O MÊS NO URBE CARIOCA – AGOSTO 2016

Desenho: Urbe CaRioca Durante o mês de AGOSTO no blog tivemos postagens recordistas e grandes emoções. O Campo de Golfe dito olímpico frequenta estas páginas virtuais desde o final de 2012 e parece delas não querer sair! Em agosto os comentários foram muito além de capivaras e tacadas. O Clube Flamengo voltou à berlinda. Aproximando-se o dia da concessão da licença de obras – que aconteceria em dezembro conforme já divulgado – teve início outra polêmica, dessa vez sobre o corte de árvores antigas que ficam dentro do terreno do clube. A abertura das Olimpíadas, amemo-las ou não, foi linda, mas o período trouxe também muitos trambolhos para a paisagem urbana carioca, inclusive no prédio abandonado justamente do Clube Flamengo, no bairro de mesmo nome! A maioria foi retirada, mas alguns parecem eternos: por exemplo, a estrutura gigantesca montada nas(Leia mais)

O TÁXI, O MOTORISTA, A MALA, E O FINAL FELIZ – PARTE 2

CrôniCaRioca “Há 40 minutos esqueci uma mala de mão vermelha no chão de um táxi, na frente do banco do carona. Ele me trouxe do Hospital (X) até bairro (X). O táxi não é de cooperativa, é modelo SPIN, motorista é um homem jovem, talvez 45 anos, cabeça raspada, e, no papo, me disse que mora em São Cristóvão. Há documentos importantes dos quais preciso. Agradeço por toda ajuda.” Internet PARTE 2 – PERDIDOS E ACHADOS DE VÁRIAS NATUREZAS Depois do susto, o que fazer? Como encontrar o taxista silencioso? “Era um táxi sem nome, de motorista autônomo do qual eu não sabia o nome. Vídeos das câmeras de segurança para procurar a placa do carro só poderiam ser vistos no dia seguinte”. Com a ajuda da ala jovem da família, fomos às redes sociais via perfil, isto é, a(Leia mais)

O TÁXI, O MOTORISTA, A MALA, E O FINAL FELIZ – PARTE 1

CrôniCaRioca Proposta de novo “bigorrilho” apresentada à Prefeitura, felizmente não aprovada. PARTE 1 – O SUSTOAtabalhoada, chamei o táxi. Sacolas, bolsas, e a malinha vermelha que me acompanhava há dias. Preocupações e cansaço em excesso impediam raciocinar bem.  Havia pontos de táxis por perto. Exausta, preferi buscar na rua ao lado, início de um trajeto mais curto. Foi o primeiro que surgiu. Hesitei quando notei que não havia identificação na lateral traseira do amarelinho, coisa que só se sabe depois de chamar o táxi. Gentil, o motorista me ofereceu colocar a mala pesada à frente do banco do carona, no chão do carro. Aceitei, entrei, escolhi o caminho.Em geral converso pouco com alguns motoristas, mais um pouco com os que gostam de trocar ideias, se coincidir que ambos – ele e eu – estejamos dispostos. Gosto de perguntar onde esses(Leia mais)

UM PAI CARIOCA MUITO CRIATIVO

Pais CaRiocas, 2016 CrôniCaRioca O Pai CaRioca e euFormatura Ginasial, dez. 1967, ainda nos Anos Dourados Tinha manias, sim, e quem não as tem? Algumas das muitas manias do meu Pai CaRioca e Criativo eram curiosas, motivo de risadas das crianças, e piadas que só um pai paciente toleraria sem apelar para uma ou outra chinelada suave, expediente então permitido. A expressão “politicamente correto” não existia, e pediatras até concordavam que a natureza havia destinado um lugar especial para aquele corretivo moderado que, em tese, não deixava danos: o bumbum! “A lua é um Coco da Bahia”, ele dizia, “duro por fora e com água dentro, um pedaço que se soltou da Terra moldado e soldado, a água escondida no centro! Nós, os filhos, morríamos de rir! “A lua não tem água, paizinho, todo mundo sabe! É seca, toda esburacada”.(Leia mais)

A ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 FOI LINDA

Gazeta Esportiva É indiscutível. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi linda. Irretocável. Se um ou outro aspecto não agradou a um ou outro espectador, isto é normal. Se gosto não se discute, havia um pouco de tudo, para todos os gostos. Cores, ritmos, texturas, luzes, músicos e personagens variados, celebraram um Brasil que é variado, de raízes e tradições culturais tão diversas! Sim, de quase tudo, um pouco. Dos ritmos indígenas e africanos ao samba, à bossa nova, à MPB e ao funk. jb.com.br jb.com.br Dos povos que formaram o nosso estavam lá índios, portugueses, africanos, libaneses, japoneses… Houve quem sentisse falta dos italianos. É verdade, fizeram falta. Quem sabe foram escolhas impostas pela limitação do tempo, ou teríamos, além dos italianos, alemães, sírios, turcos, judeus de todas as partes do mundo, e até pomeranos!Por que Maracatu(Leia mais)

SEM ‘MÃES CARIOCAS’

CrôniCaRioca Ontem pela manhã, buscando inspiração para a CrôniCaRioca sobre o Dia das Mães, como fiz em 2012, 2013 e 2015, encontro notícia terrível sobre mais uma morte sem sentido na nossa querida Cidade do Rio de Janeiro.Desta vez foi uma jovem de dezessete anos que – triste ironia do destino! – dirigia-se ao Aeroporto Internacional do Galeão, o Tom Jobim, para recepcionar sua mãe que chegava de viagem! Dolorosa ironia! Tragédia absoluta! Ao invés de procurar boas memórias sobre a mãe amorosa e presente que – sorte e felicidade! -, me acompanhou durante quarenta anos – tão pouco! -, não pude deixar de sofrer ao imaginar aquela outra mãe recebendo a pior de todas as notícias, no lugar do abraço filial certamente aguardado. Junto com revolta e tristeza vieram lembranças sobre tantas balas – perdidas ou certeiras – que(Leia mais)

EU SOU O PEU DO MAL!

CrôniCaRioca   Em breve a Câmara de Vereadores retomará os trabalhos após o recesso de fim-de-ano. Esta época olímpico-urbano-carioca será movimentada para além do Parque Olímpico, de arenas esportivas, Campo de Golfe, pistas de Atletismo, parques aquáticos, Lagoa Rodrigo de Freitas, velódromo destruído, e a Baía de Guanabara poluída com a polêmica sobre a Marina da Glória, durante os Jogos Olímpicos 2016. Em discreta modalidade “indoor”, haverá corrida praticamente sem obstáculos para a aprovação de vários Planos de Estruturação Urbana – PEU em análise naquela Casa de Leis, e outros em elaboração na Prefeitura (obs.: o Plano Diretor de 2011, o Plano Frankenstein, alterou a nomenclatura desse instrumento urbanístico de Projeto para Plano de Estruturação Urbana, mantida a sigla original), todos com viés de arrecadação, conforme retratado aqui em diversas postagens e poeminhas. Em tempos de folia carnavalesca, para abrir(Leia mais)

DE RECLAMILDA PARA SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO

CrôniCaRioca20 de janeiro de 2016, Dia de São Sebastião Cristo Redentor, Rio de JaneiroFoto: Urbe CaRioca Querido São Sebastião, Santo Padroeiro da Mui Leal e Heróica Cidade do Rio de Janeiro, Escrevo relutante, ainda indecisa sobre postar esta missiva no correio que leva as coisas da Terra para o Céu. Explico o porquê. Na minha visão, o senhor, sofrido, torturado e flechado, deveria ser poupado de saber como vai a cidade que protege, a cada dia com mais problemas. Se eu contar certamente me dirá “deve haver algo de bom também, RECLAMILDA…”, com a voz pausada e tranquila que todo santo tem. Sim, São Sebastião, as há, a começar pelas pessoas boas, corretas e trabalhadoras, cariocas do bem, são muitos! Mas nossa urbe está cheia de ervas daninhas entre elas, uma pena… A violência está insuportável, há balas perdidas, confrontos,(Leia mais)

ELOGILDA, RECLAMILDA, RIO EM DEZEMBRO

CrôniCaRioca* Internet As amigas se encontraram no Centro, perto da Praça Mauá, “Oi, que saudade!”, dois beijinhos cariocas… RECLAMILDA – Falta muito até a Praça, Elô! Dezembro no Rio, no Centro, que loucura, que calor! Será que a gente aguenta? A Rio Branco toda quebrada. Quer ver mesmo a reforma da Mauá, conhecer o tal museu novo? ELOGILDA – Estamos quase chegando, Rê. Claro que aguentamos! O Rio está cada vez mais lindo, vale a pena! Nesta época é só animação, festas, presentes, Natal pertinho, água do mar igual ao Caribe, vi em fotos… E o calorzinho, que gostoso! Olha aqui, trouxe dois leques! Otimismo! Crédito: Guto Costa RECLAMILDA – Só você, Elô… No Metrô eu congelei, na rua o asfalto se derrete, 40 graus, vou ter pneumonia… Tá bem, tá bem, nada de falar sobre Linha 4, Linha 2,(Leia mais)

AS ÁRVORES E O BURGOMESTRE LENHADOR

Uma fábula urbano-carioca Canagé Vilhena Era uma vez um burgomestre que não gostava de árvores. No ano de 2015 ele comandava u’a mui leal e heroica cidade situada no Hemisfério Sul do mundo, fundada 450 anos antes por portugueses entre morros belíssimos que lembravam um pão-de-açúcar e a cara de um cão, às margens da também belíssima e então despoluída baía que banhava aquela terra maravilhosa com águas cristalinas. Para atingir os objetivos políticos que almejava – comandar cada vez mais e mais reinos – o burgomestre queria realizar obras em toda a urbi, para que todos vissem suas realizações. Porém, para fazê-las, era necessário cortar muitas árvores. O único problema era que no Século XXI crescia a preocupação com o aquecimento do planeta, havia manifestações em defesa da natureza em toda a orbi, e cortar árvores só fazia a situação(Leia mais)

A RODA GIGANTE E O PÉ DE FEIJÃO, de Carla Crocchi

UM CONTO INFANTIL SOBRE ALTURAS E PAISAGENS Inspirada pelas idas e voltas de uma roda-gigante*que volta e meia volta a ameaçar a paisagem do Rio de Janeiro, a arquiteta e artista plástica presenteia este blog com uma breve narrativa que traz poesia e magia para cariocas e amantes da cidade, além de uma bela ilustração também de sua autoria. Boa leitura. Urbe CaRioca Fonte: Carla Crocchi Fotos em Arte  A RODA GIGANTE E O PÉ DE FEIJÃO UM CONTO INFANTIL SOBRE ALTURAS E PAISAGENS Autoria de Carla Crocchi  ERA UMA VEZ UMA RODA GIGANTE . RODAVA, RODAVA E SÓ SABIA RODAR. MUITOS RODAVAM COM ELA ATÉ CANSAR. ENTÃO A POBRE RODA ERA OBRIGADA A MUDAR DE LUGAR ONDE MAIS PESSOAS GOSTASSEM DE RODAR. O PROBLEMA É QUE TANTA GENTE FICAVA QUERENDO SABER POR QUAL MOTIVO A RODA FAZIA TANTA QUESTÃO(Leia mais)