O CASARÃO DA RUA DO RIACHUELO – CRÔNICA DE UMA DESTRUIÇÃO ANUNCIADA, de Julio Reis

Reprodução da internet Quem passou pelo local nas últimas décadas pode acompanhar a lenta degradação e o quase total desaparecimento do“… grande solar do século XVIII, pertencente ao Visconde de São Lourenço, e que muito lembrava o Paço Imperial por sua arquitetura de pórticos em pedra, gradil em ferro batido e vários caimentos de água…”, palavras do artigo de Julio Reis.O autor, não obstante, tem esperança pela recuperação e reconstrução do imóvel. Boa leitura. Urbe CaRioca Rua do Riachuelo esquina com Rua dos InválidosFoto: Julio Reis, out. 2015 CRÔNICA DE UMA DESTRUIÇÃO ANUNCIADA Julio Reis No início dos anos 90 o Jornal O Globo informava o desabamento da área interna de um velho casarão situado na esquina da Rua do Riachuelo com Rua dos Inválidos, no Centro do Rio. Tratava-se de um dos últimos exemplares da arquitetura portuguesa de residência coletiva ainda(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – AGOSTO 2015

Área retirada do Parque Municipal Ecológico Marapendi, reserva ambiental integrante da Área de Proteção Ambiental Marapendi, para a construção de um Campo de Golfe: aproximadamente 450.000,00 m², ou, 45 ha. Obs. Nessa medida está incluída a parte de 58.000,00 m² doada ao antigo Estado da Guanabara, portanto área já tornada pública e pertencente ao Parque. o restante seria obrigação do empreendedor dos condomínios Riserva também passar para a Prefeitura como parte do processo de licenciamento para construir, obrigação esta que, junto com a de construir a Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, foi dispensada em mais uma benesse urbanística prejudicial à cidade com a qual proprietários do terreno e construtores foram agraciados, entre outros favores. AGOSTO foi mês com recorde de visualizações no Blog Urbe CaRioca desde a sua criação, em abril/2012. A polêmica sobre a poluição das águas da cidade retratada nas mídias(Leia mais)

MADUREIRA E BOTAFOGO – ALGUNS COMENTÁRIOS

ComentáRio Internet No feriadão o noticiário nos informou sobre novidades urbano-cariocas em bairros distantes um do outro: Madureira, na Zona Norte, e Botafogo, na Zona Sul. Em Madureira a boa-nova já foi concretizada com a inauguração de uma praia artificial no Parque de Madureira (O Globo, 12/10), este construído em antigo terreno da Light proporcionando aos moradores da Zona Norte usufruírem uma enorme área de lazer desde 2013, ótima ação da gestão municipal, diga-se: afinal algumas há. Quanto à Praia de Botafogo, a manchete no mesmo jornal, ‘Botafogo ganha projeto do escritório Burle Marx’, causa alguma apreensão. Trecho: “Uma das ideias da equipe foi dar uma identidade à enseada, a exemplo da Praia de Copacabana. O projeto acaba com a falta de continuidade e de uma cara própria da principal calçada de Botafogo, com 10.500 metros quadrados, usada nos deslocamentos(Leia mais)

CONSTITUIÇÃO, A DOS PÉS-DE-MOLEQUE, EM ‘PROSPECÇÕES CASUAIS’ de Eduardo Cotrim

CroniCaRioca Rua da Constituição, Centro, Rio de Janeiro, em 1920.Foto: Malta O abaixo-assinado que pede às autoridades a preservação do calçamento com pedras “pé-de-moleque” encontrado na Rua da Constituição durante as obras para instalação dos trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, continua a receber adesões. Igualmente os artigos e análises postados neste blog têm tido ótima repercussão. A lista abaixo inclui assuntos correlatos sobre a Rua Primeiro de Março e a Praça XV de Novembro. O PASSADO RESSURGE NO CAMINHO DO VLT, de Marcus Alves PÉS-DE-MOLEQUE AGORA NA PRAÇA XV RIO BRANCO x PRIMEIRO DE MARÇO – DOMINGOS NA URBE CARIOCA RUA DA CONSTITUIÇÃO, PÉ-DE-MOLEQUE SOBRE PÉ-DE-MOLEQUE PÉS-DE-MOLEQUE DO RIO ANTIGO – PASSADO REVIVIDO, RIO A PRESERVAR PÉS-DE-MOLEQUE: VISÃO DE PAULO CLARINDO E OLÍNIO COELHO, E UM ABAIXO-ASSINADO PELO RIO DE JANEIRO Curiosa coincidência a descoberta ter ocorrido(Leia mais)

PEDRAS PORTUGUESAS E “SEU LÉCIO”: UM CALCETEIRO CARIOCA

CrôniCaRioca Falar sobre pedras portuguesas no Rio de Janeiro é atrair polêmica, na certa. Há quem as odeie e quem as defenda. O Urbe CaRioca está no segundo grupo: é apaixonado pelas calçadas do Rio revestidas de pedras portuguesas, sejam lisas ou formando lindos desenhos. São herança da terrinha, de lá onde estão as nossas raízes lusitanas. Vieram depois do calçamento pé-de-moleque e do calçamento português constituído de pedras gigantescas de granito rejuntadas com pedras menores, que ainda existem em alguns bairros. Trecho de PEDRAS PORTUGUESAS E CARIOCAS O Globo No artigo PEDRAS PORTUGUESAS E CARIOCAS (20/07/2012) tratamos das calçadas características do Rio de Janeiro revestidas com mosaicos, padrão que herdamos dos nossos irmãos de além-mar e antigos colonizadores, os portugueses. Em Portugal as pedrinhas também têm causado polêmica e discussões, como contamos em É UMA PEDRA PORTUGUESA, COM CERTEZA! (15/04/2014),(Leia mais)

PLC Nº 96/2015, UM NOVO RETALHAMENTO DA LEGISLAÇÃO EDILÍCIA, de Canagé Vilhena

Ontem publicamos DIREITO DE SUPERFÍCIE E ILHA DO GOVERNADOR – DOIS DISCURSOS, mais uma postagem sobre o Projeto de Lei Complementar nº 96/2015, que “institui a aplicação do direito de superfície para fins urbanísticos no município do Rio de Janeiro”, ou ‘negócios urbanísticos’ na visão do jornal O Globo. Na análise acurada da jurista e professora Sonia Rabello trata-se de uma tentativa de imbróglio jurídico, conforme já divulgamos. No artigo a seguir Canagé Vilhena analisa e questiona a proposta do Executivo Municipal diante da “competência legislativa da União” e das “exigências constitucionais da política urbana”. Para o autor, na prática as leis urbanísticas têm sido aprovadas como se decretos fossem, pois não há “oposição eficaz” na Câmara de Vereadores. Profundo conhecedor das leis urbanísticas e das questões urbanas do uso do solo na cidade do Rio de Janeiro, o arquiteto(Leia mais)

O PASSADO RESSURGE NO CAMINHO DO VLT, de Marcus Alves

Rua da Constituição, Centro, Rio de JaneiroCalçamento “pé-de-moleque”Foto: Marcus Alves, 10/08/2015 O grupo S.O.S. Patrimônio, criado na rede social Facebook em Junho/2014, difunde e defende a preservação da memória urbana do Rio de Janeiro, através da manutenção da história viva da cidade contada pelas construções e paisagens cariocas que atravessaram gerações. Os debates, a troca de experiências e de informações entre os membros do grupo trouxeram recentemente contribuição importante: extrapolaram o mundo virtual e mostraram à ALERJ o estado de abandono de dezenas de bens culturais na capital e no Estado do Rio, resultando em audiência pública da qual aguardamos desdobramentos. No artigo abaixo o historiador Marcus Alves divulga o que novas escavações revelaram em outro trecho da área central. Esperamos que as autoridades responsáveis adotem medidas para salvaguardar a história que mais uma vez aflora, descoberta compartilhada com o grupo(Leia mais)

FRIO NO RIO, de Claudia Madureira

CrôniCaRioca Claudia Madureira é arquiteta e apaixonada pelo Rio de Janeiro.  Participou de vários trabalhos, na área de urbanismo, durante carreira profissional dedicada ao setor público municipal. Em suas palavras “uma andarilha”, reflete sobre a cidade nesta crônica “urbano-carioca” repleta de poesia, alguma preocupação e, sempre, esperança, escrita dois dias antes do início do Inverno ao sul do Equador. Urbe CaRioca Céu rosado, final de um dia no Rio de Janeiro.Foto: Claudia Madureira, maio/2015 FRIO NO RIO Essa é uma noite daquelas em que cariocas usam seus casacos cheirando a naftalina e cachecóis e comem fondue. Sim para os cariocas, faz frio esta noite. Dezoito graus, nosso limite antes das botas e casacos pesados. Pois eu sinto a noite benfazeja e tento pensar em coisas amenas, ainda que as notícias só apontem as más. Tento sentir um frio raro em(Leia mais)

MÃES CARIOCAS, MÃES PIONEIRAS

CrôniCaRioca “_Antes do próximo exercício, vamos ouvir uma ária da ópera Andrea Chénier.” “_Que nome lindo! Se meu neném for menina vai se chamar Andrea.” “_Ah, querida! Que graça! Esse nome não serve, querida! Andrea é nome italiano de homem. Andrea Chénier é o protagonista da ópera.” “_Ué, se tem André de menino, o feminino só pode ser Andréa, parece de mulher…” “_Isso mesmo! A ópera de Umberto Giordano é inspirada na vida de um poeta francês, André Chénier. O autor italiano, então, mudou para Andrea. Tem o feminino em italiano, se você quiser. É Andreina.” “_Andreina? Hummm… Não, não gostei. Se for menina será Andrea mesmo. É lindo!” E assim fui batizada. Eu e mais duas nenéns de colegas de trabalho de minha mãe que souberam da história e não se importaram com o fato de usar um nome italiano masculino.(Leia mais)

ANIVERSÁRIO DO BLOG – 3 ANOS!

Hoje a primeira postagem do blog Urbe CaRioca​ completa 3 anos: foi o artigo SOBRE FECHAR VARANDAS, originalmente publicado no Portal Vitruvius​ de Arquitetura e Urbanismo. Desde então o ‘fechamento de varandas’ perante a legislação urbanística do Rio tem mudado.  Se antes, pagava-se para legalizar o irregular, medida que estimulava construir sem licença, hoje, paga-se “adiantado”. O Parque Ecológico Municipal de Marapendi foi mutilado e perdeu sua continuidade para abrigar o campo de golfe dito Olímpico, bem como a Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, uma via parque importante para o sistema viário da Barra da Tijuca. O Maracanã – nosso Gigante – não é  mais o mesmo. Sua marquise de concreto, símbolo do Estádio e obra de Engenharia espetacular, foi demolida com o inexplicável ‘de acordo’ do IPHAN e sob o silêncio do governo municipal. O Metrô adotou prioridades questionáveis: os(Leia mais)

RECLAMILDA E SÃO SEBASTIÃO – O METRÔ, A IMOBILIDADE, E A BARCA DA CANTAREIRA

CrôniCaRiocaVinte de janeiro, Dia de São Sebastião,santo padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro. São Sebastião, por Marco Palmezzano.Wikipedia Estou eu aqui de novo nesse Metrô, perdida em pensamentos enquanto o trem não anda… Sim, trem de Metrô, não trem daquele que já foi do D. Pedro e da Imperatriz Leopoldina, anda nos trilhos em cima da terra. Estou no outro, o vagão que anda por baixo da cidade igual minhoca, dizem que é “transporte de massa”. Deve ser mesmo porque estou aqui toda amassada, o ar-condicionado quebrou e a minhoca não anda. Ai, que calor! E nem encontro Elogilda para papear e me distrair as ideias! Pois é, está paradinho aqui no túnel, não é na estação, não! O alto-falante avisou que tem que esperar desafogar o trânsito lá na frente… Não, não é ônibus, meu São Sebastião, é trem(Leia mais)

O RIO DE JANEIRO À BEIRA D’ÀGUA, de Andréa Redondo

O site The Nature of Cities promove mensalmente mesas redondas virtuais a partir de um tema previamente determinado. Neste mês de janeiro/2015 os participantes responderam à seguinte questão: GLOBAL ROUNDTABLE Urban water fronts have typically been sites of heavy development and often are sites of pollution or exclusive access. But they have enormous potential benefits. How can we unlock these benefits for everyone? Are there ecological vs. social vs. economic tradeoffs? O texto reproduzido abaixo – contribuição do blog Urbe CaRioca para as discussões propostas pelo The Nature of Cities que em breve publicaremos aqui em português – integra um conjunto de quinze artigos a respeito de cidades e suas frentes d’água publicados no referido site no último dia 06/01. Comentários nos artigos serão muito benvindos. Para acessar todos os textos clique AQUI. Aproveitamos para agradecer a David Maddox pela oportunidade(Leia mais)