
Rio de Janeiro, 05 de julho de 2023. A Papelaria tem um Café ou o Café tem uma Papelaria, tanto faz. Estão juntos, um sempre me leva ao outro. Sento-me à mesa ao lado da vitrine. Atrás da transparência, a profusão de cores lembra fogos de artifício sem fogo e barulho. A explosão silenciosa espalha o arco-íris feito de canetas, lápis, papéis e enfeites. No meio do mosaico que vejo em movimento como se através de um caleidoscópio, algo quase sem cor rouba meus olhos. Os reflexos no vidro me confundem. Sim, é ela! Ainda existe! Está quieta, repousa no veludo vestida de preto e dourado à espera de um dono. Sem se mexer me empurra para mais de meio século atrás. No Curso Primário havia um ano em que passávamos da escrita com lápis para o uso da caneta,(Leia mais)










