Centro do Rio: Cultura à sombra do medo

Ir ao teatro na Cinelândia virou uma espécie de teste de bravura. Enquanto artistas e produtores culturais resistem heroicamente, oferecendo uma programação vibrante no coração histórico do Rio, o poder público abandona sua parte mais básica: garantir segurança a quem ousa atravessar a escuridão. À noite, o cenário é de filme distópico — com direito a estações de metrô fechadas, ruas desertas e um clima de medo que espanta a cultura e abraça o crime. O artigo de Gustavo Pinheiro publicado em O Globo retrata o cenário presente. A decisão de investir em eventos culturais junto com o projeto Reviver Centro (sim, o que provocou novo boom imobiliário em Ipanema e Leblon) é bem-vinda. Sem segurança será inócua. Fica o convite ao prefeito Eduardo Paes: que tal um passeio a pé pela Praça Floriano, um domingo à noite, após o(Leia mais)

Sempre o Gabarito: em breve no jardim público

E o gabarito chega ao Jardim de Alah. Área pública livre conceitual e legalmente, admitiria exceções por necessidade imperiosa. É evidente que o projeto previsto para o local não se enquadra em nenhum dos casos de ocupação parcial ou temporária a ser tolerado. Diante da cegueira proposital do sr. Prefeito e de seus asseclas, e da inexplicável decisão do TJ-RJ ao se arvorar de urbanista, cabe apenas uma palavra: desfaçatez. Urbe CaRioca Obras de revitalização do Jardim de Alah começam nesta quarta após aval do TJ-RJ Diário do Rio – Link original A decisão mantém a sentença de primeira instância e dá permissão para a concessionária Rio+Verde iniciar os trabalhos Mesmo cercada por protestos, ações judiciais e desconfiança pública, as obras de revitalização do Jardim de Alah, na divisa dos bairros de Ipanema e Leblon, começam oficialmente nesta quarta-feira (25/06).(Leia mais)

Lá vem ele de novo: Sempre o Gabarito

Mais uma vez vende-se o inexistente para aumentar gabaritos existentes fixados por lei urbanística. Mais uma vez os conceitos do Plano Piloto para a Baixada de Jacarepaguá são desconsiderados. Ironia das ironias, aumenta-se a população para levar mais demanda ao tráfego, sob a justificativa de melhorar as condições do tráfego. Cogita-se mudar o BRT para VLT, trocar as letrinhas da sopa duvidosa que custou muitos recursos públicos “pra olimpíada”, provou-se ineficaz, e será substituído pelo trenzinho elétrico, brinquedo dos governantes que não configura transporte de massa. Ah, Rio de Janeiro, o que seria de ti não fossem as montanhas e o mar… Urbe CaRioca Mais de um milhão de metros quadrados: projeto para novo parque temático prevê melhorias no trânsito da Barra Ideia foi concebida pelo Grupo Rock World, promotor do Rock in Rio e do festival The Town, em(Leia mais)

O vai-e-vem do Jardim de Alah

Quem dera o projeto se fosse para nunca mais voltar. Urbe CaRioca Justiça volta a autorizar obras do projeto de revitalização do Jardim de Alah O MP tinha recorrido da decisão que autorizou o início dos trabalhos Por Ancelmo Gois – O Globo Link original O Consórcio Rio + Verde, vencedor da licitação municipal de revitalização do Jardim de Alah, entre o Leblon e Ipanema, obteve há pouco outra vitória na Justiça. O desembargador Sergio Seabra Varella, da 4ª Câmara de Direito Público do TJ do Rio de Janeiro, negou o pedido do Ministério Público para suspender a sentença que autorizou o início das obras. É que mês passado a juíza Regina Lucia Chuquer, da 6ª Vara de Fazenda do Rio, permitiu a retomada das intervenções. O MP então resolveu recorrer da decisão – que agora foi mantida. O consórcio(Leia mais)

Tirolesa: A Justiça é cega

Cientes da decisão proferida ontem pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça que derrubou o embargo à construção da tirolesa no Pão de Açúcar, com quatro votos favoráveis e um contrário à retomada do projeto, divulgamos a nota oficial publicada pelo Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa. Urbe CaRioca Nota Oficial – Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa Rio de Janeiro 10 de junho de 2025. Nós, do Movimento Pão de Açúcar Sem Tirolesa, lamentamos profundamente a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não reconheceu o recurso especial interposto na Ação Civil Pública contra a instalação da tirolesa no Pão de Açúcar. Desde o início, sabíamos que essa luta não seria fácil nem rápida. Muitos desacreditaram, e ainda hoje há quem desconsidere a força de uma mobilização que já reúne mais de 52 mil assinaturas e mais(Leia mais)

Jardim de Alah: considerações de Sonia Rabello

Sonia Rabelo, professora e jurista De área verde a vitrine de concreto disfarçada de revitalização O jardim, cujo projeto prevê a sua mutilação e descaracterização, revela o total desprezo do governo municipal, e de uma elite midiática, pelos jardins e bens públicos tombados. Jardim histórico é JARDIM, inclusive com suas árvores e plantas exóticas, resultado de seu projeto paisagístico histórico, pois ali não é Mata Atlântica, (óbvio ululante…). É, sim, um jardim histórico paisagístico tombado, que será mutilado, e descaracterizado! Difícil de entender ou precisa desenhar? É assim nos JARDINS públicos no mundo afora, como no Central Park, no Hyde Park, no Parque do Flamengo, no Ibirapuera, nos jardins de Pequim, de Xian, Buenos Aires, de Mendonza, de Berlim, de Viena, nos inúmeros jardins de Paris, etc., etc., etc. Estamos nas mãos da Justiça: será que ela nos dará tempo(Leia mais)

Sempre o gabarito: velhas novidades

Uma disputa silenciosa — mas feroz — tomou conta dos bastidores da política de urbanismo carioca. Em meio à aprovação da nova Lei dos Puxadinhos, uma única emenda conseguiu desagradar o prefeito Eduardo Paes a ponto de ser vetada: a autorização para construir um espigão de 30 andares em terreno originalmente reservado para escola ou creche, na Barra da Tijuca. Proposta pelo veterano vereador Jorge Felippe, o “jabuti” causou confusão até entre aliados e reacendeu o debate sobre os limites da negociação política no Legislativo municipal. O veto, anunciado por Paes em um grupo de mensagens com vereadores, revela um jogo de forças onde até a minoria tem poder para mandar — e onde a pressão por aprovações compromete, mais uma vez, o planejamento urbano da cidade. A desfaçatez do prefeito e dos vereadores é ilimitada. Mais-Valia, Mais-Valerá, Jardim de(Leia mais)