
Minha casa, minha vida?
Seu projeto, minha vida?
Mais conjunto é desdita,
Casa ou prédio, outro erro.
Uma ideia antiquada,
Minha vida isolada,
Outro gueto que se habita.
**
Minha casa, minha vida?
Ou comuna apartada?
É asneira revivida,
Minha vida, preterida.
Moradia separada,
Minha origem, esquecida,
Muita gente repelida.
Sai governo, entra governo, e erros comprovados se repetem. Do ponto de vista urbanístico, os projetos mais recentemente batizados de Minha Casa, Minha Vida – sejam conjuntos de casas ou de edifícios de cinco andares – repetem o modelo existente há décadas no Brasil e na Cidade do Rio de Janeiro, aqui intimamente relacionados ao deslocamento da população que morava nas favelas da Zona Sul – casos mais conhecidos – e da Zona Norte, como foi o do espaço que recebeu a construção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, nos anos 1960/70.