IMÓVEIS HISTÓRICOS EM RUÍNAS E ABANDONADOS NOS CENTROS HISTÓRICOS. QUAL O PROBLEMA? QUAL A SOLUÇÃO? De Sonia Rabello

Dando continuidade ao tema Imóveis Vazios X IPTU Progressivo no Tempo, reproduzimos o artigo da professora e jurista Sonia Rabello, publicado originalmente no site A Sociedade em Busca do seu Direito, no último dia 18. A autora leva o foco para os prédios históricos que estão em ruínas e abandonados, especificamente nos centros históricos das cidades, e destaca que “nenhuma aplicação de IPTU progressivo, ou ao contrário, a sua isenção, dará conta da questão, pois este diagnóstico e as “curas” sugeridas são pontuais, sem abordar o problema do desequilíbrio urbanístico, na distribuição de ônus e benefícios do processo de urbanização”. Boa leitura. Urbe CaRioca Imóveis históricos em ruínas e abandonados nos centros históricos. Qual o problema? Qual a solução? Sonia Rabello A preservação de centros históricos em ruínas e com inúmeros imóveis abandonados passa, necessariamente, pelo planejamento urbano que se(Leia mais)

RIO DE JANEIRO – O PREFEITO, A PREFEITURA, E O URBANISMO

Em um dos 10 PRIMEIROS PEDIDOS AO NOVO PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO perguntamos E O URBANISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO?. Trecho: “Além de modificar a estrutura administrativa, a lista de decretos também contém algumas medidas, e muitas propostas sobre questões fiscais e financeiras, segurança pública, áreas de saúde e educação, transportes, setor cultural, meio ambiente, e assistência social. Chama a atenção a ausência de menção às questões urbanas, fora a intenção de criar um parque na Zona Oeste e exigir um laudo para obras de grande porte, coisa que já existe. Por isso a pergunta deste blog: Sr. Prefeito, e o Urbanismo?” Cinco meses após iniciado o novo governo municipal, este blog procurou respostas na entrevista com o alcaide publicada há dois dias (OG, 11/06). Encontrou o que segue. ‘Precisei cortar despesas’, diz Crivella em entrevista ao(Leia mais)

PRESSÃO PARA ACABAR COM AS APACS. DE NOVO.

APAC é a sigla para Área de Proteção do Ambiente Cultural. As APACs existem em terras cariocas desde a década de 1980, quando foram editadas as leis que aprovaram o Projeto Corredor Cultural, para parte do Centro do Rio de Janeiro, e o Projeto SAGAS. O segundo foi assim chamado por ter preservado conjuntos de construções dos bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, vizinhos ao Centro da cidade e que abrangem a região portuária, a eles unida após a construção dos aterros que deram origem ao então novo porto do Rio de Janeiro, no início do século XX. Antes mesmo desses dois exemplos, os sobrados da Rua da Carioca já haviam sido protegidos no final da década de 1970 (Decreto nº 1707/1978). O movimento pela proteção da memória urbana através da manutenção de grupos de edificações por seu valor(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – JANEIRO 2017

                                                            No mês de JANEIRO/2017 o blog deu continuidade aos pedidos ao prefeito, recém-eleito para governar a Cidade do Rio de Janeiro.   O inaceitável Campo de Golfe dito olímpico esteve mais uma vez presente, com destaque para as poucas tacadas, nenhuma surpresa. O novo prefeito não se manifestou sobre resgatar o Parque Municipal Ecológico Marapendi e obrigar o proprietário dos condomínios ‘Riserva’, na Barra da Tijuca, a construir o trecho da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso eliminado pela gestão anterior, como este blog sugeriu.   O post  CINEMA LEBLON – CAUSA PERDIDA: THE END bateu recordes de visualização, assim como o artigo de Claudio Prado de Mello sobre o abandono de(Leia mais)

METRÔ DO RIO – A LINHA TRIPA 1 + 2 + 4 e o Tolypeutes parado

Tripa (Dicionário Houaiss, acepção 5) Regionalismo: Brasil – Uso: informal – O que apresenta formato alongado e estreito; tira. Ex.: uma t. de pano     Segundo o blog Metrô do Rio (Não oficial) “A mudança no traçado, a necessidade da compra do tatuzão, entre outras lambanças nunca foram explicadas tecnicamente. Suas respostas começam a aparecer”. O texto está na postagem que tem título forte: Corrupção na Linha 4. A primeira parte do comentário refere-se à mudança no traçado original da Linha 4 – diversas vezes explicado neste blog – que ligaria o Centro à Barra da Tijuca via Botafogo/Humaitá/Jardim Botânico, dando-se início ao que poderia ser considerada uma pequena rede de metrô, trajeto trocado pela inexplicável extensão da Linha 1, da Estação General Osório (Ipanema) à Estação Jardim Oceânico (Barra da Tijuca). Da Linha 4 original foi construído apenas(Leia mais)

METRÔ NO RIO EM 1948, ou UM PRIMEIRO DE ABRIL ANTECIPADO

Divulgado no blog Deep Rio, de Adam Lee     O americano Adam Lee, responsável pelo blog Deep Rio – Culture, History, Nature & News, estuda a cultura do Brasil há 1 década e meia, morou em vários bairros do Rio de Janeiro e em outras regiões brasileiras, e escreve sobre o nosso país desde 2008. No seu post mais recente – Rio Transit Crisis – 1948– o autor comenta e reproduz artigo publicado na Revista da Semana de 24/01/1948 – digitalizada e disponível nos arquivos da Biblioteca Nacional -, que conta a história da “maior piada dos últimos tempos”, não sem razão sobre os problemas com a mobilidade urbana no Rio de Janeiro (ou, a sua ausência): “Debelada a crise de transportes no Rio”. O título da reportagem de Ney Machado: 1948 Started on April 1st! Infelizmente o título da(Leia mais)

CAIS DOS MINEIROS – MAIS SOBRE O NOVO MUSEU DA MARINHA

A notícia sobre a construção de um museu sobre o molhe das antigas Docas da Alfândega do Porto do Rio foi publicada na grande mídia segunda-feira, dia 20/03 e, no mesmo dia, comentários e discussões a respeito borbulhavam redes sociais, como dissemos ontem em ÁREAS DA MARINHA CONTINUAM EM FOCO: NOVO MUSEU E NOVA POLÊMICA À VISTA. Biblioteca Nacional – Michellerie , E. de La – Planta do Rio de Janeiro – 1831 – Prainha e Praia dos Mineiros(Imagem obtida em Praia dos Mineiros – Outrora – Um Passeio no Tempo) Poucos acharam o projeto interessante. Em outras opiniões o desenho arquitetônico foi chamado desde ‘Caixote de Bacalhau’ até ‘Arca de Noé’, entre espantos com a obra que embrulha o antigo cais de pedra. Não faltaram questionamentos sobre a real necessidade de mais um equipamento na cidade – diante de(Leia mais)

ÁREAS DA MARINHA CONTINUAM EM FOCO: NOVO MUSEU E NOVA POLÊMICA À VISTA

A imagem de projeto para a construção de um “novo museu” na cidade do Rio de Janeiro, onde funciona o Espaço Cultural da Marinha, publicada ontem (OG, coluna Ancelmo Gois) já causa polêmica nas redes sociais, em especial observações do grupo S.O.S. Patrimônio. A proposta cria um volume inteiriço de linhas simples e elegantes, que parece “embrulhar” o prédio existente e a base que o sustenta. Mas, a nota sugere tratar-se de construção nova, projeto arquitetônico que visa criar o Museu Marítimo do Brasil. O prédio atual resultou de uma reforma nas antigas Docas da Alfândega do Porto do Rio, em 1996, cujo projeto poderia até ser questionado. Entretanto, o molhe de pedra – base onde está apoiado – parece ser o mesmo cuja construção teve início em 1853 (v. Cronologia em Um Porto para o Rio, org. Maria Inez(Leia mais)

HORTA (?) NA LAPA, DE NOVO NA BERLINDA

Ou, UMA EXPERIÊNCIA DE PAISAGISMO FUNCIONAL COM VISTAS À RECUPERAÇÃO DO SOLO Foto: João do Apex, 04/03/2017 Em 13/10/2016 publicamos UMA HORTA NA LAPA? A MINHA OPINIÃO, do historiador Claudio Prado de Mello -, fruto dos debates ocorridos pouco antes no grupo S.O.S.Patrimônio. A postagem teve grande repercussão e desdobramentos, com outros posts do Urbe CaRioca, inclusive sobre outra tentativa de se criar uma pequena plantação em frente ao Museu da República, na Rua do Catete. No Carnaval o assunto voltou à berlinda Claudio Prado de Mello, manifestou-se mais uma vez com o texto:A HORTA DA LAPA … Minha Opinião 2 Em Outubro de 2016 tivemos um acalorado debate sobre o projeto de se criar uma Horta na Lapa. A ONG Mutirão Agroflorestal fazia 20 anos e a Fundição Progresso iria abrigar nos dias 14 e 15/10 o projeto PlanteRio. O(Leia mais)

NOVA ORLA DO RIO – DEPOIS DAS GRADES, UM GUARDA-CORPO

Praia do Flamengo, 1951. Mureta de granito. Imagem obtida na internet. A notícia “Após polêmica, grades na Orla Conde serão substituídas por guarda-corpos” deve ser comentada aqui, pois a discussão sobre as grades (móveis, diga-se) instaladas pela Marinha do Brasil no chamado Boulevard Olímpico ou Orla Conde, esteve em mais de uma postagem neste Urbe CaRioca. A NOVA ORLA, NO CENTRO DO RIO, COM GRADES – UMA SURPRESA DESAGRADÁVEL! A NOVA ORLA DO RIO, 2 – SEM PARTE DAS GRADES! NOVA ORLA DO RIO E ZONA PORTUÁRIA – ALÉM DAS GRADES, OBRAS DETERIORADAS, E CONCESSÃO INCERTA Segundo a grande imprensa, a Prefeitura e a Marinha decidiram que no trecho em questão será construído um guarda-corpo: “A Prefeitura do Rio e a Marinha decidiram substituir as grades de ferro instaladas na Orla Conde por guarda-corpos. O modelo, no entanto, ainda não(Leia mais)

IGREJA DE SANTA LUZIA, RIO DE JANEIRO, NA LINHA DO TEMPO, de Paulo Nascimento

Foto: Alexandre Albuquerque, fev./2017 Segundo o site Canção Nova, “o nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: Portadora da luz. Ela é invocada pelos fiéis como a protetora dos olhos, que são a ‘janela da alma’, canal de luz”. Comemora-se seu dia anualmente, em 13 de dezembro. O arquiteto Paulo Nascimento  comenta a presença da Igreja de Santa Luzia no Centro do Rio de Janeiro (v. texto abaixo), e reúne de imagens que mostram o crescimento da cidade junto com esse importante marco do Rio Colonial, bem cultural federal tombado em 1938, que resistiu à passagem do tempo. A história da igreja que já teve o mar aos seus pés remonta ao final do século XVI, como conta o site Santa Luzia da Gente. Foi reconstruída em 1872 por Mestre Antônio de Pádua e Castro “que alterou sua fachada e acrescentou(Leia mais)