Véspera de Natal, véspera de leis urbanísticas polêmicas

Assim foi no caso do famigerado Campo de Golfe dito Olímpico, construído sobre Parque Municipal Ecológico Marapendi, baseado em mudanças nas leis então vigentes, aprovadas sorrateiramente na virada do ano de 2012 para 2013, nada mais do que pano de fundo para um grande negócio imobiliário. Agora, é a vez do Código de Obras do Município do Rio de Janeiro, analisado e detalhado por este Urbe Carioca no post “Proposta de Código de Obras para o Rio – A Trilogia”. Entre os muitos aspectos questionáveis, listamos quinze itens de análise sobre o projeto em questão. Confira aqui. De forma semelhante aos lançamentos imobiliários de”microapartamentos” do mercado paulista, o prefeito Marcelo Crivella quer modificar, no Rio de Janeiro, as regras do Código de Obras, e viabilizar a construção de prédios com imóveis de 35 m², em média, no caso de até 12(Leia mais)

Futuro sem tecnologia, de Hugo Costa

Neste artigo, o geógrafo Hugo Costa, mais uma vez, trata da questão da desigualdade do território carioca. Desta vez, destaca o atraso tecnológico imposto indiretamente pela Prefeitura do Rio aos subúrbios cariocas. “Estamos em um mercado moderno no qual as redes de telecomunicações se tornam um ativo estimulante de desenvolvimento, mas graças à transferência de responsabilidade da gestão do espaço público,  tornaram-se apenas mais um mecanismo de manutenção da desigualdade geográfica carioca”, afirma. Boa leitura Urbe CaRioca FUTURO SEM TECNOLOGIA Hugo Costa Anos 90:  A Cidade do Rio de Janeiro conhece projetos de urbanismo nomeados como “Rio Cidade”, e um dos principais passos foi a retirada das fiações das concessionárias de energia e de telecomunicações dos postes para os dutos subterrâneos. Neste período, o mercado de telecomunicações era outro. Os primeiros projetos do Rio Cidade construíram 16 km de dutos para(Leia mais)

A ameaça de um novo autódromo continua

Em continuidade ao post “Hoje o Rio está carente de tudo, menos de um Autódromo”, temos a matéria publicada no Jornal do Brasil em que destaca-se que a possível construção de um autódromo na Floresta do Camboatá, na Zona Oeste do Rio, em uma importante área de Mata Atlântica, questionada por vários segmentos da sociedade. Conforme citado anteriormente, o imbróglio reflete, de forma repetida, a incoerência dos gestores públicos que, após demolirem, sob protestos, o Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, e mesmo tendo outras áreas públicas sem uso na cidade, já correm “a passos acelerados” para a construção do novo autódromo no bairro de Deodoro, em uma região onde ambientalistas defendem a construção do Parque Natural Municipal de Camboatá. A infraestrutura de um autódromo no local poderia trazer um imenso impacto para a floresta de Deodoro, ainda que parte dela seja preservada, uma vez que o lugar é o(Leia mais)

Hoje o Rio está carente de tudo, menos de um Autódromo

Mais uma vez, a incoerência dos gestores públicos bate à porta. Para os Jogos Pan-americanos de 2007, o Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, passou por intervenções para dar lugar ao Complexo Esportivo Cidade dos Esportes, e teve sua pista reduzida. No ano seguinte, foi anunciada oficialmente a sua demolição sob a justificativa de abrigar instalações para os Jogos Olímpicos de 2016, o chamado Parque Olímpico. Mesmo tendo outras áreas públicas sem uso na cidade. Em 2012, o autódromo foi demolido por completo e fechado após 35 anos de existência. Na época, a Prefeitura operava na região sob a chamada “parceria público-privada”, na qual para pagar a construção das instalações daria 75% de toda a área pública do Autódromo às empresas privadas responsáveis pelas obras. Mais de 1 milhão de m2 dados em pagamento ao consórcio(Leia mais)

MAIS VALIA, MAIS VALERÁ, VALE TUDO

Em mais um surpreendente “Vale Tudo por Dinheiro”, verifica-se que a lei edilícia que permite legalizar as construções feitas em desacordo com os códigos de obras vigentes na Cidade do Rio de Janeiro – a chamada Mais Valia – continua viva. Trata-se do decreto que “Cria Força Tarefa com o objetivo de realizar a análise e a deliberação de projetos de empreendimentos imobiliários, e dá outras providências” Na administração do Prefeito Saturnino Braga houve a intenção de liberar a lei esdrúxula, originada em 1946, uma única e última vez. Ilusão. Sempre renasce qual a Ave Fênix. Note-se que, em modalidade mais recente, a Prefeitura passou a aceitar pedidos para cometer irregularidade futura, mediante pagamento em dinheiro, por isso a novidade recebeu o apelido Mais Valerá. Mais ou menos como um motorista pagar antecipadamente para avançar alguns sinais de trânsito, fianças(Leia mais)

“Rio e o nosso Mirante do Pasmado: por que cedê-lo a uma associação privada por 30 anos?”, de Sonia Rabello

No artigo publicado no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e advogada Sonia Rabello destaca que o “caso” da disputa, por um grupo privado, para impor à paisagem carioca a sua marca e a sua escolha específica – um Monumento ao Holocausto da 2ª Guerra Mundial –  continua. “A Câmara de Vereadores, em lei `ilegal´ específica, contraria o Plano Diretor. E uma Associação poderá ser `dona´ da área por décadas ! Tudo em um Parque público, de uso comum do povo, que não foi (e nem poderia ser) desafetado pelo alcaide da Cidade”, afirma. Confira abaixo: Urbe CaRioca Rio e o nosso Mirante do Pasmado: por que cedê-lo a uma associação privada por 30 anos? O “caso” da disputa, por um grupo privado, para impor à paisagem carioca e a um parque público a sua marca(Leia mais)

Por um Brasil unido, hoje e sempre

O blog Urbe CaRioca dedica-se a analisar e colocar em discussão assuntos ligados ao Urbanismo, em especial relacionados à Cidade do Rio de Janeiro e a tudo que a afeta. Por isso temas de caráter estadual e nacional também chegam a estas páginas virtuais. Hoje, dia do segundo turno das eleições para presidente do Brasil e governador de alguns Estados, inclusive o Estado do Rio de Janeiro, é necessário comentar um episódio que poderia ser apenas mais um corriqueiro em meio a tantas discussões e acusações em um país que foi dividido nos últimos anos entre o “nós e eles” que, infelizmente, gerou o “eles e nós” – técnica mais velha do que a Sé de Braga para dividir pessoas e enfraquece-las. Não é corriqueiro e merece reflexão. Não serão citados nomes nem referências. As profissões mencionadas são verdadeiras. As(Leia mais)

Entrevista do vereador Cesar Maia ao jornal Estado de São Paulo

A entrevista abaixo foi publicada no jornal Estado de São Paulo nesta quarta-feira, dia 24 de outubro, e divulgada na Newsletter Ex-Blog. O que é de interesse do Rio de Janeiro – Cidade e Estado –  interessa a este espaço ‘urbano-carioca’. Urbe CaRioca CESAR MAIA: ENTREVISTA AO ESTADO DE S.PAULO SOBRE AS ELEIÇÕES 2018! 1. Estado de SP: Como o senhor explica a derrota de sua candidatura ao Senado? O senhor esteve à frente nas pesquisas de intenção de voto praticamente durante toda a campanha… Alguns analistas dizem que o apoio de Bolsonaro a Arolde de Oliveira teria sido a principal razão desta derrota. Várias outras lideranças tradicionais da política brasileira também acabaram sendo derrotadas. Como o senhor analisa esse quadro? Cesar Maia: A regionalização do voto no Rio é assim há muitas décadas. Perdi na Baixada e São Gonçalo.(Leia mais)

“O caos no transporte urbano !”, por Luiz Antonio Cosenza e Miguel Bahury

Neste artigo, publicado originalmente no Jornal do Brasil,  Luiz Antonio Cosenza, Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) e Miguel Bahury, Conselheiro do CREA-RJ, ex-Secretário Municipal de Transportes, ex-Presidente do Metrô e da CET-RIO, destacam a situação caótica na qual chegou o transporte público no Rio de Janeiro, marcada pela” falta de planejamento, a desorganização tarifária, a ausência de controle e de fiscalização”. Vale a pena a leitura. Urbe CaRioca O CAOS NO TRANSPORTE URBANO! O sistema de transportes no Rio de Janeiro atingiu o caos. A mobilidade urbana está à beira do colapso. A falta de planejamento, a desorganização tarifária, a ausência de controle e de fiscalização deixam os usuários entregues à própria sorte. Veículos com idade média superior a quatro anos circulam em condições precárias, muitos com chassis inadequados e com degraus altos,(Leia mais)

Amo praticamente

Um diálogo entre Reclamilda e sua netinha de cinco anos no dia da eleição, 07/10/2018. CrôniCaRioca Netinha: Vovó, o que é “Amo praticamente”? Reclamilda: Não entendi bem, Querida. Você quer dizer que ama praticamente todo mundo, ama todas as pessoas? Netinha: Não, vovó, não é nada disso. É igual como falam naqueles desenhos que vocês estavam vendo ontem, e ficavam dando um monte de risadas. Reclamilda: Hummm….. será o que estou pensando? Netinha: É, aqueles vídeos* que tinham umas palavras que você disse que eu não podia escutar nem repetir, aí tampou a minha orelha, me dando beijinho na bochecha, mas eu ouvi assim mesmo, aquele moço de chapéu e o outro moço com dodói na barriga falaram bobagem, eu bem escutei. Reclamilda: Ah, sabida! Você está falando da moça de pescoço comprido, que usava óculos e falava um monte(Leia mais)

O MPF e as obras “Pra Olimpíada”

A notícia abaixo foi divulgada no site do Ministério Público Federal nesta sexta-feira, dia 5 de outubro de 2018. Urbe CaRioca MPF questiona Paes, Crivella, Picciani e outras 18 pessoas e entidades sobre irregularidades nas obras das Olimpíadas São mais de R$ 400 milhões bloqueados por irregularidades e cerca de 1,5 mil vícios construtivos O Grupo de Trabalho Olimpíadas da Procuradoria da República no Rio de Janeiro vem requisitando uma série de documentos e informações a todos os órgãos e entidades envolvidas com o legado olímpico. Em setembro de 2018, foram recebidas as últimas informações da Caixa Econômica Federal sobre os termos de transferências de recursos federais para as obras das Olimpíadas. As obras já aconteceram mas os prazos para as prestações de contas e correções de falhas estão vencendo agora. As informações prestadas pela CEF, principalmente sobre os termos(Leia mais)

O Hotel Glória foi-se. O Hotel Copacabana Palace, quase – nos anos 1980.

O caso e o ocaso do Hotel Glória em nome dos Jogos Olímpicos, de passado destruído, presente abandonado e futuro incerto, foi objeto de várias postagens neste espaço urbano-carioca. Para o Glória, quem sabe ainda reste uma fachada com o miolo refeito. História que muitos desconhecem é a que na década de 1980 seu irmão, o Hotel Copacabana Palace, por pouco não teve destino igual ou pior: dele nada restaria. É o que nos conta Maximiliano Zierer no artigo abaixo reproduzido. Cabe lembrar que, posteriormente houve nova tentativa de modificar o conjunto, quando seriam demolidos o Anexo e o Teatro, e mantido o prédio principal, projeto de outro famoso escritório de arquitetura, felizmente também sem êxito. Boa leitura. Urbe CaRioca     Projeto de demolição do Copacabana Palace para a construção de cinco espigões Maximiliano Zierer, 01/09/2018   Imaginem o(Leia mais)