Divulgação – MAPA: Veja quanto tempo as pessoas levam para chegar ao trabalho na sua cidade

De acordo com dados preliminares do Censo 2022 do IBGE, dois em cada três brasileiros levam até meia hora nesse deslocamento. O percentual é semelhante ao registrado em 2010. Por Camila da Silva, G1 Link original Dois em cada três trabalhadores brasileiros (67%) levam até meia hora para chegar ao trabalho, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, eram 65%. Outros 14,5 milhões (20%) gastam entre 30 minutos e 1 hora, e 7,4 milhões (10%) levam de 1 a 2 horas para chegarem ao emprego e 1,3 milhão (1%), mais de duas horas. Os números também são semelhantes aos de 2010. O IBGE considera o tempo gasto entre o domicílio e o local do trabalho principal, desconsiderando paradas intermediárias, como levar filhos à escola ou fazer compras. Nos(Leia mais)

Elegia à Escada, de Marcos Moraes de Sá *

Neste belíssimo poema, Marcos Moraes de Sá, tem como figura central de sua arte a  escada, símbolo de passagem e de movimento, e que sempre acompanhou a arquitetura e a vida urbana. Mais do que um simples elemento funcional, ela já foi palco de encontros, metáforas de ascensão e descida, testemunha silenciosa de histórias humanas. * Marcos Moraes de Sá é arquiteto Urbe CaRioca elegia à escada era bela, iluminada, animava a chegada dinamismo anunciava com a modernidade ficou enclausurada sem significado sem dignidade sem compasso sem espaço agora é só funcional à prova de fogo imune à fumaça mas asfixia-se sem prosa sem poesia sem ritmo sem energia esconde-se e envergonhada permanece fechada a pobre coitada perderam todos o edificio o homem a cidade    Fotos da escada do Edifício Mayapan

MPF pede paralisação das obras no Jardim de Alah

O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão imediata das obras no Jardim de Alah, área tombada que liga Ipanema ao Leblon e conecta o mar à Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O projeto, conduzido pela concessionária Rio Mais Verde, prevê a instalação de lojas, restaurantes, supermercado, anfiteatro e centenas de vagas de estacionamento, além da derrubada de 90 árvores — mudanças que, segundo o MPF, descaracterizam o patrimônio histórico e podem causar sérios danos ambientais. A ação reforça os questionamentos já apresentados pelo Ministério Público do Estado do Rio e pela Associação dos Moradores e Defensores do Jardim de Alah (AMDJA), que reuniu mais de 30 mil assinaturas contra a intervenção. Para os críticos, a concessão viola a Lei Orgânica do Município e ignora o tombamento definitivo(Leia mais)

A antiga capital é cada vez mais esvaziada, de Christian Lynch

Neste artigo publicado originalmente no jornal O Globo, Christian Lynch , cientista político, jurista e historiador, destaca que o Rio de Janeiro, outrora centro político e cultural do país, vê-se novamente diante de um processo de esvaziamento institucional que se arrasta há décadas. A transferência da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para Brasília é mais um capítulo de uma longa história de perdas que fragilizaram a antiga capital e deslocaram para São Paulo e para o Distrito Federal não apenas órgãos estratégicos, mas também poder econômico e influência política. O episódio reacende o debate sobre o papel do Rio no pacto federativo e sobre a necessidade de políticas que resgatem sua condição singular no imaginário e na vida nacional. Urbe CaRioca A antiga capital é cada vez mais esvaziada Com projeto de transferência da Susep, de novo o Rio perde,(Leia mais)

Leopoldina: da promessa de progresso à realidade de cidade fantasma

O geógrafo Hugo Costa, colaborador assíduo deste blog, é morador e estuda a Zona Norte em profundidade. É um dos entrevistados na reportagem de Selma Schmidt sobre a Região da Leopoldina publicada em 14/09/2025 no Jornal O Globo. Assim como os governantes deviam usar o transporte público, morar durante algum tempo em áreas degradadas e abandonadas poderia reverter olhares e ações sobre essas. Ou melhor, levar a novos olhares e ações essenciais. Urbe CaRioca Chamada de ‘cidade-fantasma’, Zona da Leopoldina sofre esvaziamento por descaso e violência Com 13 bairros, região perdeu 19% de sua população, enquanto Barra da Tijuca engordou 12% entre 2010 e 2022 Por Selma Schmidt – O Globo Link original O aposentado Vânio Korrêa, de 67 anos, chegou há quase cinco décadas a Ramos — um dos 13 bairros da chamada Zona da Leopoldina, cortados pela antiga(Leia mais)

De Mário para Duda

Inspirados em Elio Gaspari, jornalista em constante sintonia com o Além, Orlando de Barros e Andréa Redondo, cientes da preocupação de uma figura ilustre em relação ao Centro do Rio, entraram em contato com o Céu dos Poetas e sugeriram que o prestigioso autor se manifestasse. Boa leitura. Urbe CaRioca   Orlando de Barros e Andréa Redondo Caro Duda, Espero que esta missiva o encontre bem. Saiba que tratá-lo pelo apelido é carinho, jamais desrespeito. Pela minha idade comparada à sua – menino cuja carreira acompanho desde cedo, sinto-me à vontade para recordar como era conhecido durante seus primeiros passos na política. Era o despontar de um futuro promissor. Isso esclarecido, vamos ao ponto. Batizar a praça localizada no Centro do Rio de Janeiro com meu nome depois que parti, foi um presente a este então nonagenário. Gostei da justa(Leia mais)

Autoridades precisam sentir na pele o caos no transporte, por Andréa Redondo

Por Andréa Redondo – O Globo Link original Passageiros permanecem durante horas em ônibus lotados, ruidosos e abafados, no ‘Rio 40 graus’ de Fernanda Abreu No filme francês “Entre dois mundos”, a personagem interpretada por Juliette Binoche é escritora, fato de que o espectador ganha ciência no avançar da projeção. Para escrever sobre as dificuldades da classe trabalhadora francesa, decide viver sua realidade. Muda-se de Paris para uma cidade portuária e, sob nome falso, emprega-se como faxineira. O trabalho exaustivo intensifica-se quando passa a integrar a equipe noturna dedicada a limpar, em tempo exíguo, cabines da balsa que transporta passageiros entre a França e a Inglaterra. O livro a ser escrito exporá as condições precárias a que mulheres se submetem para sobreviver com parcos recursos vindos do trabalho honesto. O paralelo com a situação enfrentada por cariocas e fluminenses no(Leia mais)

Tombamento: a desconstrução do instituto pelos órgãos de preservação?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello aborda a questão do tombamento de bens públicos municipais e sua relação com áreas de proteção federal, fazendo uma profunda análise não apenas sobre a formalização jurídica desses tombamentos, mas também a importância da proteção integrada. São destacados dois casos emblemáticos de bens tombados, alvos de mobilização popular no Rio de Janeiro e que envolvem as mutilações do Pão de Açúcar e do Jardim de Alah, ressaltando os impactos legais e sociais da preservação de espaços históricos e culturais, com ênfase na necessidade de coerência entre normas municipais e federais. Urbe CaRioca Tombamento: a desconstrução do instituto pelos órgãos de preservação? Os casos das mutilações do Pão de Açúcar e do Jardim de Alah, no Rio No Rio de Janeiro,(Leia mais)

Rio de Janeiro histórico: dez igrejas tombadas que guardam arte, fé e música

O Rio de Janeiro não guarda apenas as paisagens que lhe renderam fama mundial. Em meio ao Centro da cidade, a poucos passos de distância, estão algumas das mais belas igrejas do Brasil, verdadeiros testemunhos de quase quatro séculos de história. Entre talhas douradas, azulejos portugueses, pinturas ilusionistas e esculturas de mestres do período colonial, esses templos são mais do que espaços de fé: são guardiões da memória artística, cultural e política do país. Visitar essas igrejas é percorrer um roteiro que vai do barroco exuberante ao refinamento do rococó e à sobriedade neoclássica, passando por episódios marcantes como coroações imperiais, milagres populares e manifestações religiosas que moldaram a identidade do Rio. Além da riqueza arquitetônica e das obras de arte, muitos desses espaços oferecem visitas guiadas e concertos, transformando cada parada em uma experiência única de contemplação e aprendizado.(Leia mais)

Zona da Leopoldina: do desejo da classe média ao abandono, de Hugo Costa

Neste artigo, o geógrafo Hugo Costa destaca que a Zona da Leopoldina, que nos anos 1980 figurava como objeto de desejo da classe média carioca, é hoje um retrato vívido do abandono urbano. Naquele período, a região atraía investimentos privados e publicidade de peso — como o icônico comercial estrelado por Xuxa e Pelé, promovendo apartamentos com piscina, sauna e vista para a Igreja da Penha. Quase quatro décadas depois, a realidade mudou drasticamente: os imóveis se fecham, muitos são abandonados, e a população migrou para outras áreas da cidade, transformando a Leopoldina em uma espécie de “cidade fantasma” dentro da metrópole. O autor revela que essa transformação não ocorreu de forma isolada, mas refletiu décadas de políticas públicas inconsistentes e de investimentos concentrados em outras regiões do Rio de Janeiro. Planos diretores e estratégias urbanísticas sucessivas, de 1992 a(Leia mais)

Forte de Copacabana: Perigo à vista

Não nos surpreenderá o surgimento de um projeto de ocupação estranha ao Forte de Copacabana. Há alguns anos cogitou-se construir ali um hotel de luxo, ideia logo descartada por estapafúrdia. A notícia reproduzida abaixo surge na esteira de um decreto do Prefeito do Rio sobre licenciar na região do Arpoador apena projetos ligados ao turismo. Especulou-se que seria reserva de mercado devido a estar em negociação a venda do antigo Colégio São Paulo. Haverá algo além? É curioso ter sido chamado o mesmo arquiteto autor do projeto polêmico para ampliar as construções no alto do Pão de Açúcar, incluindo a famigerada Tirolesa. Sendo a cidade administrada por quem destombou o cinema Leblon, destrói e estupra uma belíssima área pública – também tombada – da importância e magnitude do Jardim de Alah, enquanto cuida de cascas de tangerina midiáticas no BRT,(Leia mais)