A Prefeitura do Rio cada vez controla menos o território, de Sérgio Magalhães

Ou, Plano Diretor para quê ? Análise precisa sobre leis urbanísticas e códigos casuísticos feitos sob medida para o mercado imobiliário e, em especial, para a Zona Sul do Rio de Janeiro, enquanto se discute, mais uma vez, um Plano Diretor que nada dirige. O artigo refere-se em especial ao Projeto de Lei Complementar nº 141/2019. Mais uma colcha de retalhos em tramitação na Câmara de Vereadores que, entre outras benesses urbanísticas perniciosas, prevê a liberação das encostas acima da cota +60.00m e até a cota +100.00m acima do nível do mar para construções, hoje locais restritos para proteção da paisagem e evitar-se o adensamento construtivo em áreas sujeitas a deslizamentos. Esse é apenas um dos itens abordados no referido PLC. A reportagem cujo link está abaixo do artigo menciona outros aspectos importantes e igualmente questionáveis. A pergunta se faz cada vez(Leia mais)

Estação Gávea – MPRJ é contrário ao uso de verbas públicas

Após o governador do Estado do Rio de Janeiro ter anunciado que o buraco cavado para a construção da Estação Gávea seria aterrado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) emitiu posicionamento sobre as obras da Linha 4 do metrô para conclusão da estação Gávea no qual defende a retomada das obras, porém sem o uso de verbas públicas, e que, com recursos próprios, a Concessionária Rio Barra S.A realize as obras brutas e arque com os custos. Confira detalhes na matéria do jornal “O Globo”. Urbe CaRioca Linha 4: MPRJ pede proibição total do uso de recursos públicos na  conclusão das obras do metrô A promotora Bárbara Salomão Spier sugeriu que o Estado passe de réu a autor do processo contra as empreiteiras Matheus Maciel – O Globo – 07 de novembro de 2019 Link original RIO(Leia mais)

Encaixotado há sete anos, acervo arqueológico do Cais do Valongo corre risco

Apesar do reconhecimento internacional e de ter sido declarado patrimônio cultural mundial há dois anos, o Cais do Valongo, no Porto do Rio, há sete anos, tem o seu acervo, com  cerca de 1,3 milhão de peças encontradas no sítio arqueológico, encaixotado em um galpão na Gamboa, sem manutenção, ameaçado e exposto a mofos e inundações. Vejam a denúncia sobre mais um lamentável exemplo do descaso com o nosso patrimônio nesta matéria do Jornal O Globo. Urbe CaRioca Sete anos após escavações, objetos achados no Cais do Valongo estão em caixas e correm risco Mariana Teixeira* – Jornal O Globo – 05.11.2019 Link original Um patrimônio histórico, que ajuda a contar um pouco da chegada de africanos escravizados ao Brasil, pode estar ameaçado. Cerca de 1,3 milhão de peças encontradas no sítio arqueológico do Cais do Valongo durante as obras de(Leia mais)

Zona Portuária começa a deslanchar

Nos últimos meses, mudanças na Zona Portuária do Rio de Janeiro têm renovado a expectativa em relação à revitalização da região e ao aumento de sua atratividade às atividades de negócio. Edifícios comerciais – No início deste semestre, o Grupo Bradesco Seguros inaugurou sede na região do Porto Maravilha em um prédio que concentra mais de três mil funcionários e colaboradores da companhia, e conta com certificado internacional de sustentabilidade, ambientes abertos e bem iluminados. Neste mês, foi noticiado que Enel Brasil, um dos maiores grupos do setor elétrico brasileiro e que atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão, comercialização e soluções de energia, a partir do primeiro semestre de 2021, mudará sua sede para o Rio de Janeiro, também na região. Roda-gigante – Em breve também será inaugurada a roda-gigante “Rio Star”, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Felizmente não foi(Leia mais)

Lagoa da Tijuca agoniza !

Registros do biólogo Mario Moscatelli , um incansável defensor da despoluição – e controle da poluição – das praias, lagoas e rios cariocas. Confira o relato e as cenas absurdas gravadas na Lagoa da Tijuca. Urbe CaRioca “O que mais a acrescentar depois de tudo o que já foi dito, é tarefa difícil. Mais difícil é ver muitos dos que prometeram e não fizeram absolutamente nada quando puderam, ainda mandando e desmandando em cargos públicos e ou se preparando para as próximas eleições municipais. As leis ambientais até o momento não serviram para nada no que diz respeito a proteção do sistema lagunar de Jacarepaguá. Simplesmente é a terra de ninguém, onde as leis ambientais não existem, não pegam e os delinquentes que se beneficiam do extermínio e do ecocídio continuam deitando e rolando, sejam eles vips, miseráveis, públicos ou privados,(Leia mais)

Rio, dita Capital Mundial da Arquitetura, atropela, como de costume, sua legislação urbanística, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello destaca o envio pela Prefeitura do Rio à Câmara de Vereadores de um projeto de lei que altera os parâmetros de uso e ocupação do solo sem qualquer diagnóstico, estudos, demonstração de impactos ou submissão prévia ao Conselho de Política Urbana da Cidade – COMPUR. “Tudo com a rubrica dos vereadores eleitos. No Rio, dita Capital Mundial da Arquitetura 2020, é assim que a legislação urbanística é tocada, na base do chute?”, questiona. Vale a leitura ! Urbe CaRioca Rio, dita Capital Mundial da Arquitetura, atropela, como de costume, sua legislação urbanística Sonia Rabello E la nave va… Muito discurso, muitos seminários, muitas instituições de estudo e pesquisa na área de urbanismo e, ainda assim, a Prefeitura do Rio continua, incólume, com o seu(Leia mais)

Cobal Humaitá e Leblon – abaixo-assinado pede manutenção das atividades

Após algum tempo esquecidos, os imóveis da Cobal voltaram à berlinda. Recentemente foi anunciado  que o governo federal avalia se desfazer dos terrenos onde funcionam atualmente as unidades do Humaitá e a do Leblon. Diante das análises deste site urbano-carioca é impossível os espaços atualmente ocupados pela Cobal do Humaitá e pela Cobal do Leblon não serem de interesse do mercado imobiliário. Tampouco que os governos federal e estadual descartem a possibilidade de fazer caixa com a venda dos mesmos, considerada, evidentemente, a construção de condomínios de edifícios nos terrenos, amplos e situados na cobiçada Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro. É o que nos mostram diversos antecedentes, bem como as recentes vendas do terreno do Segundo Batalhão da PM, em Botafogo, a tentativa de vender o antigo e histórico QG dos Barbonos – atual Quartel General da Polícia(Leia mais)

Como a legislação impede uma boa arquitetura, de Rodrigo Petersen

Neste artigo, o arquiteto e urbanista Rodrigo Petersen destaca como o Plano Diretor influencia fortemente o volume e a forma de toda nova edificação, quando “deveria incentivar a diversidade para que cada nova construção pudesse inovar nas soluções arquitetônicas e construtivas”. Petersen cita exemplos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) de Porto Alegre e podemos observar muitas semelhanças com códigos de obras do Rio de Janeiro. Vale a leitura ! Urbe CaRioca Como a legislação impede uma boa arquitetura por Rodrigo Petersen Artigo originalmente publicado em Caos Planejado O Plano Diretor é o instrumento básico de definição do modelo de desenvolvimento de um município. Ele estabelece diretrizes e estratégias para a execução de planos, programas e projetos, buscando enfatizar a participação popular, a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Mas sua influência sob a cidade vai muito além do que se imagina:(Leia mais)

Mirante do Pasmado – obra do Prefeito na paisagem carioca

O prefeito do Rio ignorou os protestos e as ponderações de associações de moradores, arquitetos, urbanistas e defensores do patrimônio contrários à construção de um “monumento” no Morro do Pasmado, em uma área pública agora capitaneada pela iniciativa privada, e a efetivação de um crime ambiental patrocinado pelo próprio poder público, na enseada de Botafogo, na Zona Sul da Cidade. O prefeito do Rio também desconsiderou as questões técnicas e jurídicas que inviabilizavam a pretensão, conforme explicado em postagens anteriores. (Confira em “Morro do Pasmado: o tombamento ignorado ! , de Sonia Rabello). O resultado já aparece conforme demonstram as imagens abaixo, com registros da construção que segue em estado adiantado. É lamentável que interesses pessoais se sobreponham ao interesse público e ao interesse da Cidade e de seus moradores. Leia ainda: Museu do Holocausto será mesmo no Pasmado Rio: Por(Leia mais)