Centro do Rio: Cultura à sombra do medo

Ir ao teatro na Cinelândia virou uma espécie de teste de bravura. Enquanto artistas e produtores culturais resistem heroicamente, oferecendo uma programação vibrante no coração histórico do Rio, o poder público abandona sua parte mais básica: garantir segurança a quem ousa atravessar a escuridão. À noite, o cenário é de filme distópico — com direito a estações de metrô fechadas, ruas desertas e um clima de medo que espanta a cultura e abraça o crime. O artigo de Gustavo Pinheiro publicado em O Globo retrata o cenário presente. A decisão de investir em eventos culturais junto com o projeto Reviver Centro (sim, o que provocou novo boom imobiliário em Ipanema e Leblon) é bem-vinda. Sem segurança será inócua. Fica o convite ao prefeito Eduardo Paes: que tal um passeio a pé pela Praça Floriano, um domingo à noite, após o(Leia mais)

Segurança e mobilidade em perspectiva nas metrópoles, de Sérgio Magalhães

A cidade metropolitana do Rio tem a maior parcela de população que leva mais de duas horas nos deslocamentos casa-trabalho-casa Por Sérgio Magalhães, arquiteto, preside o Conselho de Habitação e Desenvolvimento Urbano da ACRJ O Globo – Link original Do alto de seus quase 104 verões, o filósofo francês Edgar Morin nos inspira: “Retiramos como lição da História que o improvável pode acontecer, logo é sadio e tonificante tomar o partido do melhor”. A vida das metrópoles é complexa, com questões inter-relacionadas que pedem políticas transversais. Políticas setoriais autônomas não oferecem bom resultado. É o caso da segurança pública quando tratada exclusivamente pelo viés policial. Também o caso da mobilidade, que precisa de articulação entre os agentes públicos responsáveis pelos diversos modais. E da moradia, interligada a eles. Assim, deve ser saudada a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em(Leia mais)

Alunos denunciam falta de infraestrutura e de segurança no campus do Centro da Unirio

Denúncia de alunos do campus do Centro da Unirio apontam condições precárias e muito abandono, incluindo pedaços de parede caindo, fiação exposta, elevador interditado, laboratório sem água e até a presença de usuários de drogas em frente à universidade. Além da falta de conservação e de condições mínimas para o funcionamento cotidiano do campus, o prédio funciona sem o alvará do Corpo de Bombeiros. Urbe CaRioca Vídeo publicado originalmente no G1

Intervenção federal no Rio de Janeiro – análise de César Maia

VOLTA AMPLA DO POLICIAMENTO OSTENSIVO JUSTIFICARIA A INTERVENÇÃO NA SEGURANÇA DO RIO! Discurso do Vereador Cesar Maia na Câmara Municipal do Rio em 21/02/2018. 1. A decisão tomada pelo Governo Federal de intervenção na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro foi uma decisão inevitável. Inevitável pelos erros sequenciais que as administrações anteriores, desde 2007 até os dias de hoje, adotaram na segurança pública: quando o então Secretário José Mariano Beltrame, responsável por essa situação, entra e decide concentrar as forças de segurança nas UPPs e basicamente eliminar o policiamento ostensivo. 2. Não se viam mais policiais militares nas ruas, nas praças. Isso desde 2008, aproximadamente. O policiamento ostensivo é a coluna vertebral da segurança pública. É uma subfunção básica. Outras existem, mas sem policiamento ostensivo essas outras funcionam insuficientemente. 3. Eu conheci dois países, Cingapura e Cuba (Havana),(Leia mais)

Sem fios e sem calçadas

Uma triste CrôniCaRioca Andréa Albuquerque G. Redondo, 20/09/2017 Hoje este site urbano-carioca trataria de fiação aérea e pavimentação de calçadas, assuntos que fazem parte da vida do morador da Cidade do Rio de Janeiro no seu dia-a-dia. Impossível. Tombos, estética e perigos causados pelo descaso com detalhes urbanos perdem a importância diante de mais uma onda de violência que cresce a cada minuto no nosso Rio que, dizem, é a Cidade Maravilhosa, ou, quem sabe, tenha sido. Como falar sobre a horrível e embaralhada fiação aérea se ao olharmos para cima vemos primeiro balas – o projétil e não a guloseima – passando sobre nossas cabeças como cometas assassinos em busca do próximo alvo? Como falar sobre calçadas malconservadas, leito de buracos, depressões e ressaltos, quando nossas calçadas ficam manchadas de sangue todos os dias, o passeio é transformado em(Leia mais)

Clube Flamengo – O estádio de futebol virtual itinerante

O desejo que o Clube Flamengo possui de ter um estádio de futebol próprio foi comentado neste Urbe CaRioca em várias ocasiões*. Até aqui os bairros do Leblon (confluência de Lagoa e Gávea, onde fica a sede do clube) e de Jacarepaguá eram as opções apontadas, o primeiro já contando com o apoio do prefeito do Rio e o repúdio das associações de moradores da vizinhança. O Parque Olímpico também foi cogitado, local de interesse de outro clube, o Fluminense. Neste meio de campo, o Flamengo começou a usar um estádio da Ilha do Governador, ao que consta provisoriamente, até o estádio objeto de desejo ser erguido. Há poucos dias, novidades na grande imprensa. Segundo as notícias o clube assinou contrato de opção de compra de um terreno situado na Zona Norte, no início da Avenida Brasil, onde será construído(Leia mais)