Tag: Praça N. S. da Paz
Artigo: ÁRVORES URBANAS – PATRIMÔNIO DA CIDADE, de Ivete Farah
‘O dia, ontem, no Rio, estava nublado e meio preguiçoso por conta deste feriado de Corpus Christi. Ainda assim, a luz do outono produziu maravilhas. Que o diga a professora Ivete Farah, da FAU-UFRJ, autora desta foto no Parque do Flamengo. Ela, que escreve o blog Árvores Cariocas, flagrou a floração deste embiruçu-da-mata, uma árvore brasileira pouco conhecida, fincada ali por Burle Marx, exatamente para, como diz Ivete, “salientar a paisagem natural da cidade”. Que Deus proteja a natureza e a nós não abandone jamais’.
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Figueira na Rua Faro, Jardim Botânico – Foto: Ivete Farah |
DIVERSOS, 18/06/2013 – Leme, Hotel Glória, Metrô, Transportes e a Revolta do Vintém
OS SOCOS DO PREFEITO, ISTAMBUL, E A POLÍTICA URBANA
Muitos já escreveram sobre os socos que o prefeito desferiu no rapaz que interrompeu momentos de lazer do alcaide. Não cabe alongar o caso. O músico não tinha o direito de ofender e insultar o Chefe do Executivo, nem este de revidar as ofensas com socos. O primeiro reconheceu os insultos e o segundo desculpou-se com a população. Ponto final.
O que nos interessa é o motivo da discussão.
Conforme a imprensa, a indignação do ‘contribuinte’ deveu-se à política urbana praticada pela Prefeitura, que entende equivocada. Nota de esclarecimento divulgada pelo músico diz:
O jornal NYT, comentando o lamentável episódio, utiliza o termo ‘gentrification’: “[the constituent]…said he had directed his scorn at Mr. Paes because he believed that the mayor’s policies were benefiting a select group of real estate speculators and contributing to gentrification ahead of the 2014 World Cup and 2016 Summer Olympics…”. A notícia na íntegra pode ser lida neste link. =&1=&, uma tradução literal do inglês “gentrification” que não consta nos dicionários de português, a um conjunto de processos de transformação do espaço urbano que, com ou sem intervenção governamental, busca o aburguesamento de áreas das grandes metrópoles que são tradicionalmente ocupadas pelos pobres, com a consequente expulsão dessas populações mais carentes, resultando na valorização imobiliária desses espaços’.
cristovao1.wordpress.com |
Ou seja, o tema que provocou a reação do Prefeito foi a Política de Urbanismo. Nada sobre hospitais, escolas, desordem pública, transportes, o dia a dia da cidade… Muito embora todos esses tópicos enquadrem-se em ‘urbanismo’ -, o alvo do protesto foram as decisões que produzem efeitos a médio e longo prazos e que podem durar décadas ou séculos: transformações urbanas e o uso do solo!
Pouco tempo depois o noticiário internacional dá conta dos distúrbios na Turquia que crescem a cada dia – as manifestações contra o governo que se espalharam por várias cidades. Curiosa e infelizmente o estopim da revolta aconteceu em função da derrubada de árvores em uma praça vizinha a um parque público, em Istambul, para a construção de um shopping-center! Por óbvio os motivos da revolta são mais abrangentes e envolvem aspectos político-culturais complexos. Mas, vieram à tona quando da agressão a um espaço público, propriedade do povo, de fato, para seu uso, gozo e fruição, destinatário final que é dos espaços públicos: a Praça Taksim, no Parque Gezi, no coração da cidade.
Impossível não nos lembrarmos da Praça N. S. da Paz e da construção de empreendimento comercial no Parque do Flamengo proposta com o apoio governamental.
A quem interessar, relatos importantes estão em What is Happening in Istambul? e em O Véu, o Álcool e a Mini-saia, da jornalista Helena Celestino.
Wikimedia |
Voltando à urbe carioca, em 27/05/2013 arquitetos e urbanistas reuniram-se para o debate Uma cidade em transformação: intervenções urbanas no Rio de Janeiro.
Vale conhecer o resultado do encontro relatado no blog RioReal criado pela jornalista e escritora americana Julia Michaels: além de comentários gerais sobre as discussões, a autora exalta a qualidade do debate – em suas palavras ‘difícil haver uma troca tal como a desse encontro’ – e lista as sete principais críticas apontadas sobre a política urbana que vem sendo adotada no município do Rio de Janeiro.
E, ainda, na organização de encontros institucionais e acadêmicos; e nos inúmeros abaixo-assinados que questionam decisões prejudiciais ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e ao uso do solo.
ARTIGO: O METRÔ DOS SONHOS, Miguel Gonzalez
O Trajeto Gávea-Centro Miguel Gonzalez |
ELOGILDA, RECLAMILDA, E O METRÔ DO RIO
MAIS METRÔ 11 – LINHA 1, ESTAÇÃO N. S. DA PAZ, e LINHA 4
TRAÇADO ORIGINAL da Linha 4, licitado em 1998: a Barra da Tijuca seria conectada à Botafogo, via Jardim Botânico. Uma outra alternativa seria ligar a Barra diretamente à estação Carioca, via Laranjeiras. Blog As Ruas do Rio, em 2010 – O mapa também indica o trecho não construído da Linha 2. |
Proposta do Clube de Engenharia – 2011 Imagem: O Globo |
A quem interessar, o filme está abaixo. As imagens em 3D são muito bonitas e o fundo musical é de bom-gosto. O filminho, bem-feito, quis passar a impressão de paz e civilidade. Crianças poderão brincar em um cantinho da praça durante a obra da estação… que depois de pronta servirá, ao que parece, a pouquíssimos usuários.
ARTIGO: ENTENDENDO A ESTAÇÃO CARIOCA – PARTE I, por Miguel Gonzalez
Mais Metrô 8 – Linha 1 + Linha 4 + Praça + Árvores = Mistura Confusa
UtilitáRio
Mais Metrô 8 – Linhas 1 + Linha 4 + Praça + Árvores = Mistura Confusa
O Urbe CaRioca foi à manifestação na Praça Nossa Senhora da Paz, ouviu discursos e comentários; pesquisou sobre o histórico dos projetos; conversou com interessados; recebeu pedidos de explicações; e concluiu: (1) há desinformação e confusão gerais sobre o Metrô; (2) a propaganda forte do Governo Estadual – inclusive promovendo visitas à obra na Barra sem definir a ligação com a Zona Sul – trocou o nome da Linha 1; (3) a mídia impressa, virtual e televisiva absorveu a estratégia e já se refere à Linha 1 como Linha 4, inclusive o RJTV, noticiário local de enorme audiência; (4) o =&1=& é necessário e entra na categoria=&2=&=&3=&=&4=&=&5=&. O assunto inesgotável não cabe em uma postagem. Por isso os pontos principais estão apresentados em tópicos. A quem se interessar, vale dedicar paciência e um pouco de tempo à leitura “ping-pong”, através de links incluídos ou indicados que são úteis e fundamentais para o entendimento. O =&6=&=&7=& merece. Bons estudos CaRiocas! 1. O Urbe CaRioca deu início à série sobre o Metrô com o texto O Metrô e a Praça, seguido por Mais Metrô, e Mais Metrô 2 a Mais Metrô 7. O primeiro é texto de uma página. Os demais são postagens pequenas, explicativas e opinativas. Os links estão neste blog, à direita; =&9=&A Linha 1 não é a Linha 4– A Linha 1 começa na Tijuca, Estação Uruguai, desenvolve-se em arco pelo Centro e Zona Sul até o Jardim de Alah. As Estações Nossa Senhora da Paz e Jardim de Alah não foram construídas. Portanto, o que se anuncia é o prosseguimento da construção Linha 1. a. =&13=& – Linha circular. Incluiria Estação Álvaro Chaves (Botafogo), Rua Uruguai (Tijuca), General Osório (Ipanema), Praça da Paz (Ipanema), Jardim de Alah (Ipanema), Praça Antero de Quental (Leblon), Praça Santos Dumont (Gávea) e túnel através do maciço da Tijuca para unir Zonas Sul e Norte. b. Linha 4: Projeto Original – Estação Alvorada, Barra Shopping, Parque das Rosas, Shopping Downtown, Estação Barra Point, Jardim Oceânico, Praia do Pepino, Fashion Mall, PUC, Praça Santos Dumont, Jardim Botânico, Hospital da Lagoa, Maria Angélica, Humaitá, Largo dos Leões, Botafogo, Laranjeiras e Carioca (Fonte: Blog Metrô do Rio em Metrô paraTodos, que descreve as alterações). 3. A Linha 2 não é a Linha 1 – A Linha 2 começa na Pavuna e termina na Praça XV. Cruza a Linha 1 na Estação Carioca. Não foram feitas as Estações Catumbi e Cruz Vermelha (esta chegou a ser escavada e depois tampada). A plataforma da Linha 2 na Carioca foi construída. Porque a ligação não foi feita, a plataforma foi alugada para uma universidade (!): funciona dentro da Estação Carioca, aonde deveriam chegar os moradores da Zona Norte e Baixada, via trem, que trabalham no Centro. Ali e no Estácio seria feita a baldeação da Linha 2 para a Linha 1. 4. A Praça em Ipanema – A Estação Nossa Senhora da Paz está prevista desde os anos 1970. A Linha 1 terminaria no Jardim de Alah. O Governo do Estado aumentou o trajeto até a Praça Antero de Quental para dali continuar até a Gávea, batizando a continuação da Linha 1 e sua ampliação, de Linha 4 (V. Breve História do MetrôFluminense). 5. A Praça e as Árvores – A Praça é linda. Tem muitas árvores centenárias. É tombada desde 1993. O tombamento, entretanto, nem sempre impede que se façam intervenções, muito pelo contrário. Basta que os órgãos responsáveis pela proteção do Patrimônio Cultural limitem-se à análise técnica e autorizem o que entenderem ser compatível com o bem tombado, tenha sido o tombamento instituído por decreto ou por lei. Dá no mesmo.Praça N. S. da Paz e Monumento a Pinheiro Machado, bens culturais tombados desde 1993. Imagem: Wikipedia |
Cantagalo <—> Siqueira Campos: 1.100 metros.
Siqueira Campos – Cardeal Arco Verde: 750 metros.
Cardeal Arco Verde <—> Botafogo: 1.500 metros.
Botafogo <—> Flamengo: 1.400 metros.
Flamengo <—> Largo do Marchado: 750 metros.
Largo do Machado <—> Catete: 500 metros.
Catete <—> Glória: 650 metros.
Glória <—> Cinelândia: 1.100 metros.
Cinelândia <—> Carioca: 400 metros.
Carioca <—> Uruguaiana: 600 metros.
Uruguaiana <—> Presidente Vargas: 500 metros.
Presidente Vargas <—> Central: 600 metros.
Central <—> Praça XI: 1.000 metros.
Praça XI <—> Estácio: 800 metros.
Estácio <—> Afonso Pena: 1.300 metros.
Afonso Pena <—> São Francisco Xavier: 700 metros.
São Francisco Xavier <—> Saes Peña: 1.000 metros.
Imagens da manifestação na Praça N. S. da Paz, sábado, dia 12/05/2012 – Acervo Urbe CaRioca