Estação da Leopoldina: A infindável novela e o descaso com os bens públicos

Em setembro de 2021, noticiávamos neste blog que, conforme reportagem publicada no portal G1, a 20ª Vara Federal do Rio havia condenado a concessionária SuperVia, a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados à Estação Ferroviária Barão de Mauá, a histórica Leopoldina, edifício inaugurado em dezembro de 1926. Muito antes, também registrávamos as ações do grupo SOS Patrimônio que organizou um levantamento com os principais bens históricos abandonados ou fechados no Rio de Janeiro. E, entre esses, após atualização, constava o Edifício do Período Eduardiano da Estação Férrea Barão de Mauá, chamado de Leopoldina, em São Cristóvão, destacado pelo deplorável estado de abandono. Agora, temos a notícia publicada no O Globo de que o Ministério Público Federal pediu a realização de uma audiência de conciliação para sanar a disputa e decidir o futuro da(Leia mais)

Seminário sobre revitalização e inovação das cidades

Temos publicado alguns textos sobre o Programa Reviver Centro, tais como “Reviver Centro … Botafogo, Ipanema, Leblon”, “Reviver Centro, quem são seus pares?” e “Reviver Centro – Prédios e gabaritos, quem são seus pares?”, entre outros. Divulgamos a seguir o workshop sobre revitalização e inovação das cidades promovido pela Aliança Centro Rio, no próximo dia 23, quando a organização comemora o primeiro ano de atividade do grupo. Urbe CaRioca Aliança Centro-Rio comemora um ano de trabalho com workshop sobre revitalização e inovação das cidades Publicado originalmente no jornal O Dia – 16 de setembro de 2022 Seminário acontece de forma presencial em prédio na Avenida Presidente Vargas, mas também será transmitido ao vivo, na próxima sexta-feira Rio – “Como revitalizar e inovar os centros das cidades brasileiras?”. Essa será a pergunta tema do workshop promovido pela Aliança Centro Rio, no(Leia mais)

Praças do Rio na fila pela revitalização

Publicada originalmente no Diário do Rio, a notícia de que a Subprefeitura da Zona Sul, em parceria com a Comlurb, iniciou as reformas nos brinquedos, a recuperação do pergolado, a substituição de mesas, o paisagismo no espaço, entre outros serviços, na Praça São Salvador, em Laranjeiras. As medidas são merecedoras de reconhecimentos, evidentemente. Mas é preciso ratificar que dezenas de espaços semelhantes há anos demandam da atenção do poder público, sobretudo na Zona Norte e Oeste da Cidade. Para você leitor, quais praças devem ser também espaços de revitaliação no Rio? Urbe CaRioca Praça São Salvador, em Laranjeiras, será revitalizada Por Estéfane de Magalhães – Diário do Rio Link original Na última segunda-feira, (12/09), a Subprefeitura da Zona Sul e a Comlurb iniciaram obras para a revitalização da Praça São Salvador, em Laranjeiras. A Subprefeitura atendeu a pedidos dos moradores(Leia mais)

Obras irregulares: da cidade “formal” às favelas e áreas públicas

Mapeamento recente revela que, atualmente, 37 imóveis municipais, estaduais e federais estão ocupados irregularmente na Cidade do Rio de Janeiro. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que a Prefeitura legaliza obras irregulares para aumentar a arrecadação do Município e beneficiar os proprietários de imóveis da cidade dita “formal” (e, em especial na Zona Sul e na Barra da Tijuca), as favelas continuam a crescer de forma desenfreada. A legalização de obras que contrariam as leis urbanísticas vigentes, e a possibilidade de pagar antecipadamente para construir fora-da-lei será mais uma vez reeditada, tendo o prefeito já enviado à Câmara de Vereadores outro projeto de lei de “mais valia” e da ainda mais inacreditável “mais-valerá”: o PLC nº 88/2022, lei bizarra e eterna que, naturalmente, não se aplica às favelas, onde tudo vale e de graça. Áreas públicas são invadidas, tomadas pela certeza(Leia mais)

A Mais-Valia que não Valeu

Causou muita estranheza a este blog urbano-carioca a notícia de que a Secretaria de Ordem Pública e a Subprefeitura da Zona Sul iniciaram nesta semana uma operação para demolir uma construção irregular em um prédio comercial na Rua Maria Quitéria, em Ipanema, na Zona Sul. Afinal, sabe-se muito bem que a Cidade toda é assim, em especial na Zona Sul e na Barra da Tijuca. A construção de andares a mais, além do gabarito fixado por lei, acontece diariamente. Paga-se para legalizar o fora-da-lei. Com base nela, a Mais-Valia, a Eterna. Aliás, pagava-se apenas nessa situação (e ainda se paga). De uns tempos para cá a famiglia cresceu. Nasceu a Mais-Valerá: paga-se antecipadamente para construir fora-da-lei. É de se supor que o proprietário do chamado puxadinho apresentado na reportagem, não pagou a Mais-Valerá a tempo, ou perdeu algum prazo, ou(Leia mais)

A cidade dos ‘puxadinhos’, de Roberto Anderson

Em artigo publicado originalmente no site “Diário do Rio”, reproduzido abaixo, o arquiteto Roberto Anderson aborda o fato de que, apesar de todos os questionamentos, o prefeito do Rio enviou à Câmara de Vereadores mais um projeto de lei de “mais valia”, o PLC nº 88/2022. “As mesmas irregularidades, produzidas por quem as comete na expectativa desse tipo de lei, poderão ser legalizadas”, afirma. Urbe CaRioca Roberto Anderson: A cidade dos ‘puxadinhos’ Link original A aplicação da chamada “mais valia” na Cidade do Rio de Janeiro vem de longe. Ainda como Distrito Federal, a cidade conheceu esse tipo de legislação com o Decreto nº 8.720, de 18 de janeiro de 1946 Em 2005, a Lei 4.176, de autoria do então Vereador Luiz Antonio Guaraná, proibiu a regularização de obras através do instrumento “mais valia” em algumas áreas da Barra da Tijuca(Leia mais)

Jardim de Alah recebe grande “abraço” contra a sua descaracterização

No último dia 21 de agosto, moradores dos bairros de Ipanema e do Leblon deram um grande “abraço” simbólico no Jardim de Alah, pedindo a manutenção das características originais do espaço para quem vencer uma  licitação – em tese para a realização de obras com vistas à revitalização da área -, uma vez que, em julho, a Prefeitura começou os estudos para a sua concessão de uso por 35 anos. A preocupação entre os moradores e frequentadores refere-se à possível perda do que deveria ser apenas um parque público, jardins, espaço para passeio e contemplação, inclusive para desfrute da vista belíssima que oferece do Morro do Corcovado e do Cristo Redentor – que o emolduram ao Norte -, para um shopping em área pública (a céu aberto, ou fechado se permitirem construções, como as notícias na grande mídia demonstram). Qual(Leia mais)

Audiência sobre a Operação Urbana Consorciada entre Inhoaíba e Barra da Tijuca: SMPU,ausente !

Em artigo publicado recentemente, a professora e jurista Sonia Rabello chama a atenção para a publicação feita no Diário Oficial do Município na qual a Câmara Municipal do Rio anunciou a realização de uma Audiência Pública sobre o PLC nº 72/22, que pretende viabilizar a construção do Parque Municipal de Inhoaíba. Para tanto, prevê o uso de instrumentos da chamada Operação Urbana Consorciada com a transferência de Potenciais Construtivos do bairro de Inhoaíba para Barra da Tijuca. É um verdadeiro imbróglio urbanístico, com detalhes contraditórios e obscuros, nos moldes do seu “primo próximo”, o batizado Parque Natural Municipal Nelson Mandela. Com pouca antecedência ao fato, tivemos a notícia da saída dos quadros da Prefeitura, de Washington Fajardo, Secretário de Planejamento Urbano. Em mensagem ao alto escalão da administração municipal, o prefeito Eduardo Paes disse que ele e o arquiteto tinham(Leia mais)

A reconstrução do Campanário da Velha Veneza, de Claudio Prado De Mello

Neste artigo, o arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural, Cláudio Prado de Mello, descreve interessantes detalhes sobre a história de um dos símbolos mais conhecidos de Veneza, o Campanário de São Marcos. Vale a leitura ! Urbe CaRioca A reconstrução do Campanário da Velha Veneza Publicado originalmente na página do autor em sua rede social Era entao uma segunda-feira … 14 de julho de 1902, e parecia uma manhã comum na Velha Veneza …Mas depois de mais de mil anos passados após sua fundação, as 09h47 da manhã, o campanário de São Marcos começou a ruir e colapsou, virando uma montanha de entulho. Mas e os escombros do campanário? Com as massas de alvenaria provenientes do campanário desmoronado, foi erguida uma colina nos Jardins de Castelo. O material arquitetônico foi levado para a ilha de São Jorge e outros(Leia mais)

No Rio, um Parque em Inhoaíba: o fim justifica os meios?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello destaca que a Câmara Municipal do Rio anunciou que realizará uma Audiência Pública sobre o PLC nº 72/22, que diz tentar viabilizar a construção do Parque Municipal de Inhoaíba e que, para tanto, prevê o uso dos instrumentos da Operação Urbana Consorciada e de Transferência de Potenciais Construtivos de Inhoaíba para Barra da Tijuca. “Um verdadeiro imbróglio urbanístico”, com detalhes contraditórios e obscuros que chocam a todos que têm qualquer expectativa de segurança jurídica quanto ao planejamento urbano da Cidade. Urbe CaRioca No Rio, um Parque em Inhoaíba: o fim justifica os meios? Sonia Rabello Link original Fonte: Google Maps. Círculo marca o bairro de Inhoaíba A Câmara Municipal do Rio de Janeiro anunciou em seu Diário Oficial – quem o lê?(Leia mais)