Cidades não resistentes às chuvas: centenas de anos sendo construídas, de Sonia Rabello

Neste artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, uma análise sobre o descaso com o planejamento e a desenfreada ocupação do solo urbano, tendo como exemplo a recente e repetida situação do Rio de Janeiro, debaixo d´água, ratificando que o seu urbanismo não resistiu. “Vidas, patrimônio e equipamentos urbanos destruídos. Será que a cada novo governo, a cidade dependerá das novas nomeações do prefeito de plantão? E a responsabilidade na escolha dos representantes que administram e legislam a Cidade?”, questiona. Boa leitura Urbe CaRioca Cidades não resistentes às chuvas: centenas de anos sendo construídas Por Sonia Rabello O Rio de Janeiro debaixo d´água mostra que o seu urbanismo não resistiu à destruição de vidas, do patrimônio pessoal dos pobres, à destruição de equipamentos urbanos. À parte das justas críticas à lentidão da ação da(Leia mais)

Ah! Meu Rio, o que dizer?

Haveria muito a dizer. O noticiário mostra imagens assustadoras, desde o final da tarde de ontem, quando teve início o temporal fortíssimo que abalou a Cidade do Rio de Janeiro, trouxe morte, destruição, e muitas perdas materiais, estas o menor problema, diante do quadro geral. Quem estava em local seguro, permaneceu abrigado, não foi surpreendido por enxurradas e deslizamentos, e conseguiu chegar à casa, mesmo que de barco do Corpo de Bombeiros, caminhando através das águas enlameadas, ou pendurando-se em grades ao longo das calçadas, pode considerar-se pessoa de sorte. Haveria muito a dizer. Sobre erros no planejamento urbano – ocupações  irregulares e irresponsáveis em encostas e margens de rios e lagoas,  ocupações regulares e irresponsáveis decorrentes de leis urbanísticas  permissivas e incentivadoras da especulação imobiliária, ocupações irregulares e regulares no caminho das águas na urbe sabidamente sujeita a enchentes,(Leia mais)

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim: redes sociais em alerta !

Denúncia de Cláudio Prado De Mello sobre o desmonte na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, no Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro, divulgada via Facebook. Urbe CaRioca Denúncia alarmante e urgentíssima ! Cláudio Prado De Mello A notícia fato chega do preservacionista Junior Rangel que acaba de nos mandar fotos de um crime contra o patrimônio tombado da Cidade do Rio de Janeiro. Uma igreja ao lado de uma BR Nacional e que tem um posto policial a menos de 30 metros. O crime agora é contra a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, do Caju. Mais um patrimônio da época de D Pedro II sendo dizimado, como tantos outros de 2015 para cá. De ontem para hoje estão simplesmente desmontando a igreja e foi removida a imensa estrutura de ferro que fazia o vitral que iluminava o altar principal. Estamos(Leia mais)

No Rio e nas alturas!

O Congresso Mundial de Arquitetos, que acontecerá no Rio de Janeiro em julho de 2020, conforme divulgado neste blog, corre o mundo também pelos ares. A revista de bordo da Norwegian Airlines, que inaugurou voo Londres-Rio, divulgou imagens do Rio de Janeiro, contemplando em sua capa e páginas internas como a Cidade de tornou a capital da arquitetura no mundo. Sobre o Congresso Maior fórum mundial de arquitetura, o Congresso Mundial de Arquitetos UIA 2020 RIO é promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA) – sediada em Paris – e organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Ocorre a cada três anos, e, a partir da edição carioca, a cidade que sediar o evento receberá também o título de Capital Mundial da Arquitetura. Pela primeira vez no Brasil, o evento será realizado entre 19 e 26 de julho de 2020, no Rio, com(Leia mais)

Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! , de Sonia Rabello

Dando continuidade à discussão sobre a questão do Morro do Pasmado, publicamos o artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, no qual se destaca que, em 1938, o IPHAN fez tombamentos públicos importantes, incluindo o dos “morros do Distrito Federal“. “Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal. Logo, o Pasmado encontra-se tombado. Além disso, o Morro/Mirante tem outra proteção como patrimônio cultural; é entorno protegido, inserido na área de amortecimento da Paisagem Cultural Carioca !”, afirma. Boa leitura. Urbe CaRioca Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! Sonia Rabello 1938: Com apenas um ano de existência, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional fez tombamentos públicos importantes, de ofício.  E um deles foi o dos “morros do Distrito Federal”. Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal.(Leia mais)

Alegados legados hoje são equívocos olímpicos

BRT, VLT e Zona Portuária: é necessário reverter   Notícias recentes sobre alguns dos equipamentos urbanos e projetos de urbanização alardeados como “legados olímpicos” são desalentadoras. Exemplos são ratificados pelas publicações recorrentes publicadas nas mídias: “Passageiros do BRT protestam na estação Mato Alto por melhores condições no transporte” “Sem repasse, BRT ameaça suspender serviço; Prefeitura diz que assume o transporte em caso de paralisação” “VLT corre risco de parar de funcionar por conta de dívidas da Prefeitura” “Marcelo Crivella fez comentários sobre o VLT, se referindo ao serviço de transporte como “aquela porcaria” Patrimônio Histórico da Humanidade, Cais do Valongo sofre com lixo e descaso Na época das obras, este blog comentou a respeito, questionando algumas prioridades adotadas. Infelizmente, a realidade de 2019 mostra que é duvidoso fazer se não houver planejamento sobre como manter e garantir recursos para tanto. Quanto à(Leia mais)

Vende-se um morro – Pasmado anos 60, de André Decourt

Artigo sobre a História do Pasmado e a cobiça pelo morro, de André Decourt. Leitura imprescindível. Urbe CaRioca Vende-se um morro – Pasmado anos 60 por Andre Decourt – Publicado originalmente no blog foi um RIO que passou  O post de hoje é um resumo de recortes dos jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias e Jornal do Brasil entre os anos de 1965 e 1971 acerca das várias tentativas, nem todas lícitas, de se vender o Morro do Pasmado para um grupo hoteleiro, mais especificamente o Hilton. Este estudo singelo me ajudou a proferir as breves palavras no sábado passado na manifestação contra a cessão ilegal do Mirante para uma nebulosa associação. No início dos anos 60 o Hilton tentou construir seu prédio na Chácara do Céu, possivelmente onde hoje está o Sheraton (aliás acredito o projeto ser o mesmo)(Leia mais)

Morro do Pasmado: Manifestação pela proteção do Parque Público

O Mirante do Pasmado precisa de policiamento, apenas. Não de um museu, jamais de uma construção, nunca um obelisco sobre a Enseada de Botafogo. Os que defendem a obra não querem o Museu do Holocausto, mas, visibilidade. Ou, o Museu seria bem-vindo em outro local, adequado à paisagem urbana e natural, dentro da área aedificandi da Cidade, não em um Parque Público conquistado pela sociedade há mais de meio século, classificado como área non-aedificandi. Neste sábado, dia 16 de março, houve um grande ato de protesto, organizado pela Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), contra a possível e inadequada construção de um Museu do Holocausto no local, escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, composto por um obelisco com cerca de 20 metros de altura sobre larga base na qual estariam auditório e café/restaurante, além de jardins no seu entorno.(Leia mais)

Não é a primeira vez que querem ocupar o Morro do Pasmado

A imagem acima mostra o projeto de urbanização da área e indica a criação do parque público, todo classificado como área não edificante. No blog Foi um Rio que passou , André Decourt descreve um histórico das tentativas de construção, até mesmo de um hotel, no alto do Morro do Pasmado. As mesmas não foram adiante devido às manifestações contrárias da população, razão pela qual o parque foi mantido por tantas décadas. E agora, mais uma vez, com o apoio do prefeito da Cidade, o Morro do Pasmado corre o risco de ser ocupado, sem ser apenas por um parque, que foi o seu destino. Em tempo, a AMAB – ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE BOTAFOGO criou um abaixo-assinado para quem quiser se manifestar contrariamente à decisão do alcaide, com foco exclusivo na defesa da paisagem. Já conta com mais de 9 mil assinaturas. Abaixo-assinado(Leia mais)

Viajantes estrangeiros na Zona Oeste Carioca no século XIX, de Adinalzir Pereira Lamego

Já está à venda na Livraria da Travessa e no site da Letra Capital Editora o livro “Viajantes estrangeiros na Zona Oeste carioca no século XIX”, do professor  historiador Adinalzir Pereira Lamego. Sinopse:  Este livro se propõe a contribuir no levantamento dos relatos de viajantes estrangeiros no Rio de Janeiro do século XIX, e relacionar um conjunto de textos sobre a passagem desses viajantes pela chamada Zona Oeste Carioca. Além disso, abordamos também a análise desses relatos enquanto construções discursivas e ideológicas. Na elaboração desse trabalho, utilizamos principalmente o acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Biblioteca do Itamarati e do Arquivo Nacional. Sendo pesquisados também outros acervos menores tais como: a Biblioteca do NOPH – Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica de Santa Cruz, entre outros livros e artigos de autores locais.(Leia mais)