Reviver Centro … Botafogo, Ipanema, Leblon …

Nos últimos dias a grande mídia trouxe três temas urbano-cariocas relevantes e relacionados de algum modo. O primeiro refere-se ao anúncio de que a Prefeitura liberará, até dezembro, uma carta de crédito para servidores municipais para a compra de imóveis, com até 65,00m² apenas em um trecho do Centro do Rio de Janeiro: a área delimitada pelas Avenidas Beira Mar e Presidente Antônio Carlos, Rua Santa Luzia, Avenida Primeiro de Março, Rua Visconde de Inhaúma, Avenida Rio Branco e Rua Senador Dantas (OG 11/07 e 12/07). O objetivo é atrair moradores/servidores públicos para os prédios a serem construídos ou transformados em edificações residenciais e mistas, licenciados nos moldes previstos pela Lei Complementar nº 229 de 14/07/2021, que instituiu o programa chamado ‘Reviver Centro’. Parte da reportagem:     O segundo trata do famoso Edifício A Noite, situado na Praça Mauá, colocado(Leia mais)

Sempre o Gabarito ! E, quase sempre, na Barra da Tijuca…

Mais uma vez, a Prefeitura do Rio protagoniza cenas inaceitáveis e repetidas no âmbito de uma verdadeira Política de Urbanismo que pode ser considerada Política de Escambo. Agora, através do Projeto de Lei Complementar nº 72/2022, de autoria do Poder Executivo, aprovado em 1ª discussão pela Câmara de Vereadores, institui Operação Urbana Consorciada (OUC) do Parque Municipal de Inhoaíba, em uma área de aproximadamente 1.700.000 m2 na Zona Oeste da cidade,  e prevê em troca, pasmem, a permissão para construir acima dos padrões urbanísticos em nove áreas da cidade, quase todas na Baixada de Jacarepaguá. (Áreas: *Entre a Lagoa da Tijuca e Avenida das Américas, lado direito no sentido Recreio, desde as imediações do Downtown até o Centro Empresarial Mário Henrique Simonsen, exceto áreas de uso unifamiliar; *Entre o Canal do Anil e a Avenida Ayrton Senna, tendo ao Sul a(Leia mais)

Rio e Cuiabá: VLTs “desplanejados” seguem o trilho do caos urbano, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello destaca a falta de planejamento dos administradores municipais em relação à implantação de infraestrutura de Transportes, partindo da análise dos casos do Rio de Janeiro e de Cuiabá. Na última quinta-feira, no Rio, o prefeito da Cidade anunciou a sua proposta de substituição dos atuais corredores do BRTs Transcarioca e Transoeste – que ele mesmo mandou construir para Copa e para a Olimpíada – pelo sistema VLTs. Ao mesmo tempo, voltou ao noticiário a polêmica obra inacabada, há quase oito anos, do VLT de Cuiabá . Em 2020, o prefeito daquela cidade teria decidido, ao contrário do anunciado no Rio, transformar o VLT em BRT, após a obra estar 60% pronta’, e tendo custado mais de R$ 1 bilhão. Urbe CaRioca Rio(Leia mais)

VLTzação do BRT: Na contramão da mobilidade ?

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou nesta quinta-feira, o projeto “VLTzação” com a promessa de “revolucionar o sistema de transporte carioca”. O objetivo é implementar uma malha de veículos leves sobre trilhos no lugar dos ônibus do BRT e em várias partes da cidade em um prazo de 15 anos. O projeto inicial prevê o aproveitamento da infraestrutura do corredor de ônibus e restrição quase total de importantes vias para carros. A adaptação para o novo modal, com trilhos, trens e sistemas terá investimento estimado em R$ 14,8 bilhões. Vale lembrar que o prefeito, em gestão anterior, em articulação com o então Governo Estadual (que aproveitou a licitação antiga feita para a construção da Linha 4 no trecho Botafogo-Humaitá-Jardim Botânico-Gávea para alongar a Linha 1), e com o Governo Federal (que também financiou obras de grande porte), não se(Leia mais)

Sempre o Gabarito: Fundação Romão Duarte fecha as portas

Cada canto na Zona Sul é cobiçado. Fundação Romão Duarte, a ‘bola da vez’. Mais um lugar histórico se vai. Urbe CaRioca Após três séculos abrigando crianças abandonadas no Rio, Fundação Romão Duarte fecha as portas O imóvel já foi vendido, e um pedido de licença para construção está sendo analisado por técnicos da prefeitura Por Marcella Sobral e Selma Schmidt O Globo – 7 de julho de 2022 – Link original Na segunda-feira, 4 de julho, a última criança acolhida pela Fundação Romão Duarte deixou o casarão da Rua Paulo VI, 60, no Flamengo. Um ponto final numa história de quase três séculos dedicados a amparar menores abandonados no Rio. O pedido de suspensão de novos acolhidos foi feito pela própria instituição, em 18 de novembro de 2020. De acordo com o Tribunal de Justiça, a organização alegou escassez(Leia mais)

Notícias sobre o Rio Carioca

Recentemente publicamos o registro do Rio Carioca com águas limpas, destacando inclusive o relato do engenheiro Antônio Guedes ao retratar um “momento raro de uma limpeza da água entrando na Baía”, tendo a foz do Rio Carioca com a maré. Nesta terça-feira, o Diário do Rio de Janeiro publicou a notícia sobre a intensificação das ações de revitalização do Rio Carioca pela Prefeitura e pela Águas do Rio. Que venham os resultados. UrbeCaRioca    Prefeitura e Águas do Rio intensificam ações de revitalização do rio Carioca Com 7,4 km de extensão, o rio Carioca, passa pelos bairros de Santa Teresa, Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo, até desaguar na Baía de Guanabara Por Patricia Lima – Diário do Rio Link original O combate à poluição do rio Carioca tem sido um dos alvos preferenciais da concessionária Águas do Rio, que já(Leia mais)

Torre-brinquedo com altura equivalente a dezesseis andares no Parque tombado

Mais uma questionável ocupação de área pública. Desta vez no Parque do Flamengo, Zona Sul do Rio. A notícia divulgada no jornal on line Diário do Rio não especifica o local exato, mas menciona a Marina da Glória. A nova investida ratifica o desrespeito do poder público para com a paisagem da cidade. A partir de setembro, o “Dinner in the Sky”, idealizado na Bélgica, estará no Rio de Janeiro, com a já conhecida proposta de “jantar no céu”, em um espaço que terá capacidade para reunir até 22 participantes em uma área próxima ao Vivo Rio, em uma plataforma que ficará suspensa a 50 metros de altura, o que corresponde a um prédio de dezesseis andares. Tudo em uma área tombada patrimônio cultural da cidade. No fim do ano passado,  em um evento semelhante, o “Master Chef Brasil nas(Leia mais)

MPRJ obtém decisão que torna inconstitucional a Lei dos Puxadinhos

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve, junto ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro , decisão que torna a “Lei dos Puxadinhos” inconstitucional. A Lei nº174/2020 concedeu condições especiais para o licenciamento e a legalização de construções e acréscimos nas edificações situadas na cidade, mediante o pagamento de contrapartidas pecuniárias, condições contrárias às normas legais. O Urbe CaRioca indaga o que acontecerá em relação a todas as obras que foram licenciadas, construções que a rigor deveriam ser demolidas, por não poderem existir. Caso o tema entre no campo do direito adquirido, evidentemente não caberia a este Urbe CaRioca analisar. Além disso, existe a questão das verbas pagas à Prefeitura pela construção das obras irregulares, fora-da-lei e objeto de benesses, vale repetir, a devolver, e o provável sem-número de ações judiciais(Leia mais)

Como era a Praia Vermelha, na Urca

O grupo Rio Antigo sempre brinda seus leitores com imagens maravilhosas de um Rio de Janeiro que não existe mais. Algumas despertam nostalgia sobre o que não conhecemos. Outras mostram que houve acertos em algumas modificações. A pesquisa de Conceição Araújo, membro do grupo, traz imagens de um tempo em que a Praia Vermelha não era visível para a população, mas apenas para os frequentadores do prédio onde funcionou o Terceiro Batalhão de Infantaria do Ministério da Guerra. Do ponto de vista da paisagem e do acesso, a cidade ganhou um magnífico local para o lazer e a contemplação, aos pés do Morro da Urca e do Pão de Açúcar. No entanto, aparentemente a demolição não ocorreu para obter-se tais benefícios, mas, devido a um evento político. Este Regimento tornou-se conhecido em 1935 porque nele ocorreu a Intentona Comunista, durante(Leia mais)

Desregulamentação da legislação urbana, de Roberto Anderson

No artigo publicado originalmente no site Diário do Rio, reproduzido abaixo, o arquiteto Roberto Anderson tece considerações sobre o que considera um processo de desregulamentação no mundo capitalista, iniciado na década de 1980. A este blog interessa o tema tratado a partir do quinto parágrafo, quando o autor aponta que aquele processo ocorre na Prefeitura do Rio de Janeiro de diversas formas. Menciona especificamente o novo modo como o licenciamento de obras se dá, em trâmite “acelerado até torná-lo bastante superficial”. Em seguida nos traz questão abordada em postagens recentes* do Urbe CaRioca sobre a proposta de um novo Plano Diretor para o Rio de Janeiro que está em análise na Câmara de Vereadores, em especial quanto à supressão de leis urbanísticas específicas para bairros da cidade, conceito introduzido a partir do Plano Urbanístico Básico – PubRio, de 1977 “que(Leia mais)

Sancionado projeto de lei que cria Zona Franca do Centro Histórico do Rio

Publicado no Diário do Rio de Janeiro a notícia de que o governador do Rio sancionou o projeto de lei que cria o Programa de Recuperação do Comércio do Centro da Cidade do Rio, conhecido como Zona Franca do Centro Histórico do Rio, abrangendo também a região do Porto Maravilha. A intenção é fomentar a recuperação econômica e a geração de empregos do comércio do Centro do Rio, que foi atingida com a paralisação de atividades durante a pandemia. O governo fica autorizado a renegociar dívidas de Inscrições Estaduais de quem atua na área, e a criar linhas de crédito específicas na AgeRio. Um trecho do texto original prevê a criação de um selo para identificar estabelecimentos comerciais históricos, com mais de 40 anos de atividades na região. Confiram o teor da Lei nº 9722 de 20 de junho de(Leia mais)