
O Gigante Apunhalado Chico Fonseca Como um paquiderme mergulhado em sono Que da água assoma em susto despertado Ergue-se em pedra o monumento soberano Com cinzel divino em rocha esculturado Do alto do seu pináculo imponente Rasgando flocos de nuvens desgarradas Observa a baía em vigília permanente Destes mares hoje e dantes navegados Viu barcos, brigues, caravelas seculares Do índio primitivo ao conquistador lusitano E outras tantas embarcações milenares Viu piratas e corsários, o virtuoso e o profano O seu olhar não vai além da Taprobana* Mas mantém todo o contorno da baía vigiado De lá ele toma conta da praia de Copacabana Com Niterói à frente e ao fundo o Corcovado Mas cesse tudo que a antiga musa canta Que chegou o agressor em atitude sorrateira Como a mão assassina do punhal que se alevanta Subiu o morro(Leia mais)