Publicado no jornal “O Globo”, edição desta segunda-feira, artigo do arquiteto Sérgio Malhães. Vale a leitura ! Urbe CaRioca O vale-tudo é a regra Sob o ponto de vista das cidades, os movimentos de junho de 2013 terão sido inexistentes? Por Sérgio Magalhães – O Globo Link original Decorridos dez anos dos movimentos de junho de 2013, busca-se avaliar suas consequências na política e na vida nacionais. Nesta década, o país viveu uma Copa, uma Olimpíada, uma Lava-Jato, uma pandemia e uma sucessão de turbilhões na política, inclusive tentativa de golpe de Estado. A economia brasileira despencou: o PIB caiu 25% (entre 2013-2019, sem pandemia), a renda per capita caiu 28%. E as cidades, foco dos movimentos, como ficaram? No calor das manifestações, a então presidente da República propôs um pacto nacional para melhorar a qualidade de vida urbana com(Leia mais)
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Sempre o gabarito, modelo 2021
É de se comentar a reportagem “Choque Urbano” publicada no Jornal O Globo em 13 de dezembro, mal eleito o novo governo. A venda de índices urbanísticos nos últimos doze anos – são exemplos as mudanças especiais nas leis de uso e ocupação do solo para alguns bairros, a renovação da “mais-valia”, a instituição da “mais-valerá”, a aprovação de um novo-velho Código de Obras, e a recente “mais-valia-valerá-vale-mais” – permeou as três últimas administrações municipais da Cidade do Rio de Janeiro. Choca, de fato, a explicação sincera de que aumentar potencial construtivo é um modo de arrecadar recursos para os cofres públicos, sem pudor nem menção a respeitar as diretrizes impostas pelo Plano Diretor Decenal ou a adotar o bom Planejamento Urbano como guia. Fala-se apenas em aumento de gabarito de altura e de ocupação de área, o que, diga-se,(Leia mais)
Favela Bairro, Morar Carioca, diferentes nomes de um projeto enjeitado, de Roberto Anderson
Neste artigo, publicado originalmente no Diário do Rio, o arquiteto e urbanista Roberto Anderson destaca que o ideal de reurbanização de favelas, em oposição à agressiva e falida política de remoções, foi um belo propósito que, como outras políticas públicas brasileiras, não teve continuidade. “Precisamos de soluções urgentes para os problemas que se agravaram, entre os quais o nosso deficit de moradias. Não é necessário inventar”, afirma. Boa leitura ! Urbe CaRioca Favela Bairro, Morar Carioca, diferentes nomes de um projeto enjeitado Roberto Anderson O ideal de reurbanização de favelas, em oposição à agressiva e falida política de remoções, foi um belo propósito que, como outras políticas públicas brasileiras, não teve continuidade. Iniciado em março de 1994, o Programa Favela-Bairro amplificando as ideias do urbanista Carlos Nelson dos Santos e sua experiência em Brás de Pina, pareceu elevar o urbanismo(Leia mais)