Rio, sempre à venda

Uma disputa urbana se desenrola na Barra da Tijuca, onde moradores de um condomínio de alto padrão conseguiram barrar, na Justiça, o leilão de um terreno da prefeitura avaliado em mais de R$ 21 milhões. O motivo da revolta? A possibilidade de o espaço ser destinado à construção de um templo religioso, contrariando a destinação legal prevista em lei. A decisão judicial, em caráter liminar, reflete um embate cada vez mais comum nas grandes cidades: o conflito entre interesses coletivos da vizinhança, legislação urbanística e o uso de terrenos públicos. O caso revela ainda como uma simples consulta da prefeitura pode mobilizar a sociedade e suspender procedimentos de alto impacto financeiro e político. Urbe CaRioca Moradores impedem que terreno da Barra da Tijuca vire templo religioso Terreno com lance mínimo de R$ 21 milhões, posto em leilão, fica na Barra(Leia mais)

Urbanismo na Zona Portuária sob a análise de Pedro Jorgensen

O comentário abaixo foi publicado pelo arquiteto Pedro Jorgensen em sua página no Facebook, denominada “Organização espacial e história urbana – estudos, publicações, ideias”. As observações referem-se à reportagem publicada no Diário do Rio, intitulada “Região Portuária seguirá trajetória de valorização da Barra, acredita vice-presidente do Secovi Rio”. Segundo afirmação de Leonardo Schneider, vice‑presidente do Secovi Rio, na referida reportagem, a transformação da Zona Portuária do Rio em um novo polo imobiliário já está em andamento. Schneider compara esse processo ao que ocorreu na Barra da Tijuca: antes subvalorizada, transformou-se ao longo dos anos por meio de infraestrutura e projetos urbanísticos. A seguir, a opinião de Pedro Jorgensen: “Organização espacial e história urbana – estudos, publicações, ideias” Por Pedro Jorgensen O título dessa matéria (abaixo) deixa claro o ponto de vista desde o qual ela foi escrita – o dos(Leia mais)

Lá vem ele de novo: Sempre o Gabarito

Mais uma vez vende-se o inexistente para aumentar gabaritos existentes fixados por lei urbanística. Mais uma vez os conceitos do Plano Piloto para a Baixada de Jacarepaguá são desconsiderados. Ironia das ironias, aumenta-se a população para levar mais demanda ao tráfego, sob a justificativa de melhorar as condições do tráfego. Cogita-se mudar o BRT para VLT, trocar as letrinhas da sopa duvidosa que custou muitos recursos públicos “pra olimpíada”, provou-se ineficaz, e será substituído pelo trenzinho elétrico, brinquedo dos governantes que não configura transporte de massa. Ah, Rio de Janeiro, o que seria de ti não fossem as montanhas e o mar… Urbe CaRioca Mais de um milhão de metros quadrados: projeto para novo parque temático prevê melhorias no trânsito da Barra Ideia foi concebida pelo Grupo Rock World, promotor do Rock in Rio e do festival The Town, em(Leia mais)

Vendo o Rio: faltou dizer

A notícia publicada neste sábado, no portal Tempo Real RJ informa que a Prefeitura do Rio agora dispõe de um terreno de 6.158,70 m², localizado entre a Avenida Salvador Allende e a Avenida Célia Ribeiro da Silva Mendes, na Barra da Tijuca, oficialmente integrado ao patrimônio da cidade pelo decreto nº 55408, publicado no Diário Oficial desta sexta-feira,  e que pode até ser colocado à venda, caso o prefeito Eduardo Paes decida transformar o ativo em um reforço financeiro. Omite que se trata de mais uma área pública – isto é, de toda a população, para ser usufruída seja como praça, parque, jardim. Espaço livre para ser apreciado, entrada de ar, luz e céu. O prefeito que se diz defensor do Meio Ambiente continua na saga oposta. Ocupar cada vez mais as áreas vazias existentes entre as construções, áreas assim(Leia mais)

Sempre o Gabarito nem sempre dá certo

E o gabarito desmoronou. As benesses excessivas ao mercado imobiliário provam-se perniciosas ou ineficientes. Boas para poucos, prejudiciais a muitos e à Cidade. Perdemos o Autódromo. O prometido autódromo novo jamais será feito. Saímos do circuito internacional. Ganhamos vários elefantes brancos. Como esquecer a Ilha (im)Pura? A demolição do prédio da antiga Brahma, substituído por uma torre vazia? O fiasco das CEPACs e os rios de dinheiro público que passaram pelo Porto dito maravilha, anunciado como parceria público-privada e arrematado pela Caixa Econômica Federal? As gigantescas isenções de impostos, dinheiro que seria de todo caso aplicado na Cidade, equipamentos urbanos públicos – escolas, postos de saúde, transportes? A falsa Linha 4 do Metrô, e o aproveitamento duvidoso de uma licitação antiga? O Campo de Golfe na reserva que impediu a conclusão de importante avenida na Barra da Tijuca? Os hotéis(Leia mais)

Complexo de logística é liberado entre Barra da Tijuca e Recreio

Artigo publicado originalmente no O Globo Barra O trânsito na Avenida Salvador Allende, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, próximo à Avenida das Américas, que já sofre com constantes engarrafamentos no seu dia a dia, pode se agravar com a surpreendente notícia da autorização da Prefeitura do Rio para a instalação de um grupamento de galpões “destinados à armazenagem não inflamável”, o que criará um tráfego de caminhões pesados em uma área residencial. Região que teve um grande crescimento urbano em razão das Olimpíadas, principalmente, com a construção da Vila Olímpica — hoje o condomínio de luxo Ilha Pura —, pode ser drasticamente prejudicada tanto no âmbito de mobilidade urbana, quanto no ambiental, pois a autorização da construção do empreendimento é em uma área verde, que abriga espécies da flora e fauna silvestres, ameaçadas de extinção, agravando(Leia mais)

O Metrô-Tripa, a Estação Gávea, e o Túnel do Tempo

Mais uma vez o governo estadual do momento anuncia a retomada de obras para a conclusão da Estação Gávea, a que era “pra olimpíada” e acabou abandonada e inundada. O prefeito da época é o mesmo. O presidente da época é o mesmo. O governador da época estava preso e já goza de liberdade. Quem sabe a conjunção inimaginável é um sinal de que a Linha 4 verdadeira, de Botafogo à Gávea via Humaitá e Jardim Botânico, será, finalmente, construída? Urbe Carioca   Estado planeja retomar obras do metrô da Gávea após prazo de validade de inundação ter vencido Estrutura de 55 metros de profundidade foi alagada em 2017 para garantir estabilidade da construção e evitar a corrosão Por Luiz Ernesto Magalhães — O Globo – 04.01.2022 Link original Reeleito, o governador Cláudio Castro anunciou em entrevista ao GLOBO no(Leia mais)

A cidade dos ‘puxadinhos’, de Roberto Anderson

Em artigo publicado originalmente no site “Diário do Rio”, reproduzido abaixo, o arquiteto Roberto Anderson aborda o fato de que, apesar de todos os questionamentos, o prefeito do Rio enviou à Câmara de Vereadores mais um projeto de lei de “mais valia”, o PLC nº 88/2022. “As mesmas irregularidades, produzidas por quem as comete na expectativa desse tipo de lei, poderão ser legalizadas”, afirma. Urbe CaRioca Roberto Anderson: A cidade dos ‘puxadinhos’ Link original A aplicação da chamada “mais valia” na Cidade do Rio de Janeiro vem de longe. Ainda como Distrito Federal, a cidade conheceu esse tipo de legislação com o Decreto nº 8.720, de 18 de janeiro de 1946 Em 2005, a Lei 4.176, de autoria do então Vereador Luiz Antonio Guaraná, proibiu a regularização de obras através do instrumento “mais valia” em algumas áreas da Barra da Tijuca(Leia mais)

Praia da Barra da Tijuca em completo abandono

As praias da orla do Rio são classificadas como Área de Proteção Ambiental – APA. Nem por isso recebem a devida atenção. Além de a ciclovia atrás de um Posto de Salvamento nunca ter sido recuperada, os taludes são “invadidos”. A solução de escoramento com sacos de areia é precária e paliativa: desmontam pela força do mar. O mesmo ocorre no trecho do posto de salvamento. Em outro trecho a faixa de areia está ocupada por particulares. Provavelmente sem autorização por ser proibido.  Com ou sem pandemia, a Cidade do Rio de Janeiro continua abandonada. Imagens registradas na Praia da Barra da Tijuca, entre os postos 2 e 5, em junho / julho de 2020 – Crédito: Urbe CaRioca   Resultado da contenção precária feita com sacos plásticos e areia: ineficácia e poluição do mar  

Novo capítulo da Estação Gávea – Justiça autoriza conclusão da Linha 4 pelo governo

Mais uma capítulo envolvendo as obras da estação de metrô da Gávea, na Zona Sul do Rio. No início do semestre, o governador do Estado anunciou que o buraco cavado para a construção da referida estação seria aterrado. Em seguida, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com uma ação civil pública para que as obras da Linha 4 do metrô fossem retomadas. Já, no fim de setembro, o governador Wilson Witzel recuou e afirmou um dos principais entraves para a continuidade das obras — a falta de recursos — seria solucionado utilizando-se dinheiro recuperado da Lava-Jato e parte da arrecadação dos royalties do petróleo. Na última semana, em matéria publicada originalmente no “O Globo”, a Justiça do Rio permitiu ao governo investir e concluir a Linha 4 do metrô. Vale destacar que a Linha 2 precisa também ser concluída, ja que(Leia mais)