Clube Flamengo: mais um erro urbano-carioca a caminho

Novo complexo esportivo. Croqui mostra como ficará a arena do Flamengo: obras devem durar 18 meses e expectativa é inaugurar o ginásio em 2018 – Fotos de divulgação/Flamengo

O jornal “O Globo” noticiou nesta quinta-feira, dia 12 de abril, que o caminho para a construção de uma arena (e/ou estádio?) no terreno cedido ao Clube Flamengo, foi aberto.

É o que informa a reportagem “Pezão assina termo e regulariza terreno para arena multiuso do Flamengo”. Os argumentos apresentados pelos representantes do governo e do clube são tão inconsistentes que dispensam outros comentários.

Cabe lembrar que o terreno localiza-se na confluência dos bairros Leblon, Gávea e Lagoa, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, e que a construção causará, no mínimo, forte impacto negativo sobre a paisagem urbana.

Enquanto o Rio de Janeiro destrói o Autódromo de Jacarepaguá (e quer construir outro em uma das únicas áreas livres e verdes da Zona Norte, em Deodoro); o Governo Estadual vende imóveis de sua propriedade para a construção de mais edifícios  em locais que seriam adequados para receber parques e praças em benefício da população (exemplos o Segundo Batalhão da PM, em Botafogo, e o terreno da Antiga Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico, no Flamengo); a Prefeitura pretende mudar as regras para construir na cidade atendendo a pedidos do mercado imobiliário; e as construções irregulares crescem sem parar em regime de especulação imobiliária informal, o artigo de Sonia Rabello publicado ontem no seu site ‘A Sociedade em Busca do seu Direito’ mostra que há outros caminhos possíveis e melhores.

Mas, para tanto, os gestores públicos deveriam ter visão, real espírito público e agirem como estadistas de fato. Tudo o que anda em falta no nosso país.

Recomendamos a leitura do artigo citado: Regulação Urbanística, como função pública, volta com força nos EUA.

Quanto ao Clube Flamengo, por enquanto o Ninho do Urubu está pousado na Ilha do Governador. Ao que parece, voará em breve para a Zona Sul, enquanto a Zona Norte e a Região Portuária imploram para receber empreendimentos que as valorizem, qualifiquem, e atraiam novos investimentos. Abaixo, a lista das postagens sobre o assunto.

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Comentários:

  1. Estes políticos não planejam nada, o que importa é o dinheiro… o impacto no trânsito que a cada dia está mais caótico , eles não levam em conta. Eu que moro na Selva de Pedra já fico incomodado com o barulho do clube nos fins de semana , imagina com buzinas e o transtorno do trânsito. Sou categoricamente Contra essa construção. Esses políticos e administradores não moram aqui; “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

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