Rio: Por que a “Audiência Pública” para justificar construção no Mirante do Pasmado virou questão de Estado nacional ?, de Sonia Rabello

Neste artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, uma análise sobre mais um capítulo no imbróglio de “ilegalidades” que cercam a construção de edificação no topo do Mirante do Pasmado, na enseada de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Uma `audiência pública´ a posteriori das licenças irregulares concedidas pelo IPHAN e pela Prefeitura, e na qual a parte interessada declarou que ‘nada vai mudar’, pois as  `obras vão continuar´. Lei atropelada e o confronto com a comunidade local que será gravemente afetada”, destaca. Vale a leitura ! Urbe CaRioca Rio: Por que a “Audiência Pública” para justificar construção no Mirante do Pasmado virou questão de Estado nacional ? Sonia Rabello Mais um capítulo no imbróglio de ilegalidades que cercam a construção de edificação no topo do Mirante do Pasmado, na enseada de Botafogo,(Leia mais)

Cidades dependem de seus moradores, de Sérgio Magalhães

Neste artigo, publicado originalmente no jornal “O Globo” no último dia 08 de junho, o Arquiteto e Professor Sérgio Magalhães mostra que a Cidade do Rio de Janeiro pode reverter o momento atual, e recuperar o brilho e protagonismo através dos seus cidadãos. Coaduna-se com a visão deste blog, que sempre relembra a devida responsabilidade de cada um perante a urbe. Urbe CaRioca Cidades dependem de seus moradores “Os governos estão entregues a suas emergências. Assim, está em nós, nos cidadãos, o condão”. – Sérgio Magalhães Estudando as cidades medievais, o pensador italiano Aldo Rossi estimava que em duas gerações a população de uma cidade mudava substancialmente. O permanente era o ambiente construído, que garantia a estabilidade da ideia da cidade, o seu espírito. Talvez esta avaliação de Rossi já não baste. Nos últimos 50 anos, duas gerações, houve uma verdadeira(Leia mais)

Ah! Meu Rio… Mais uma tragédia, agora na Muzema

Antes que as águas que varreram o Rio de Janeiro na última segunda-feira secassem, mais uma tragédia acontece, agora em local repleto de construções irregulares, em especial edifícios de cinco, seis, sete ou mais andares, conhecido por Muzema, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade: dois prédios foram abaixo nas primeiras horas de hoje. Outra vez, mortes, dor, perdas materiais. Desta feita, tragédia anunciada. O que falta acontecer para que as construções irregulares cessem? Há quase três décadas, um deslizamento de terra levou muitas vidas na Favela Santa Marta. A tragédia no Morro do Bumba, em Niterói, é lembrança mais recente. São apenas dois exemplos entre muitos, no Rio, e Brasil afora. Mas… “Somos pobres”. “Não temos outra opção”. “Falta Política Habitacional”. “Não há transporte público, precisamos morar perto do trabalho”. “Juntei dinheiro a vida toda para construir a minha casa”. “Posso pagar(Leia mais)

Ah! Meu Rio, o que dizer?

Haveria muito a dizer. O noticiário mostra imagens assustadoras, desde o final da tarde de ontem, quando teve início o temporal fortíssimo que abalou a Cidade do Rio de Janeiro, trouxe morte, destruição, e muitas perdas materiais, estas o menor problema, diante do quadro geral. Quem estava em local seguro, permaneceu abrigado, não foi surpreendido por enxurradas e deslizamentos, e conseguiu chegar à casa, mesmo que de barco do Corpo de Bombeiros, caminhando através das águas enlameadas, ou pendurando-se em grades ao longo das calçadas, pode considerar-se pessoa de sorte. Haveria muito a dizer. Sobre erros no planejamento urbano – ocupações  irregulares e irresponsáveis em encostas e margens de rios e lagoas,  ocupações regulares e irresponsáveis decorrentes de leis urbanísticas  permissivas e incentivadoras da especulação imobiliária, ocupações irregulares e regulares no caminho das águas na urbe sabidamente sujeita a enchentes,(Leia mais)

Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! , de Sonia Rabello

Dando continuidade à discussão sobre a questão do Morro do Pasmado, publicamos o artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, no qual se destaca que, em 1938, o IPHAN fez tombamentos públicos importantes, incluindo o dos “morros do Distrito Federal“. “Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal. Logo, o Pasmado encontra-se tombado. Além disso, o Morro/Mirante tem outra proteção como patrimônio cultural; é entorno protegido, inserido na área de amortecimento da Paisagem Cultural Carioca !”, afirma. Boa leitura. Urbe CaRioca Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! Sonia Rabello 1938: Com apenas um ano de existência, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional fez tombamentos públicos importantes, de ofício.  E um deles foi o dos “morros do Distrito Federal”. Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal.(Leia mais)

Vende-se um morro – Pasmado anos 60, de André Decourt

Artigo sobre a História do Pasmado e a cobiça pelo morro, de André Decourt. Leitura imprescindível. Urbe CaRioca Vende-se um morro – Pasmado anos 60 por Andre Decourt – Publicado originalmente no blog foi um RIO que passou  O post de hoje é um resumo de recortes dos jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias e Jornal do Brasil entre os anos de 1965 e 1971 acerca das várias tentativas, nem todas lícitas, de se vender o Morro do Pasmado para um grupo hoteleiro, mais especificamente o Hilton. Este estudo singelo me ajudou a proferir as breves palavras no sábado passado na manifestação contra a cessão ilegal do Mirante para uma nebulosa associação. No início dos anos 60 o Hilton tentou construir seu prédio na Chácara do Céu, possivelmente onde hoje está o Sheraton (aliás acredito o projeto ser o mesmo)(Leia mais)

Morro do Pasmado: Manifestação pela proteção do Parque Público

O Mirante do Pasmado precisa de policiamento, apenas. Não de um museu, jamais de uma construção, nunca um obelisco sobre a Enseada de Botafogo. Os que defendem a obra não querem o Museu do Holocausto, mas, visibilidade. Ou, o Museu seria bem-vindo em outro local, adequado à paisagem urbana e natural, dentro da área aedificandi da Cidade, não em um Parque Público conquistado pela sociedade há mais de meio século, classificado como área non-aedificandi. Neste sábado, dia 16 de março, houve um grande ato de protesto, organizado pela Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), contra a possível e inadequada construção de um Museu do Holocausto no local, escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, composto por um obelisco com cerca de 20 metros de altura sobre larga base na qual estariam auditório e café/restaurante, além de jardins no seu entorno.(Leia mais)

Não é a primeira vez que querem ocupar o Morro do Pasmado

A imagem acima mostra o projeto de urbanização da área e indica a criação do parque público, todo classificado como área não edificante. No blog Foi um Rio que passou , André Decourt descreve um histórico das tentativas de construção, até mesmo de um hotel, no alto do Morro do Pasmado. As mesmas não foram adiante devido às manifestações contrárias da população, razão pela qual o parque foi mantido por tantas décadas. E agora, mais uma vez, com o apoio do prefeito da Cidade, o Morro do Pasmado corre o risco de ser ocupado, sem ser apenas por um parque, que foi o seu destino. Em tempo, a AMAB – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE BOTAFOGO criou um abaixo-assinado para quem quiser se manifestar contrariamente à decisão do alcaide, com foco exclusivo na defesa da paisagem. Já conta com mais de 9 mil assinaturas. Abaixo-assinado(Leia mais)

“Por que o Rio de Janeiro pode perder o título de Patrimônio Mundial ?”, de Rafael Winter Ribeiro

Dando continuidade ao debate sobre a possível e inadequada construção de um Museu do Holocausto no Morro do Pasmado, local escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, composto por um obelisco com cerca de 20 metros de altura sobre larga base na qual estariam auditório e café/restaurante, além de jardins no seu entorno, publicamos o artigo do geógrafo Rafael Winter Ribeiro. Rafael destaca que, para o ICOMOS, Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, órgão que assessora a UNESCO, além do alto impacto provável desta intervenção, as medidas tomadas para liberação da obra chamam atenção. “São agravantes o fato de estudo técnico de impacto ao patrimônio mundial não ter sido realizado, apesar das constantes solicitações do ICOMOS-Brasil, além de a população em momento algum ter sido ouvida sobre o assunto”, afirma. Leitura essencial para o entendimento do caso. Urbe CaRioca Por que o Rio de Janeiro(Leia mais)

Comentários na mídia e nas redes sociais sobre o Museu do Holocausto

Conforme já foi ratificado em posts anteriores, este blog é favorável a que a cidade receba a construção de um Museu do Holocausto. Entretanto, mantém a opinião de que o Morro do Pasmado, local escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, é completamente inadequado. Dando continuidade ao debate sobre a questão, reproduzimos abaixo algumas opiniões publicadas na mídia impressa e nas redes sociais, nos últimos dias, sobre o Museu do Holocausto. Urbe CaRioca Na mídia: (Clique sobre a imagem para ampliar) Nas redes sociais: Eduardo Kozlowski: “Pra que mais um museu, pessoal?” Pra nada não … Cultura pra quê?” Sandra Dantas: “Então podemos entregar as praças e ruas para a iniciativa privada, já que toda a cidade está mal cuidada por esse negligente prefeito ? O certo não seria cobrar a conservação do patrimônio público ? O parque não é do(Leia mais)

SIM AO MUSEU DO HOLOCAUSTO, NÃO NO MORRO DO PASMADO

  Este blog é favorável a que a cidade receba a construção de um Museu do Holocausto, ao tempo que mantém a opinião de que o local escolhido pelo Prefeito do Rio para a homenagem é completamente inadequado: O Morro do Pasmado, local que já foi ocupado por uma favela e hoje abriga um parque e um mirante, de onde se desfrutam as mais belas paisagens cariocas (v. links para os demais artigos sobre o assunto no final desta postagem). Conforme noticiado pela grande imprensa, começaram as providências para o início das obras, inclusive com a marcação das árvores que serão cortadas. A AMAB – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE BOTAFOGO, que tem a mesma visão, criou um abaixo-assinado para quem quiser se manifestar contrariamente à decisão do alcaide, com foco exclusivo na defesa da paisagem. A seguir, o texto e(Leia mais)