Inconcebível é a autorização para construir uma torre de escritórios ao lado do hotel: índices urbanísticos especiais ofertados no primeiro “Pacote Olímpico” como explicado em 2012.
“De todos os benefícios, o destinado ao antigo Hotel Nacional foi o mais espantoso. Para dar viabilidade ao negócio autorizou-se a construção de uma torre de escritórios onde o zoneamento não permitia. Mas, tudo indica que o imbróglio jurídico que cerca a torre cilíndrica seja mais forte do que o presente contido no Pacote.” (30/10/2013 – DEMOLIÇÕES 4 – CASA DE PEDRA, PACOTE OLÍMPICO 1, HOTÉIS E BENESSES)
O antigo hotel Meridien ficou fechado durante anos até ser comprado pela rede Windsor. Não se tem notícia de que tenha sido autorizada a construção de uma torre de escritórios em algum lugar para “dar viabilidade ao negócio”.
Parece que o ‘o imbróglio jurídico que cerca a torre cilíndrica’ foi resolvido. É o que se depreende de um parágrafo intrigante na notícia jornalística: obra iniciada ainda não financiada, viabilidade econômico-financeira sendo detalhada, sem definição da rede hoteleira da qual fará parte.
“De acordo com o empreiteiro, os proprietários ainda negociam com bancos privados para saber quem vai financiar a obra. Além disso, consultores contratados estão fechando os últimos detalhes do estudo de viabilidade econômica e financeira do novo hotel — aí então será decidido, entre outros itens, o valor das diárias. Além disso, falta concluir a escolha da rede internacional que vai operá-lo. Conforme a bandeira, adaptações internas serão necessárias.” (OG 03/05/2015)
Que a reforma continue, que dê tudo certo para a torre de Niemeyer, bem cultural tombado da cidade do Rio de Janeiro. Melhor ainda seria descartar a benesse concedida… Uma ilusão, é claro.
Abaixo, outras postagens sobre os benefícios concedidos para hotéis das quais RIO DE JANEIRO – HOTÉIS EM REFORMA, EM CONSTRUÇÃO, EM PROJETO OU EM ESTUDOS está entre os textos mais lidos desce a criação do blog, há três anos.