O Mirante do Pasmado precisa de policiamento, apenas. Não de um museu, jamais de uma construção, nunca um obelisco sobre a Enseada de Botafogo. Os que defendem a obra não querem o Museu do Holocausto, mas, visibilidade.
Ou, o Museu seria bem-vindo em outro local, adequado à paisagem urbana e natural, dentro da área aedificandi da Cidade, não em um Parque Público conquistado pela sociedade há mais de meio século, classificado como área non-aedificandi.
Neste sábado, dia 16 de março, houve um grande ato de protesto, organizado pela Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), contra a possível e inadequada construção de um Museu do Holocausto no local, escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, composto por um obelisco com cerca de 20 metros de altura sobre larga base na qual estariam auditório e café/restaurante, além de jardins no seu entorno.
A sucessão de erros e decisões lamentáveis do prefeito, vereadores, IPHAN e Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro demonstra insensibilidade para com a Cidade e sua paisagem, em prol de um grupo respeitável, mas que tem interesse apenas na causa própria, e que os órgãos governamentais não têm coragem de contrariar, oferecendo alternativa adequada e observando os princípios do interesse público.
Por isso, vale repetir à exaustão: Sim ao Museu. Não no Pasmado.
Urbe CaRioca
A AMAB – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE BOTAFOGO criou um abaixo-assinado para quem quiser se manifestar contrariamente à decisão do alcaide, com foco exclusivo na defesa da paisagem. Já conta com mais de 9 mil assinaturas.
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