Mês: abril 2013
SEMANA 22/04/2013 a 26/04/2013: O BLOG ANIVERSARIA, O POST MAIS LIDO, E O ROAD-SHOW DA MARINA NO IAB
APOIO: PREFEITURA, INSTITUTO DO PATRIMÔNIO, IPHAN, ABIHRJ, E VEREADORES. Indicação sobre imagem Google Maps |
=&8=&: Hoje, 29/04, às 18h, no IAB, haverá apresentação do projeto para construção de ‘pier’ na Zona Portuária, parte do projeto de reurbanização da região, item que tem causado polêmicas. =&9=&: Dia 30/04, terça-feira, às 10h, haverá mais uma rodada do ‘Road-Show’ da EBX-REX na ALERJ. Local – Palácio Tiradentes, Rua Primeiro de Março, s/n – rua batizada com nome que é a data da fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 3: Na reunião dia 25/04, na SEARJ, foi decidida a criação de um abaixo-assinado que solicita o tombamento do QG da Polícia Militar, situado na Rua Evaristo da Veiga. Será objeto de post específico, mas, fica aqui o link do abaixo-assinado desde já. 4: A página do Facebook ‘Preservação Prédios Históricos Pmrj’, criada por Jorge Mendes, divulgou opinião sobre a proposta de construção no terreno da Marina da Glória, conforme segue.
Preservação Prédios Históricos Pmrj
“O pretendido empreendimento comercial trará considerável perda de qualidade de vida no espaço público do Parque do Flamengo, mormente no espaço urbano abrangido pelo bucólico bairro da Glória. Uma agressão à belíssima paisagem urbana. Um verrugão em rosto bonito. O IPHAN jamais poderia aprovar agressivo projeto. Rejeitado no IPHAN/Rio, o projeto foi levado ao IPHAN/Brasília, através de Recurso Administrativo, onde obteve pré-aprovação. O Recurso à Brasília, encaminhado pela MGX Empreendimentos Imobiliários, deu-se por orientação da Superintendência do IPHAN/Rio. É o que consta da página 490, que faz referência à página 373, do procedimento de aprovação prévia do projeto. Acho que o ponto de vista contrário ao projeto também deveria merecer Recurso ao IPHAN/Brasília. Os frequentadores do Parque e da Marina e os moradores da Glória, Catete, Flamengo, Botafogo e Centro também merecem ser orientados sobre Recursos da parte do IPHAN. Mereciam também ter conhecimento prévio do projeto. Respeitamos os Conselheiros do IPHAN, mas o povo também deles merecem respeito”. =&12=&MARINA DA GLÓRIA NO IAB: PALMAS PARA A PLATEIA
Parque do Flamengo – delimitação da área tombada Imagem: página IPHAN |
MARINA DA GLÓRIA: HOJE, ‘ROAD-SHOW’ NO IAB
REUNIÃO COM EBX-REX, PREFEITO, IPHAN NACIONAL, VEREADORES do RIO, e MÍDIA Às 18h, discussão sobre As Formigas enquanto O Elefante caminha a passos largos. Imagem: Estadão |
ANIVERSÁRIO DO BLOG E POST MAIS LIDO: CAMPO DE GOLFE
Internet |
SEMANA 15/04/2013 a 19/04/2013: QG DA PM, MARINA DA GLÓRIA, BOSTON
Newbury Street, Boston, USA Imagem: The Boston Condo Loft |
POR BOSTON
CRÔNICARIOCA
Back Bay, BostonImagem: www.wallsfeed.com |
Choro por mortes, feridas e vidas que seguem para sempre levando mortes e cicatrizes, feridas n’alma. E medo. Choro por Boston. Antes que perguntem sobre África e o Mundo Árabe-Israelense, onde a matança entre Estados, Países e tribos é contínua há séculos, ou sobre estatísticas da violência no Brasil, respondo: escrevo por Boston. Contra o terror que, ao contrário daquelas guerras consentidas e nem por isto aceitáveis, escolhe seus alvos sorrateiramente. Covardemente.
MARINA DA GLÓRIA, NOVOS CAPÍTULOS
Em primeiro plano, o parque integrado visualmente à Praça Paris, o Monumento aos Mortos na II Guerra e a pista de aeromodelismo. À esquerda, o terreno da Marina da Glória com edificações de apoio às atividades náuticas. Ao Fundo, Praia do Flamengo, Baía de Guanabara, Morro Cara de Cão, Pão de Açúcar e Morro da Urca e Morro da Babilônia. À direita as construções dos bairros da Glória e Flamengo, com destaque para o prédio do Hotel Glória, inaugurado em 1922, hoje de propriedade da EBX. A imagem mostra com clareza a separação entre área urbana edificável – os bairros – e a área pública non-aedificandi, o Parque do Flamengo, bem de uso comum do povo. |
QUARTEL DA PM, O QG DA RUA DOS BARBONOS: AO PÓ. OU NÃO.
Iluchar Desmons – Panorama da Cidade do Rio de Janeiro tomado de Santo Antônio a voo de pássaro – 1854. Vista tomada do Morro de Santo Antônio, vendo-se o quartel da Rua dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga), hoje quartel da polícia Militar. Texto: Paisagem do Rio de Janeiro, George Ermakoff Imagem: Iba Mendes Pesquisa a partir da Biblioteca Nacional Digital do Brasil |
Após o anúncio de que a Petrobrás compraria prédio e terreno do Quartel General da Polícia Militar, a estatal recuou, muito embora o Governador tenha mantido a decisão de vender este e outros imóveis como foi explicado em Vendo o Rio, no Estado – Estudo de Caso: Botafogo.
A SEMANA – 08/04/2013 a 12/04/2013: Artigo de L. F. Janot, Patrimônio Cultural, e as CrôniCaRioquinhas
NOVIDADES EM CRÔNICARIOQUINHAS
Edital de lançamento de concurso de arquitetura para projeto do Campo de GolfeIndicação do local – Note-se a vegetação existente ao longo das margens da Lagoa Instituto de Arquitetos do Brasil |
Iluchar Desmons – Panorama da Cidade do Rio de Janeiro tomado de Santo Antônio a voo de pássaro – 1854. Vista tomada do Morro de Santo Antônio, vendo-se o quartel da Rua dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga), hoje Quartel da Polícia Militar. Texto: Paisagem do Rio de Janeiro, George Ermakoff Imagem: Iba Mendes Pesquisa a partir da Biblioteca Nacional Digital do Brasil |
Escultura em papelaão do artista plástico Sérgio Cezar Imagem: Flickr |
5. Outro batalhão, Adeus, Praça em Botafogo… Mais edifícios, que desperdício. Melhor seria um benefício. Ao bairro, aos moradores. No posto, chance de outra, bom pro morro em frente, o Dona Marta. Pena, morreu antes de nascer, coitada…
PROJETO APROVADO DE ALINHAMENTO Rua São Clemente, Botafogo Site Prefeitura |
6. –“Oi, Monique, Quero escrever sobre a Zona Norte, fala do Engenho da Rainha, foi lugar nobre, sabe? A rainha era de verdade, Carlota Joaquina”. _ “Meu bairro não tem nada. Odeio”. _ “Então me conta o que falta, eu ponho no blog”. _ “Tudo”.
Mapa de 1928 mostrando o trecho inicial do ramal da Penha (detalhe para a estação Engenho do Matto, que foi substituida por Engenho da Rainha, construída próxima dali) Imagem: TGVBR |
7. Poda louca, sem razão, ninguém deu explicação. A defesa aparece! Mas é tarde, quando o pobre Açacu, já pelado e despido, sente frio, está nu. Na Pompeu do ‘seu Loureiro’, tinha belo Açacu. Isso passa, logo cresce, tenha calma, Açacu!
Blog Alto e Bom Português |
O Globo |
8. O Ed Motta disse que tinha espaço, cadê a van? Ruim prá trabalhar, piorou! O moço bonito disse que tem transporte na Zona Sul. Tem, sim, verdade! Prá ficar rodando por lá, beleza! Mas o negócio é chegar no trabalho lá na Zona Sul, moço!
Elevado do Joá (Foto: Marco Antônio Cavalcanti Agência O Globo) |
PATRIMÔNIO DO RIO: DECISÕES ALÉM DA COMPETÊNCIA
PARQUE DO FLAMENGO |
Artigo: UMA POLÍTICA EQUIVOCADA, por Luiz Fernando Janot
Internet |
‘Não há razão para expandir a estrutura urbana do Rio enquanto bairros tradicionais da Zona Norte sobrevivem à míngua pela falta de investimentos públicos e privados’
Desde os tempos mais remotos se observa a preocupação em tornar as sociedades mais justas e mais humanas. Alguns modelos de cidade foram idealizados com esses objetivos. O conceito de “Cidade Jardim” proposto em 1902 por Ebenezer Howard, as teorias modernistas de Le Corbusier reunidas no livro “Urbanismo” em 1925 e a “Broadacre City” apresentada por Frank Lloyd Wright em 1932, são alguns exemplos paradigmáticos.
No Brasil, foram poucas as cidades planejadas sob a influência desses princípios. Brasília foi, sem dúvida, a que mais se destacou como representação do modelo de urbanismo modernista do século XX. Concebida inicialmente para ser uma cidade igualitária viu esse ideal sucumbir diante da proliferação, em seu entorno, de cidades satélites constituídas pela população excluída do seu núcleo central. O fracasso dos objetivos desse e de outros projetos modernistas revelou aos arquitetos e à sociedade o fim da cidade ideal e a valorização da cidade possível, isto é, aquela com a qual estamos habituados a conviver.
A história nos mostra que as cidades não são como maquetes feitas para serem vistas de cima e na sua totalidade. Para se conhecer uma cidade é necessário andar por suas ruas, apreciar as suas particularidades, conviver com as suas gentes e admitir os seus contrastes e as diferenças. Afinal, como afirma Ítalo Calvino em seu livro “Cidades Invisíveis”, “de uma cidade não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas”. Quanto mais circulamos pelos seus espaços diferenciados maiores serão as probabilidades para refletir e entender os seus verdadeiros significados. Pessoas que vivem exclusivamente em ambientes socialmente restritos dificilmente poderão compreender a verdadeira dinâmica urbana de uma cidade.
Além das questões das desigualdades sociais, dos problemas de mobilidade urbana e de preservação do meio ambiente, as cidades contemporâneas enfrentam, nos dias de hoje, muitas outras dificuldades. Nas cidades europeias sobressai a problemática dos imigrantes que vivem em condições precárias em redutos pobres localizados nas suas periferias. No Oriente Médio, os espaços públicos costumam ser ocupados por populações marginalizadas que nascem, vivem e morrem nas ruas, como se observa na Índia. Na China, proliferam, em velocidade espantosa, cidades com cerca de 30 milhões de habitantes, ou seja, mais do que o dobro da população da cidade de São Paulo.