Reviver Centro: depois da Cultura, iniciativas na área Comercial

Área de revistalização econômica do Rio de Janeiro – Rua São José é uma das ruas que será revitalizada, no trecho Presidente Antonio Carlos até Quitanda — Foto: Ana Branco / Agencia O Globo

A Prefeitura do Rio anunciou nesta semana o programa que pretende transformar a Rua da Carioca, no Centro, na “rua da cerveja”. É mais uma tentativa de levar circulação constante à região, da mesma forma pretendida com o projeto “Reviver Cultural”, também divulgado recentemente.

Espera-se que a iniciativa progrida e que esta  rua tão importante do ponto de vista do patrimônio histórico cultural, a exemplo de outras em seu entorno, passem a reconquistar o grande fluxo comercial de outrora, inclusive atraindo para imóveis residenciais próximos novos moradores, neste movimento de revitalização.

Na mesma linha de atuação, hoje a grande mídia anuncia novas iniciativas relacionadas  ao aumento do fluxo de pessoas na região, também pelo incentivo ao comércio, por exemplo, na Rua São José, o que é excelente, mas ainda não garante a chegada de vizinhos permanentes, pelo que torcemos.

Paralelamente, a mídia publicou o lançamento, no próximo mês de um empreendimento de R$ 60 milhões no endereço onde funcionava o antigo Hotel São Francisco — na esquina da Av. Rio Branco e a poucos quarteirões do Boulevard Olímpico já “pronto para morar” — por ser um retrofit — sob o recém-aprovado Reviver Centro 2. É evidente que todo projeto que resulte em acabar com o abandono do imóvel é bem vindo.

Estranhamos, porém, que a oferta de apartamentos pequenos – entre 15m² e 42m², conforme autorizado pelo mais recente Código de Obras do Rio, configure em uma contradição diante do desejo de atrair moradores para o coração da Cidade. Famílias de três, quatro ou cinco pessoas dificilmente ocuparão imóveis minúsculos. Somente moradores que constituam grupos sociais farão cumprir o papel de indutores da revitalização em seu sentido amplo, aqueles que vivem o dia a dia (e as noites) no bairro que habitam, os que precisam – e animam – o comércio local, mercados, escolas, quem sabe a volta dos cinemas de rua.

Imóveis com medidas mínimas estabelecidas pela nova lei certamente atrairão investidores, serão convenientes para empresários que estejam de passagem pela região a negócios.

Que venham também as famílias, é do que precisamos

Urbe CaRioca

Comentários:

  1. Que pobreza, que falta de ideias. Só bebida, não tem outra forma de atrair público a não ser pelo consumo de álcool? Que se proponha o retorno da vocação comercial da rua, que até há alguns anos tinha moradores na vizinhança.

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