Por que a mutilação do Pão de Açúcar continua?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello , destaca a continuidade, firme e impávida, da obra da Tirolesa do Pão de Açúcar, apesar de amplamente contestada por inúmeros movimentos sociais, como associações de moradores, especialistas, entidades profissionais e até por entidades internacionais de preservação. “Quem poderia, de fato e de direito, deter a continuidade da mutilação no Monumento?”, questiona.

Mais uma opinião sobre a ‘Tirolesa’,de Ruth Aquino

Em continuidade ao debate sobre o polêmico projeto para implantação de mais cabos aéreos entre o Pão de Açúcar e o morro da Urca no Rio de Janeiro – com vistas à instalação da chamada “Tirolesa” – alvo de inúmeras manifestações públicas de diversos grupos e representações refletindo a discordância com as intervenções, a opinião da jornalista Ruth de Aquino, publicada originalmente no jornal O Globo. Conforme postagens anteriores neste espaço urbano-carioca, tal como a Roda-Gigante vetada na Enseada de Botafogo e levada para a Região Portuária, entendemos que a atração deva ser criada em outro local da cidade, onde faltem atividades de lazer e que a “Tirolesa” contribua para qualificação do entorno. Urbe CaRioca A Tirolesa do Pão de Açúcar é um equívoco – e, talvez, um crime Nem a Unesco consegue confirmar se o Rio corre o risco(Leia mais)

Existe “licença” para matar? O caso da mutilação do Pão de Açúcar, no Rio, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello questiona: “se alguma autoridade pública policial dá a alguém um papel, chamando-o de `licença´, autorizando-o matar um outro indivíduo, este que recebeu esta `licença´, pode matar?”, e acrescenta que é este o argumento usado pelos defensores da mutilação do Monumento Natural Cultural e Geológico Nacional e Internacional – o Pão de Açúcar e Morro da Urca. “A completa falta de embasamento técnico e teórico coloca em xeque a competência não só do órgão IPHAN, como das autoridades que ora o administram”, afirma. Urbe CaRioca Existe “licença” para matar? O caso da mutilação do Pão de Açúcar, no Rio Soni Rabello* Se alguma autoridade pública policial dá a alguém um papel, chamando-o de “licença”, autorizando-o matar um outro indivíduo, este que recebeu esta(Leia mais)

Patrimônio cultural do Rio, Relógio da Glória completa 118 anos

No último sábado, dia 15 de abril, o Relógio da Glória completou 118 anos. Instalado durante a gestão de Pereira Passos, o monumento, na Rua da Glória, na altura no número 290, fazia parte de um projeto de urbanização do bairro da Glória, que tinha como foco a iluminação pública e o saneamento básico. O relógio é um patrimônio tombado desde 1983, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), devido a sua importância histórica. Urbe CaRioca Relógio da Glória completa 118 anos, apesar das tormentas patrimoniais do Rio Com quatro faces, os mecanismos do Relógio da Glória foram instalados pelo relojoeiro alemão Frederich Krussman Por Patrícia Lima – Diário do Rio Link original Instalado durante a gestão do prefeito Pereira Passos, em 15 de abril de 1905, o Relógio da Glória completou 118 anos, na última semana. A peça fazia(Leia mais)

O outro lado da tirolesa

Em contraponto aos questionamentos trazidos a este blog por alguns segmentos da sociedade carioca contrários à instalação do brinquedo chamado “Tirolesa” nos morros da Urca e Pão de Açúcar, divulgamos o site tirolesa.bondinho.com.br onde o concessionário apresenta esclarecimentos sobre a instalação e o funcionamento daquele equipamento. Urbe CaRioca   Live do Projeto Tirolesa  

Pão de Açúcar: a quem interessar

Sem entrar em juízo de valor, divulgamos a autorização da GeoRio para a realização de obras de “desmonte de rocha a frio com utilização de compressores e rompedores manuais, através de serração, com auxílio de argamassa expansiva. Volume a ser desmontado: 71,73 m2”, no Pão de Açúcar. O Alvará foi concedido à Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar e conta como local a Avenida Pasteur nº 520 – Praia Vermelha – Pão de Açúcar.  

Pão de Açúcar: A Tirolesa e outros males

Protagonista do absurdo urbano-carioca em pauta, o projeto para implantação de mais um cabo aéreo entre o Pão de Açúcar e o morro da Urca no Rio de Janeiro – e instalação da chamada “Tirolesa”, onde pessoas dependuradas se deslocam de uma extremidade à outra – tem gerado grande polêmica entre arquitetos, urbanistas, montanhistas e moradores da região. Com 755 metros de comprimento, o brinquedo que os concessionários do Caminho Aéreo Pão de Açúcar pretendem construir, caso se efetive atravessará não somente o percurso entre as duas montanhas, mas cruzará os limites de uma ocupação já por demais generosa diante do que existe no conjunto dos morros -, um dos maiores símbolos da Cidade ao lado do Corcovado – além de possivelmente causar degradação ao ambiente natural, preocupação dos segmentos mencionados. “A área construída já atende perfeitamente ao que foi(Leia mais)

Obra da tirolesa entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca preocupa arquitetos e ambientalistas

Os absurdos urbano-cariocas prosseguem. Não bastando a concessão eterna para exploração de um dos maiores ícones do Brasil – é carioca – o pedido de expansão das construções deve ser engavetado para sempre. Ou, será “o bode na sala” para justificar a Tirolesa sem pé nem cabeça, fora de lugar para dizer o mínimo. Não se trata apenas de aprovações pelos órgãos de Patrimônio Cultural e outros de proteção da paisagem. Há que analisar a conveniência. É do que a cidade precisa? É o que a cidade quer? O papel dos governantes é carrear recursos da iniciativa privada que deseja investir no Rio de Janeiro conforme prioridades para a cidade e sua população e não simplesmente abraçar ideias mirabolantes e, muitas vezes, prejudiciais. Vide a permissão, em curso, para usufruir o Jardim de Alah. Urbe CaRioca   Empresa responsável pela(Leia mais)

Rio de Janeiro: sobre imóveis tombados

Reportagem da TV Brasil destaca que o Rio de Janeiro tem, atualmente, quase 1.700 imóveis tombados.  As construções históricas podem ser compradas ou alugadas por qualquer pessoa, desde que seja preservada uma parte do traçado original. A matéria, entretanto, ratifica  que a manutenção desse patrimônio vivo é um verdadeiro desafio, já que muitos imóveis estão em condições precárias. Um dos entrevistados, o arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural Cláudio Prado De Mello já teve seus textos e levantamentos publicados neste blog. Em um deles, inclusive, em novembro de 2017, apresentou um trabalho detalhado, listando, já naquela época, os principais bens históricos abandonados ou fechados no Rio de Janeiro. Apesar da expectativa de que o esforço fosse recompensado com as providências do poder público em prol do resgate e manutenção de conjunto com tamanha importância para a memória urbana e(Leia mais)

Torre-brinquedo com altura equivalente a dezesseis andares no Parque tombado

Mais uma questionável ocupação de área pública. Desta vez no Parque do Flamengo, Zona Sul do Rio. A notícia divulgada no jornal on line Diário do Rio não especifica o local exato, mas menciona a Marina da Glória. A nova investida ratifica o desrespeito do poder público para com a paisagem da cidade. A partir de setembro, o “Dinner in the Sky”, idealizado na Bélgica, estará no Rio de Janeiro, com a já conhecida proposta de “jantar no céu”, em um espaço que terá capacidade para reunir até 22 participantes em uma área próxima ao Vivo Rio, em uma plataforma que ficará suspensa a 50 metros de altura, o que corresponde a um prédio de dezesseis andares. Tudo em uma área tombada patrimônio cultural da cidade. No fim do ano passado,  em um evento semelhante, o “Master Chef Brasil nas(Leia mais)

Urca – Um dos alvos do Plano Diretor proposto para o Rio

Há quase quatro décadas, moradores do bairro da Urca, na Zona Sul do Rio, organizaram um abaixo-assinado, distribuído em vários pontos da Cidade, solicitando o tombamento do prédio onde funcionou o antigo Cassino da Urca, evitando assim a sua demolição para a construção de um hotel no local ligado a um grupo multinacional, com 300 apartamentos, conforme previa um projeto que tramitava, em 1983, na Secretaria Municipal de Obras. Entre os vários motivos elencados no documento, ratificava-se o fato de, já naquela época, o bairro ser um dos “últimos recantos da cidade que se transfigurou e precisa recuperar a sua qualidade de vida, preservando o que resta da sua memória”. Além disso, destacava-se que o prédio do Cassino da Urca, onde posteriormente funcionou a primeira Televisão do Brasil, era o último dos cassinos existentes no Estado, “berço do maior movimento(Leia mais)