Centro do Rio: O Bom e o Mau

Ou, o Bem e o Mal O debate sobre o futuro do Buraco do Lume, no Centro do Rio, ganhou força após o lançamento de uma campanha contra a construção de um condomínio no local. A proposta, duramente criticada por movimentos sociais e parlamentares, é vista como um risco para a preservação do espaço histórico e simbólico da cidade, que há décadas funciona como palco de manifestações políticas e culturais. A mobilização busca impedir que o interesse imobiliário se sobreponha ao direito coletivo de manter áreas públicas vivas e acessíveis à população. Não há qualquer justificativa plausível para transformar um espaço de referência em mais um empreendimento privado. O Lume  simboliza resistência, memória coletiva e vida pública em uma cidade que já sofre com a falta de áreas de encontro e expressão. Avançar com esse projeto seria uma afronta ao(Leia mais)

Ponte em Petrópolis, RJ, perto da urbe carioca

Divulgamos informação recebida sobre antiga ponte que liga a BR-040 à Estrada Washington Luiz, antiga União e Indústria, na altura de Itaipava, distrito do município de Petrópolis. Consta que a estrutura oferece riscos. Urbe CaRioca Ponte do Arranha-Céu continua em risco e precisa ser prioridade na nova concessão da BR-040, cobra Unita Associação reivindica intervenção imediata há um ano A liberação do tráfego de veículos de até 20 toneladas na Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), não foi suficiente para reduzir a preocupação da Unidos por Itaipava (Unita). A entidade reforça que, sem barreiras físicas adequadas e fiscalização constante, o risco à estrutura permanece e cobra da nova concessionária da BR-040 a antecipação da duplicação da ponte, prevista originalmente apenas para 2028. A mudança anunciada pelo DNIT ocorreu logo após  audiência promovida pelo(Leia mais)

Buraco do Lume: da praça do povo ao espigão da especulação

O anúncio publicado no O Globo desta quarta-feira de que o “Buraco do Lume” — tradicionalmente parte da Praça Mário Lago, usada coletivamente ao longo de décadas — dará lugar ao maior residencial do programa Reviver Centro, com 720 apartamentos, confirma um movimento persistente de apropriação do espaço público em prol de interesses imobiliários. Esse terreno era de propriedade governamental na origem como toda a área resultante do desmonte do Morro do Castelo no início dos anos 1920. A análise dos projetos de urbanização para o local mostra que havia a intenção de deixá-lo livre unido a áreas vizinhas situadas entre o Largo da Carioca e a Praça XV de novembro, inclusive o trecho onde foi construído o Terminal-Garagem Menezes Cortes, lá previstos uma praça e garagem subterrânea. Com as mudanças ao longo de um século, o vai-e-vem entre proprietários,(Leia mais)

Mobilidade urbana em duas visões: o Rio de Janeiro

No último dia 14, o artigo do arquiteto Sérgio Magalhães publicado no jornal O Globo passeia pelos problemas da (des) mobilidade urbana que assola as cidades brasileiras. Traz-nos o exemplo de um projeto a ser implementado na Bahia e nos transporta de volta à Cidade do Rio de Janeiro junto com o sofrimento diário da população na cidade e na Região Metropolitana em BRTs, Metrô e nos trens da Supervia. Enquanto se anunciam novas Linhas de VLT – “um bom modal” nas palavras do articulista – hoje praticamente um trenzinho de brinquedo que enfeita a cidade e não pode ser classificado como transporte de massa – não menciona os ônibus barulhentos, carcaças sobre chassis de caminhão, talvez por ser tema conhecido. Em contrapartida, o Prefeito do Rio, apoiador e coadjuvante da falsa Linha 4 do Metrô que já condenou o(Leia mais)

A mágica do prefeito

Um passe de mágica chamado leis que desrespeitam leis. Onde a legislação determina altura máxima de 12m – o que comporta quatro andares em prédio não afastado das divisas – a soma de Reviver Centro, Mais-Valia e Mais-Valerá produz um prédio de oito andares. A imagem da reportagem online  mostrava o edifício inteiro. Foi substituída por detalhe apenas dos níveis superiores da futura construção. O truque ilusionista – real explica o boom imobiliário em Ipanema sem a elaboração do respectivo Projeto de Estruturação Urbana, como devido. Urbe CaRioca Opportunity bate meio bilhão em projetos de ‘estúdios’ na Zona Sul do Rio Por Rennan Setti – O Globo Link original O Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário vai lançar seu oitavo projeto residencial com foco em estúdios na Zona Sul do Rio, em uma aposta no potencial turístico e no apetite de(Leia mais)

Último casarão da Lagoa: memória carioca apagada pela especulação imobiliária

Não causou surpresa o destombamento de um dos últimos casarões históricos de frente para o espelho d’água mais famoso do Rio de Janeiro e que está prestes a desaparecer. Construído no início do século XX e marcado pelo charme arquitetônico de uma época em que Ipanema ainda preservava traços de bairro residencial, o imóvel localizado na Avenida Epitácio Pessoa, esquina com a Rua Joana Angélica, teve seu tombamento cancelado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em junho. A decisão abre caminho para a demolição e alimenta o avanço de novos empreendimentos no ponto mais cobiçado da Zona Sul. Ao modificar o decreto que, na época do tombamento definitivo (em 2002),  justificava que a casa “representa um marco referencial na paisagem da cidade e possui um grande valor afetivo para o carioca, considerando a necessidade de se adotarem medidas(Leia mais)

Sempre o Gabarito: os terrenos do RJ, de novo

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, encaminhou, nesta semana, à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), um pacote de 12 projetos justificado, entre outros, pela necessidade de “fortalecimento das finanças” do estado. Entre as propostas estão medidas polêmicas, como a venda de 47 imóveis públicos, incluindo terrenos e áreas de grande valor na capital. No “pacote” do Executivo encontra-se o destino de um dos raros grandes espaços públicos remanescentes na Zona Sul do Rio; uma área de 35 mil metros quadrados na Avenida Bartolomeu Mitre que foi ocupada pelo 23º BPM (Leblon). Conforme já destacado neste blog pela professora e jurista Sonia Rabello, o imóvel que fica a uns 500 metros da Praia do Leblon, talvez seja a mais cara área potencialmente disponível no mercado imobiliário do Rio.  Este fato, – o enorme valor financeiro(Leia mais)

Descaso oficial condena Palacete da Praça da República à ruína

O caso do Palacete da Praça da República é mais um retrato da inércia e da falta de compromisso do poder público com a preservação do patrimônio histórico. Apesar de o imóvel ter sido cedido ao Iphan em 2012 para sediar o promissor Centro Nacional de Arqueologia, o projeto jamais saiu do papel. Em vez disso, a promessa se converteu em abandono, infiltrações, risco de incêndio e ameaças estruturais que o Ministério Público Federal alertou há anos — sem que medidas efetivas fossem tomadas. Agora, pressionado por determinação judicial, o Iphan realiza obras emergenciais mínimas, com a única finalidade de impedir o colapso até devolver o prédio à UFRJ. O que se vê não é um esforço de restauração, mas um paliativo para corrigir, às pressas, anos de descaso administrativo e negligência institucional. Desde o fim do prazo de 48(Leia mais)

Ótima notícia urbano-carioca

Sem entrar no mérito dos recursos públicos investidos x retorno durante 25 anos – prazo da cessão – parece ótima notícia para bairro das Laranjeiras e para a cidade. Aguardemos. Urbe CaRioca Novo Mercado São José prestes a reabrir: obra está na fase final Quem passa pelo local ouve da equipe que reabertura será em setembro; nas redes sociais, página do tradicional centro comercial de Laranjeiras diz que inauguração será ‘mais cedo do que se imagina’ Por Danilo Perelló, Lilian Fernandes e Priscilla Litwak O Globo – Link original As obras de revitalização do antigo Mercadinho São José, em Laranjeiras, entraram na fase final com uma novidade simbólica: a restauração das imagens do santo que batiza o local, parte da memória afetiva do espaço. O tradicional São José que ficava num pequeno oratório nos fundos do antigo mercado foi restaurado,(Leia mais)

Um dia, um Jardim de Alah

  Vai vendo… Vai sentindo…sem banalizar e esquecer os responsáveis, não só o Prefeito que liderou o projeto, mas os servidores públicos (técnicos, dirigentes e conselheiros,) sobretudo dos órgãos de proteção ao patrimônio tombado e órgãos de proteção ambiental, que compactuaram com a sua aprovação. Sua função de Estado, e não de governo deveria ser a garantia, para a população, de que preservação é sinônimo de manutenção e proteção dos bens patrimoniais. Esta marca compromete as suas biografias, levando ladeira abaixo décadas de construção da política patrimonia! Lamentável para eles, e para nós, cidadãos que, por consequência, perdemos nosso patrimônio comum que eles tinham o dever de proteger e garantir. Créditos: Texto: Sonia Rabello Vídeo: Marília Lins Pinto

O novo estádio do Flamengo subiu no telhado

Segundo a coluna de Lauro Jardim, publicada no jornal O Globo, o clube considera a construção inviável. Urbe CaRioca O começo do fim do ‘novo estádio do Flamengo’ Por Lauro Jardim – O Globo Link original Está marcada para segunda-feira que vem uma reunião do conselho deliberativo do Flamengo para discutir a concessão do Maracanã, que atualmente o clube divide com o Fluminense. De acordo com alguns conselheiros, o encontro servirá também para a atual administração, comandada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, detalhar o porquê não faria sentido econômico a construção de um novo estádio na região portuária do Rio de Janeiro, conforme o plano do ex-presidente Rodolfo Landim. Numa palavra, será uma reunião para mostrar que o novo estádio não é viável. Leia mais: Estádio do Flamengo é gol contra o Rio, de Liszt Vieira e Roberto Anderson(Leia mais)