CAMPO DE GOLFE: UM DOSSIÊ CARREGADO DE INVERDADES E A PALAVRA DO MOVIMENTO GOLFE PARA QUEM

Hoje, em visita ao às obras do injustificávelescandaloso Campo de Golfe dito Olímpico o prefeito do Rio foi recebido por manifestantes contrários à mutilação do Parque Municipal Ecológico Marapendi, entre outras decisões questionáveis da municipalidade – Executivo e Legislativo – adotadas para permitir a construção em local onde não era vedado por leis urbanísticas e ambientais vigentes há décadas.

Na ocasião o alcaide lançou um dossiê sobre o caso, segundo o site G1 “para tentar explicar as obras em curso da megaconstrução esportiva na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio”.

Algumas das afirmações já foram exaustivamente contestadas e desmentidas em postagens neste blog. A mais recente inverdade, no entanto, de que a prefeitura não queria construir o campo de golfe, foi imediatamente desmentida pelo presidente do COI, Sr. Thomas Bach.

Abaixo, comentário preliminar do movimento Golfe para Quem? a respeito da reunião e das alegações apresentadas à imprensa e à crédula platéia. Por sinal, será que alguém acredita que a suposta criação do parque Nelson Mandela compensará a perda do Parque Ecológico?

Para entender, conhecer EXTRA! EXTRA! PÃO DE AÇÚCAR SERÁ DEMOLIDO!

Para conhecer verdades: MARAPENDI E ÁGORA – O ESPERADO, A VERSÃO OFICIAL, O ENGODO, E A VERDADE.

Para conhecer verdades e mentiras, nessa ordem. Vídeo BBC Brasil.


Urbe CaRioca



PREFEITO EDUARDO PAES MENTE AO DIZER QUE A PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO HAVIA CONCEDIDO LICENÇA AMBIENTAL PARA A CONSTRUÇÃO DE UM CAMPO DE GOLFE EM 2007!

A matéria veiculada pelo Globo.com revela o dom e a capacidade do Prefeito Eduardo Paes em mentir. Em uma apresentação para uma plateia de jornalistas, o Prefeito mostrou fotografias da década de 80, quando na área em questão, funcionou uma fábrica de pré-moldados para construção de CIEPS e alegou que a Prefeitura já havia concedido uma licença ambiental para a construção de um campo de Golfe na área.

A fotografia apresentada pelo Prefeito nada tem a ver com o estado da APA de Marapendi no ano de 2013, antes do início das obras, como pode ser comprovado por diversas imagens postadas nesta página e inseridas nos processos (fotos e vídeos).

Portador de um cinismo sem igual, o Prefeito reafirma a legalidade da construção, contrariando todos os pareceres técnicos da própria Secretaria de Meio Ambiente e os laudos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, chegando às raiais do absurdo em afirmar que já existia uma licença dada no passado.

Pasmem! A licença era uma LMP (Licença Municipal Prévia) dada em 2008 para um campo de golfe de lazer para o Condomínio Riserva Uno, e que nada tem a ver com o atual campo.

O Prefeito omitiu aos jornalistas presentes o significado de uma LMP, que nada mais era do que um estágio inicial do processo de licenciamento ambiental e que subordinava o projeto a uma adequação à legislação ambiental vigente.

A mencionada licença CADUCOU, isto é, perdeu o valor, porque a própria construtora anteviu a impossibilidade de adequação daquele projeto (um campo de golfe de lazer) com a legislação ambiental e diante do fato de que aquela área era uma Área de Proteção Ambiental instituída por Lei.

É algo realmente surreal, assistir a coragem e audácia do Prefeito em lançar informações inverídicas para uma platéia que ali estava, de boa fé, para ouvi-lo.
As explicações do Prefeito e o risível dossiê montado às pressas para tentar justificar o injustificável não convence a ninguém. Muito pelo contrário, revela mais ainda as fragilidades de uma mentira que seus autores criam ter sido perfeitamente arquitetada.

O Golfe Para Quem? contestará oportunamente todo o arremedo de “dossiê” apresentado pelo Prefeito Eduardo Paes o que, provavelmente, poderá ensejar a criação de uma “OPERAÇÃO PINÓQUIO”, tendo em vista a quantidade surpreendente de inverdades sustentadas.

Sinceramente, cremos que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro não recebeu nossa denúncia e abriu os respectivos inquéritos por acaso.

Por isso, seguiremos adiante, pois, temos consciência de que o papel dos movimentos sociais envolvidos nesta causa vai muito além da questão ambiental. Questão de honra para a cidade do Rio de Janeiro deve ser perseguir a punição pelos atos de improbidade, de desvio de poder e, quiçá, de corrupção que permeiam os Projetos do Campo de Golfe e do Parque Nelson Mandela.




  1. Parabéns a Urbe CaRioca, mais uma vez na vanguarda dos acontecimentos revelando a verdade e desmascarando as falcatruas municipais. A área em questão vinha se autorregenerando desda época (década de 80) em que havia sido devastada pelo suposto atual proprietário, que foi inclusive obrigado judicialmente a reconstituir a área, mas não o fez.
    Alem do processo natural de resiliência os biólogos do Projeto Flora do Litoral haviam reconstituído grande parte da área, projeto esse da própria prefeitura e omitido pelo prefeito no "Dossiê" visto que o dinheiro do contribuinte estava investido na área para a própria reconstituição ecológica. A área já estava em avançado processo de regeneração ecológica, mesmo assim era cobiçada pelas empreiteiras que financiaram a campanha do prefeito, não adiantou a recuperação, para o prefeito e seu fiel escudeiro Carlos Alberto Muniz – Secretário de Meio Ambiente, era necessário acabar com ela, pois a prestação de contas com seus parceiros sempre foi mais importante do que o legado ambiental prometido para o COI.
    Lastimável, mas a ganância promove estas atitudes …….

Deixe um comentário para Adrianne Moniz Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *