A série de reportagens publicada pelo jornal O Globo em meados de 2024 sobre a criminalidade no Rio de Janeiro levaram-me a um passado relativamente recente, e a uma reflexão a respeito, escrita em 15 de julho passado sob o título ELES SABEM TUDO, na época não divulgada. Neste início de 2025, mal chegamos à primeira quinzena do primeiro mês, e as notícias sobre assaltos, tiroteios e toda a sorte (para nossa má sorte) de balas perdidas que encontram inocentes, de comentários ouvidos em cada esquina, mercado e café, dando conta de que os problemas dessa natureza na nossa cidade são insolúveis, publico abaixo o texto referido, com base no ditado “A Esperança é a última que morre”, embora a propalada virtude junto com suas irmãs – a Fé e a Caridade – aparente estar em extinção na Mui Leal(Leia mais)
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COMO REDUZIR A VIOLÊNCIA NO LEBLON, by Reclamilda
CrôniCaRioca Caros amigos, Oi, quem vos escreve é Reclamilda. Estava com saudades de bater um papo com vocês. Andei silenciosa, sei, quase escondida, pensativa… Aparecia de vez em quando só para trocar ideias com minhas melhores amigas, Elogilda e Ana Lisa, e tentar compreender esse estranho 2018 que passou. Nunca vi tanta gente brigar por causa de política e campanha eleitoral. Em uma família conhecida, no almoço de domingo a tiazinha se referiu ao “movimento de 1964” (Tofolli pode, eu posso) como Revolução – na sua época dizia-se assim. A sobrinha gritou: “Revolução, não! Golpe, Golpe!” E completou dizendo que a tia idosa era da KKK. A doce velhinha não entendeu nada, ainda bem. Meio surda, recém-chegada às redes sociais, emojis e abreviaturas, pensou que a sobrinha a achasse muito alegre e risonha. KKK! Adorou! Quanta bobagem! Elogilda, Analisa e eu pensamos de modos diferentes e(Leia mais)
Artigo: NÃO HÁ LUGAR PARA JOGADAS, de Sérgio Magalhães
O arquiteto, que foi Secretário Municipal de Habitação na Cidade do Rio de Janeiro e Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, traça um panorama sobre o quadro de violência que vivemos no país, questiona o papel do Estado – sua ausência, presença excessiva, e delegações indevidas – e aponta como tais desequilíbrios se refletem no planejamento do território e das cidades. Em suas palavras, o “germe da violência urbana de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século passado. O país errou muito”. O artigo reproduzido abaixo foi publicado no jornal O Globo no último sábado, dia 24/03/2018. Vale a reflexão. Boa leitura. Urbe CaRioca Não há lugar para jogadas Sérgio Ferraz Magalhães Importante germe da violência de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século(Leia mais)
De volta à Urbe CaRioca – Um Quadro e o Carnaval
Andréa Albuquerque G. Redondo Depois de uma temporada fora do Rio de Janeiro devido a questões pessoais, volto à minha querida cidade natal. Gostaria de não escrever sobre a violência crescente, assunto constante em todos os noticiários, sabido e conhecido aqui e além-mar. Mesmo envolvida com compromissos familiares, pude acompanhar os acontecimentos graças à magia da internet. Melhor evitasse. Dizem que “o que os olhos não veem o coração não sente”, verdade que, infelizmente, não esconde a verdade que massacra o carioca sem dó, psicológica e literalmente: perda de vidas sem distinção de gênero, idade, profissão, classe social – adultos, crianças, nenéns… O que nos resta além de rezar? Só medo, tal é a impotência diante de quadro que fica mais tenebroso a cada dia, o Retrato de Dorian Gray do Século XXI. Se, de longe, os vários eventos por(Leia mais)