CrôniCaRioca O ano já me faz lembrar dele. Nos jogos de Bingo, o número 22 era sempre chamado de “dois patinhos na Lagoa”. O número 1 era “cantado” assim: “Começa o jogo”. Naturalmente o jogo já havia começado, salvo se aquela fosse a primeira pedra sorteada, quando seria o início de verdade. Vou mais longe. Para trás no tempo, porém à frente ao reavivar boas memórias. Muito já escrevi aqui sobre ele, um Pai CaRioca autêntico, nascido e criado no subúrbio desta cidade. Ora para celebrar a data, ora sobre os Natais inesquecíveis no prédio da Rua Almirante Tamandaré, ou em passeios urbano-cariocas verdadeiros e imaginados, sem esquecer a paixão pelo Ford 50 e a fantástica história do Bolinho Mixto. Onde estará o Ford? E o bolinho, ainda existe? Chamava-se Adelcio. Nome estranho. Parecia único. Havia Adelson, Adilson… Adelcio, nenhum.(Leia mais)
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Pais Cariocas, 2020 – Meu pai
CrôniCaRioca Querido Paizinho, Se você estivesse aqui, imagino o que estaria fazendo durante cinco meses sem sair de casa. Pois, com 105 anos, na quarta ou quinta idade, em meio a uma pandemia que se arrasta, restaria ficar no apartamento da Tamandaré, aquele das muitas festas, aniversários, Natais e alegrias. Por certo aí no Céu dos Pais não existem coronavírus, doenças, medo, saudade… Por certo só um tipo de Paz que por aqui não há, parece. Quem sabe haverá, neste planeta, serenidade celestial para aqueles que desenvolveram a espiritualidade ao máximo, de alcance inimaginável para a filha saudosa de tantas coisas boas. Pensar que estava no Rio de Janeiro, que tanto amava, quando outra pandemia chegou ao Brasil em 1918, justamente quando você completava quatro anos! Felizmente foi poupado da Gripe Espanhola, ou, quantas pessoas seriam privadas de conhecê-lo, eu(Leia mais)
DE UM PAI PARA UMA FILHA
Aos caros leitores, Que os pais, cariocas e de todos os cantos da Terra, possam ter e compartir esse sentimento. Que filhos e filhas, cariocas e de todos os cantos da Terra, possam recebe-lo e sabe-lo genuíno. E retribuí-lo. Dia dos Pais, 2018 Urbe CaRioca “Para minha filha, Em qualquer ocasião que possa e queira ler algo almejado por seu pai nos idos do ano da graça de 1979. Com muito Amor.” Em 24 de dezembro de 1979 _____________________________ “Querida filha, Como é bom escrever a frase acima! Que o Grande Natal da Vida propicie a você todas as venturas do mundo, todas as alegrias e felicidade. Filha, a vida é assumir riscos. É superar as próprias perdas. É aguardar o Amanhã com Fé no grande Sol a romper com o resto da Noite. É ter paciência e saber aguardar(Leia mais)
O PAI DA MINHA AMIGA CLEIA
CrôniCaRioca Já contei histórias sobre a Mãe CaRioca, e sobre o Pai CaRioca – os meus – para celebrar as datas comemorativas em maio e em agosto, desde que o blog, agora site Urbe CaRioca, foi criado, em 2012, memórias familiares misturadas às coisas da cidade. Nada preparado para 2017, eis que pela manhã me deparo com uma lembrança escrita por Cleia Schiavo, amiga de anos, e encontro semelhanças com as vidas de meus pais. A Mãe CaRioca, também nascida na Gávea, o Pai CaRioca, nascido no subúrbio, ela e minha avó trabalharam na Fábrica de Tecidos Carioca, no Jardim Botânico, ele, que me contava histórias e era autor de marchinha de carnaval! Ambos falecidos na mesma época do Sr. Alvize. Ainda, em comum, a valorização dos estudos, que se esforçaram para garantir aos filhos. Quem sabe nossos avós foram(Leia mais)
O MÊS NO URBE CARIOCA – AGOSTO 2016
Desenho: Urbe CaRioca Durante o mês de AGOSTO no blog tivemos postagens recordistas e grandes emoções. O Campo de Golfe dito olímpico frequenta estas páginas virtuais desde o final de 2012 e parece delas não querer sair! Em agosto os comentários foram muito além de capivaras e tacadas. O Clube Flamengo voltou à berlinda. Aproximando-se o dia da concessão da licença de obras – que aconteceria em dezembro conforme já divulgado – teve início outra polêmica, dessa vez sobre o corte de árvores antigas que ficam dentro do terreno do clube. A abertura das Olimpíadas, amemo-las ou não, foi linda, mas o período trouxe também muitos trambolhos para a paisagem urbana carioca, inclusive no prédio abandonado justamente do Clube Flamengo, no bairro de mesmo nome! A maioria foi retirada, mas alguns parecem eternos: por exemplo, a estrutura gigantesca montada nas(Leia mais)