complementar Municipal n.º 101/2009 nos anexos V e VI não poderão ser objeto de tombamento”, embora acrescente no Paragrafo Único que “Serão considerados e mantidos os tombamentos realizados antes da promulgação da referida Lei Complementar”. Explicações: SMUIH – sigla para Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, criada pela gestão atual; Lei Complementar nº 101/2009 – criou condições especiais para ocupação da Zona Portuária do Rio de Janeiro através: instituiu a Operação Urbana Consorciada – OUC da região do Porto do Rio de Janeiro, na Área de Especial Interesse Urbanístico – AEIU criada na mesma lei; Anexo V – corresponde à totalidade da área; Anexo VI –(Leia mais)
O VELO-CITY 2018 VEM AÍ, de Hugo Costa
O evento que será realizado no próximo ano no Rio de Janeiro – o Velo-City Global 2018 – é pano de fundo para o artigo do geógrafo Hugo Costa, que mostra mais uma face dos contrastes entre regiões e bairros cariocas, desta vez com análise sobre a malha cicloviária da cidade. A continuidade dos projetos e obras para a instalação de ciclovias é essencial, assim como sua distribuição equilibrada. Boa leitura. Urbe CaRioca O VELO-CITY 2018 VEM AÍ Hugo Costa* Um dos eventos mais famosos e importantes do mundo para mobilidade ativa acontecerá no Rio de Janeiro em 2018. Depois da bem sucedida recepção este ano em Amsterdam (Holanda) – que é conhecida pela sua grande malha cicloviária – o evento fará parte da política municipal carioca para a atração de eventos mundiais e ampliação do calendário turístico da cidade.(Leia mais)
DIVULGAÇÃO – FÓRUM NO RIO DE JANEIRO SOBRE GESTÃO PÚBLICA
João Doria participa de fórum no Rio sobre gestão pública O prefeito da cidade de São Paulo, João Doria, vem ao Rio de Janeiro dia 19 de junho, segunda-feira, para participar do Fórum Empresarial de Administração Pública. O encontro terá como tema “Melhores Práticas em Gestão de Cidades”. Após o Fórum, João Doria vai falar com a imprensa. Data – 19 de junho, segunda-feira Horário – entre 14h15 e 14h45 Local – Belmond Copacabana Palace Hotel – Avenida Atlântica, 1702 – Copacabana Para credenciamento de imprensa, email deve ser enviado até o dia 16 de junho, 14h00 – gabriela.godoi@fleishman.com.br
O RIO DE JANEIRO, O LABIRINTO DE FAJARDO, E AS PRAÇAS VENDIDAS
Passeio Público, mar.2016. Foto: Mário Rodrigues Ontem o arquiteto Washington Fajardo nos brindou com um belo artigo publicado no jornal O Globo. O título sugestivo – Labirinto – escondia mais do que a dificuldade de encontrar uma saída para as dificuldades que vivem o Rio de Janeiro e os cariocas: em meio a percurso variado desde uma das muitas trágicas mortes recorrentes na cidade do Rio de Janeiro, o autor vagueia da zona sul à zona norte, pelos subúrbios cariocas, e pela região metropolitana; relata a degradação do outrora bucólico Largo do Machado, e lembra a imobilidade urbana – que, na nossa urbe, já é pior do que a paulistana -, tudo em meio a “décadas de crianças perdidas”. Ao contrário de seus artigos usualmente sobre urbanidades em geral, o texto de Fajardo traz uma face muito dura da realidade(Leia mais)