Projeto inclui a reforma das instalações estruturais, cobertura e parte elétrica, reparos no piso interno e nos estacionamentos, além da substituição dos gradis
Cobal do Humaitá e Cobal do Leblon mais uma vez na berlinda. Há que ter toda a atenção. Para recordar, Sempre o Gabarito está à espreita.
Urbe CaRioca
A novela da Cobal do Humaitá e do Leblon: obras orçadas em R$4,2 milhões devem começar
Por Ancelmo Gois e Fernanda Pontes – O Globo
Na semana passada, Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, estiveram na Cobal do Humaitá.
Visitaram boxes e anunciaram o compromisso do governo federal com a revitalização tanto da unidade do Humaitá quanto da do Leblon, “como mercados de pequenos comerciantes e agricultores e espaço cultural, sem ceder à especulação imobiliária”.
Aliás, está previsto para este mês o início das obras nesses dois mercados estatais, orçadas em R$ 4,25 milhões – verba proveniente de emenda parlamentar do deputado Hugo Leal. O projeto inclui, por exemplo, a reforma das instalações estruturais, cobertura e parte elétrica, reparos no piso interno e nos estacionamentos, além da substituição dos gradis. Se tudo correr como previsto, a reforma deve ser concluída em janeiro de 2026.
Em tempo
O que têm em comum Marcelo Crivella, Cláudio Castro, Eduardo Paes e Paulo Guedes? Todos, em algum momento, anunciaram medidas em relação à Cobal do Humaitá e à do Leblon que não vingaram. Em fevereiro de 2019, o então prefeito Crivella foi a Brasília apresentar um projeto para modernizar os dois mercados. Em agosto de 2020, o governador Cláudio Castro disse que esperava, em 30 dias, transferir a administração da Cobal para o Estado.
Em dezembro de 2020, foi a vez de Eduardo Paes anunciar a municipalização das unidades e, em agosto de 2021, o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos, ligado na época ao ministro Paulo Guedes, aprovou a venda das duas unidades.
Além disso, em outubro de 2019, a Fecomércio apresentou uma proposta para transformar a Cobal do Leblon em uma espécie de Mercado da Ribeira, de Lisboa. O presidente da entidade, Antônio Florêncio de Queiroz Junior, diz que a proposta continua de pé, aguardando uma posição do governo.
O outro lado
Em resposta, o Governo do Estado informou que assinou um protocolo e um grupo de trabalho atua para a regularização fundiária da Cobal do Humaitá e do Leblon, junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que é a responsável pela administração dos espaços. A ação pôs fim a demandas da década de 1970 e seguiu a recomendação de órgãos do controle do Estado e da União, preservando as características históricas, comerciais e arquitetônicas dos imóveis.
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