
O texto impecável do engenheiro e cronista João Carlos Pacheco provoca, nas entrelinhas, a pergunta que todo amante do idioma português faria. Se nosso idioma é belo, rico e soa bem, por que as propagandas do mercado imobiliário insistem em usar o inglês à exaustão? A possível ideia de aplicar um verniz de nobreza e alta categoria aos produtos resulta no avesso. Sugere que a falta de qualidades desejáveis – espaços amplos e confortáveis, boas ventilação e iluminação – precisa ser coberta de algum finesse, falso ou verdadeiro, não importa. Curiosamente, fosse nos United States of America, os marqueteiros bilíngues jamais apresentariam tais conjuntos como projects especiais. Lá, entre os termos usados para conjuntos de edificações, a expressão Housing Project é frequentemente usada para projetos de habitação social ou de grande escala. Sem glamour. Divirtam-se. Ou, melhor, have fun! Urbe(Leia mais)










