Cidade e Estado do Rio de Janeiro continuam a dilapidar o patrimônio público. É o que nos informa as duas notícias a seguir reproduzidas. Nada de novo. O velho recurso que nada adianta é prejudica a urbe carioca. Governo do estado vai mandar à Alerj pacote de imóveis que pretende pôr à venda Por Berenice Seara – Tempo Real RJ Link original A Prefeitura do Rio não é a única a planejar passar imóveis públicos nos cobres para dar uma folga aos combalidos cofres. O governo do estado também está preparando um pacote de terrenos e prédios que considera pouco utilizados e poderiam render um troco se vendidos às construtoras privadas. O terreno correspondente a 60% do batalhão da Polícia Militar no Leblon é só um dos que o governador Cláudio Castro (PL) sonha em pôr à venda. Embora este(Leia mais)
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Sobre favelas
Das dez favelas mais “verticalizadas” do país, oito estão na Cidade do Rio de Janeiro. São territórios onde Códigos de Obras não existem. Constrói-se à revelia de tudo. O mesmo acontece no resto da cidade, cujos Códigos vigentes são sistematicamente desrespeitados, inclusive com a anuência e o incentivo da Prefeitura, que legaliza o ilegalizável mediante pagamento em espécie. Urbe CaRioca Rio tem oito das dez favelas com mais apartamentos do Brasil; Rocinha é comunidade mais vertical Comunidade da Zona Sul carioca possui 9.443 apartamentos, segundo o Censo 2022 Por Felipe Grinberg e Camila Araujo — O Globo Link original Pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletou dados sobre o estilo de moradias nas favelas brasileiras, como casas, apartamentos e cortiços. O Censo de 2022 para comunidades urbanas mostra que, das dez favelas mais verticais do(Leia mais)
Furto de cabos de energia no Humaitá
O vídeo recebido de um leitor deste blog mostra uma das tristes realidade que se espalham por todo o Rio de Janeiro: o furto de cabos de energia. Este ocorreu hoje, à luz do dia, no bairro Humaitá.
Base fixa do Segurança Presente é instalada em bem tombado no Centro do Rio
Neste registro, Marconi Andrade, fundador da página SOS Patrimônio, expressa toda a sua indignação com mais um atentado contra o patrimônio histórico e cultural da Cidade. Como se não bastassem as ações predatórias verificadas contantemente, surge a instalação de uma base permanente da “Lapa Presente” na esplanada dos Arcos da Lapa. O posto, em formato de contêiner, foi instalado às margens da Avenida Mem de Sá, próximo da tradicional feirinha de comidas e bebidas que acontece aos finais de semana. Os gestores garantem visibilidade. Quanto à desejável segurança, é uma incógnita. Urbe CaRioca “Vivemos em uma cidade em que o seu patrimônio histórico é depredado sistematicamente, com uma população em situação de rua crescente, junto com um número cada vez maior de usuários de drogas, depredando monumentos, praças, parques e mobiliário urbano. Já nos acostumamos com isso! Mas ver o(Leia mais)
Vendo o Rio e Sempre o Gabarito – nenhuma novidade
O texto abaixo foi publicado nas redes sociais há um ano. Trata do desmonte das estruturas administrativas da Prefeitura do Rio de Janeiro ligadas ao planejamento urbano, licenciamento de obras, licenciamento ambiental e proteção do patrimônio cultural. Em paradoxo inaceitável, o desmonte se deu pela aglutinação dos setores responsáveis com atribuições e competência próprias, que passaram a se subordinar a um único órgão, todo-poderoso com poder de vida e morte urbanas ao sabor de interesses econômicos que se sobrepõem ao bom urbanismo O assunto já foi objeto de postagens neste blog. Continua atual. A repetição se dá porque o mesmo sistema continuará pelos próximos quatro anos. Mal terminada a contagem dos votos, anuncia-se a venda de imóveis próprios municipais e áreas públicas, conforme projeto de lei proposto pelo Executivo em março deste ano, dormitando na Câmara de Vereadores à espera(Leia mais)
Sempre o gabarito, 2024 – parte 4: a vez da rua
A série “Sempre o Gabarito”, iniciada com o título “Vendo o Rio”, ainda no tempo em que Cabral aportou aqui (não o navegador), tal como os gabaritos, não para de crescer. Temos também a linha do tempo dividida em Pré-Olimpíada – PO, impulsionada pelo mote PA – Pra Olimpíada, e a atual Pós-Olimpíada – POa. A benesse para o consulado americano não é a primeira. Luiz Paulo Conde suprimiu uma faixa da Avenida Presidente Wilson em nome da segurança. É o alegado para justificar a nova manobra. No Centro, deu-se espaço público, área livre, impedida ao acesso, desimpedida a visão, ainda rua, entretanto. Agora é diferente, como aponta o Projeto de Lei Complementar nº 161/2024. Para quem vende tantas praças, jardins, terrenos de escola, o ar, as alturas, usos, tipologia e a paisagem, o que é uma ruazinha? Urbe CaRioca (Leia mais)
A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de Janeiro, de Hugo Costa
Neste artigo, o geógrafo Hugo Costa faz uma detalhada análise sobre o histórico de ocupação da Zona da Leopoldina, a criação de seus parques que “tentavam contrapor a realidade de ausência de áreas de lazer para a população” e a realidade atual do Parque Ary Barroso, “único refúgio verde de meio milhão de cariocas, (…) ocupado com prédios do poder público, sendo outra parcela considerável da área ocupada por um estacionamento para os funcionários destes prédios públicos e até para um ferro velho de carros abandonados”. Urbe CaRioca A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de Janeiro Hugo Costa A história dos parques da Zona da Leopoldina, Zona Norte do Rio de JaneiroOs famosos campos de futebol disputadíssimos nos finais de semana não existem mais. As calçadas internas ao parque estão parcialmente destruídas ou consumidas(Leia mais)
Licenciamento de hospitais em Botafogo confrontam o Plano Diretor
Publicado na página “Desordem Urbana em Botafogo e Adjacências” “Embora o novo Plano Diretor recentemente aprovado tenha mantido a proibição de novos hospitais em Botafogo, a Prevent Senior conseguiu licenciar dois novos hospitais no bairro. As licenças foram concedidas através da excrescência da lei chamada de “Mais Valerá”, onde por meio de um determinado valor a ser pago, se licencia o que se quer mesmo contrariando a legislação edilícia vigente. Um hospital na Rua General Polidoro e outro na Avenida Pasteur.”
Sempre o Gabarito, 2024 – parte 3: Rio Design, Rio Sul, e Ipanema
A saga “Sempre o Gabarito” continua. O anúncio de lançamento do prédio que será construído na Rua Prudente de Morais nº 1050, em Ipanema, na Zona Sul da Cidade – mencionado no post “Sempre o Gabarito, 2024” -, informa que serão 41 unidades, um apartamento por andar. Caso preveja andares de garagem, cobertura e pavimento de uso comum, o prédio equivalerá ao tamanho do complexo formado por torre e shopping Rio Sul. A título de comparação e para melhor ilustrarmos a questão, seguem as dimensões verticais dos prédios mais altos da cidade, não considerada a Baixada de Jacarepaguá, que contou com desenho urbano e gabaritos de altura com outro padrão: Torre do Rio Design Leblon, 30 andares+ três andares de lojas e um pavimento de uso comum. Total : 34 pavimentos. Torre do Rio Sul, 40 andares + 4 andares(Leia mais)
Sempre o Gabarito, 2024 – Parte 2
Na última semana, tivemos a notícia da substituição de um edifício relativamente novo, inaugurado em 2001, a ser demolido, por um espigão que promete ser um dos mais altos de Ipanema, com 19 unidades, cada uma com aproximadamente 300 m², uma por andar. O empreendimento nada mais é do que a continuação do constante movimento de renovação urbana (muitas vezes sinal de atraso) ao qual a cidade é submetida. Natural ao longo dos séculos, com a procura e crescimento das áreas urbanizadas, também propiciado pelos avanços tecnológicos, o processo transformou-se em indústria. Agora, ratificando a questão, a jornalista Lu Lacerda publica que moradores do bairro criaram o abaixo-assinado “Temos direito ao sol: embargo imediato dos espigões de Ipanema”, para pedir o embargo da construção dos três prédios com quase 80 metros de altura, com a justificativa de que eles vão fazer(Leia mais)
Sempre o Gabarito, 2024
Há alguns dias foi noticiada a substituição de um edifício relativamente novo, inaugurado em 2001, a ser demolido, por um espigão que promete ser um dos mais altos de Ipanema, com 19 unidades, cada uma com aproximadamente 300 m², uma por andar. O empreendimento nada mais é do que a continuação do constante movimento de renovação urbana (muitas vezes sinal de atraso) ao qual a cidade é submetida. Natural ao longo dos séculos, com a procura e crescimento das áreas urbanizadas, também propiciado pelos avanços tecnológicos, o processo transformou-se em indústria. A indústria da construção civil, ao menos no Rio de Janeiro, é alimentada pelo aumento desenfreado do potencial construtivo dos terrenos. É o que explica a ampliação sem limites da mancha urbana na Baixada de Jacarepaguá e adjacências (Guaratiba que se cuide) e a demolição de prédios altos para(Leia mais)