Sempre eles: Gabaritos e potenciais construtivos voadores

A mais recente desfaçatez urbano-carioca. Entre outras barbaridades, a ideia de vender a Cidade do Samba para a construção de empreendimentos imobiliários. O local tem dimensões expressivas e construções especialmente realizadas para reunir os antigos barracões das Escolas de Samba em local adequado, tudo à custa de negociações e recursos públicos. Recursos esses que, mais uma vez, serão atirados ao lixo, conforme o Prefeito fez com o Autódromo do Rio. Haverá algum mérito na proposta? Algum, talvez. Chama a atenção o espaço destinado às ditas “áreas verdes” comparado ao que será entregue ao mercado imobiliário com bônus. Abaixo, a reportagem de Luiz Ernesto Magalhães publicada no jornal O Globo. Urbe CaRioca Projeto da prefeitura para entorno do Sambódromo prevê mergulhão, biblioteca e área verde no lugar de viaduto Com a Marquês de Sapucaí como protagonista, o Praça Onze Maravilha será(Leia mais)

Sobre os eventos no bairro da Glória

Há três dias, o Informe Gloriano publicou a nota abaixo, a respeito dos eventos públicos simultâneos realizados no bairro da Glória. As visões e o opiniões a respeito variam, conforme comentários na postagem original em redes sociais. Urbe CaRioca Nota Pública – Sr. Prefeito Eduardo Paes O Informe Gloriano manifesta profunda insatisfação com os eventos simultâneos autorizados para hoje e com a repetição constante desse cenário, que há meses transforma a Glória em um ambiente caótico, incompatível com a rotina de um bairro residencial. Desde sábado, atividades com som excessivo na região dos clubes náuticos já afetavam os moradores. Hoje, ainda de madrugada, por volta de 5h30, um trio-elétrico em volume extremo acordou todo o bairro e seguiu até cerca de 13h. Em sequência, um evento musical na Praça Paris manteve o ruído contínuo, enquanto a Praça Marechal Deodoro recebia(Leia mais)

Espigões avançam sobre Vargens e ameaçam a paisagem do Parque da Pedra Branca

O arquiteto Canagé Vilhena elaborou um croqui que simula “o futuro do sertão da Barra da Tijuca”,  resultado do Zoneamento aprovado por decreto do Prefeito Eduardo Paes, em 2021, para organizar a ocupação imobiliaria degradante do fragil ambiente natural dos bairros de Vargem Grande e Vargem Pequena. “Os espigões vão inibir a vista da floresta do Parque da Pedra Branca com sua encosta desmatada para construção de casas”, destaca. Conforme este blog repete à exaustão, “Sempre o Gabarito”, sejam os resultados benéficos – raramente – ou prejudiciais – quase sempre – para a cidade, sua população e nossa paisagem. Urbe CaRioca  

Vendo o Rio 2025: Gabarito e ainda mais

Matéria publicada no jornal O Globo registra que o projeto de lei complementar nº 45/2025, que autoriza o Estado do Rio de Janeiro a vender mais de 60 imóveis públicos — entre eles o icónico Maracanã — foi retirado da pauta de votação nesta quarta-feira após receber cerca de 80 emendas parlamentares. Entre as propostas de alteração, destaca-se uma emenda que amplia a lista original para incluir novos bens estratégicos, como o Estádio Nilton Santos (Engenhão), a Rodoviária Novo Rio e o prédio histórico da Central do Brasil. A iniciativa do governo, estimada em gerar aproximadamente R$ 5 bilhões com a alienação dos imóveis, enfrenta agora uma disputa intensa entre os deputados que apoiam a liquidação patrimonial para reduzir a dívida do Estado e os que denunciam uma “venda a preço de liquidação” do patrimônio público. Críticos apontam que o(Leia mais)

Reviver Centro: o que poderia ter sido

A Prefeitura do Rio lançou nesta terça-feira, editais para leiloar 15 prédios e um terreno no Centro Histórico, dentro do programa Reviver Centro Patrimônio Pró-Apac, com o objetivo de recuperar imóveis antigos e ampliar a moradia na região. Muitos desses edifícios estão deteriorados ou fechados, e quem os adquirir poderá receber subsídio de até R$ 3.212,00 por metro quadrado restaurado, condicionado ao avanço das obras. A expectativa é que, ao serem restauradas e convertidas principalmente em residências, essas unidades cumpram sua função social e contribuam para reativar cultural e economicamente áreas próximas a importantes marcos da Cidade, como a Praça Tiradentes, o Teatro João Caetano e o Real Gabinete Português de Leitura. A inicitaiva parece interessante, obviamente. Mas seria esse o caminhou ou haveria alternativas ? A Prefeitura concede bônus generosos para a indústria da construção civil e o mercado(Leia mais)

A cidade vendida: a legislação urbana do Rio é moeda de troca no poder municipal

As leis urbanísticas da Cidade do Rio de Janeiro tornam-se mais perniciosas a cada mandato do Prefeito Eduardo Paes. Quando parece que nada de pior pode surgir, sai uma novidade da cartola do Prefeito dos Gabaritos altos. O Urbe CaRioca tem vergonha e desesperança em relação ao futuro da cidade, sitiada, abandonada, suja, perigosa, antro de assaltantes, pivetes, moradores de rua drogados e com problemas mentais. Cada metro quadrado livre aguarda seu momento de ser ocupado por índices construtivos a maior. Áreas verdes, parques e jardins públicos são transformados em áreas cimentadas, lojas, bancas de jornal gigantescas, painéis luminosos disfarçados de bancas de jornal, camelôs invasores e oficiais. Parquinhos nas Zonas Norte e Oeste são migalhas diante da desfaçatez geral. Incentiva-se construções maiores e mais altas, pisos impermeáveis, aumento de áreas de sombra, o verde e os espaços substituído pelo(Leia mais)

Cobal Humaitá: Atenção! Novo round

Será que ele, o onipresente gabarito, ressurgirá? A considerar a lei em vias de ser sancionada, que permitirá a construção de edifícios nos estacionamentos de supermercados, não se divide. O Rio de Janeiro cada vez mais sufocado e inseguro, enquanto a autoridade-mor carioca se gaba de ser defensor do Meio Ambiente. É para inglês ver. Literalmente. Urbe CaRioca Moradores de Botafogo e do Humaitá se organizaram para impulsionar propostas para que o local não vire uma praça de alimentação gourmetizada Thayná Rodrigues – O Globo Link original Moradores de Botafogo e do Humaitá organizam um movimento para impulsionar a revitalização da Cobal do Humaitá sem que ela perca suas características históricas. Há o receio de o local virar um espigão ou de ser “gourmetizado”. Na primeira quinzena de outubro, o deputado federal Chico Alencar recebeu um ofício com pedido de(Leia mais)

Aterro do Flamengo x Bairro Santos Dumont: duas visões de cidade em disputa

O Aterro do Flamengo nasceu de um momento em que o Rio de Janeiro ainda se entendia como centro político e cultural do país, capaz de pensar soluções urbanas que dialogassem com seu território e sua memória. Ao transformá-lo não apenas em um parque, mas em um museu a céu aberto integrado à paisagem, o projeto afirmou que a cidade poderia ser bela, funcional e, acima de tudo, pública. Ali se consolidou um espaço democrático, onde a circulação, a arte, a história e o lazer se encontraram sem hierarquias, refletindo uma visão de cidade construída para ser compartilhada. É justamente à luz desse exemplo que o debate sobre a retirada do Aeroporto Santos Dumont ganha outra dimensão. A proposta, resultante de um estudo não-governamental, e que prevê a construção de um novo bairro no local, surge em um contexto muito(Leia mais)

Na antiga Universidade, um parque e uma invasão

Ontem, finalmente uma boa notícia urbano-carioca: a inauguração, em breve, do Parque Arlindo Cruz, em Piedade. Diz o ditado popular que alegria de pobre dura pouco. Hoje surge a notícia sobre invasão do prédio da antiga Universidade Gama Filho, ao lado do futuro parque, terreno que pertencia à instituição. Pelo visto, a do carioca dura menos do que 24 horas. Urbe CaRioca Após anos de abandono, inauguração do Parque Arlindo Cruz, em Piedade, acende esperança de dias melhores no bairro; entenda Espaço público, construído no lugar do campus da antiga Universidade Gama Filho, tem inauguração marcada para este domingo (26) Por Luiz Ernesto Magalhães — O Globo Link original Placas de “vende-se” e “aluga-se”, na Rua Manoel Vitorino, em Piedade, ainda se espalham ao longo da via. Presentes na fachada de 15 imóveis e pontos comerciais, são marcas visíveis deixadas(Leia mais)

Mais Valerá: mais eufemismos do prefeito, novas ilegalidades

A Câmara do Rio se prepara para votar mais uma versão do “mais valerá”, projeto do Executivo que, sob o argumento de modernizar o uso do solo e incentivar investimentos privados, abre espaço para uma nova rodada de flexibilizações urbanísticas. A proposta permite que estacionamentos de shoppings, supermercados, hipermercados e hospitais sejam convertidos em empreendimentos residenciais ou comerciais, mediante contrapartida financeira à prefeitura. Na prática, trata-se de um modelo de “urbanismo negociado” — em que a cidade é adaptada não a partir de um planejamento integrado, mas de acordos pontuais que favorecem grandes grupos econômicos em troca de arrecadação. O “novo mais valerá” não é uma proposta isolada, mas parte de uma estratégia recorrente do governo Paes de usar o instrumento da outorga onerosa para reforçar o caixa municipal sem recorrer a aumentos de impostos. Estima-se uma arrecadação de R$ 300(Leia mais)

Do asfalto ao trilho: o Rio e o custo da reinvenção sem planejamento

O Rio de Janeiro volta a discutir o futuro de sua mobilidade urbana. A Câmara Municipal aprovou, em primeira discussão, o projeto que prevê a transformação dos corredores do BRT em linhas de VLT — uma proposta que reacende velhos debates sobre custo, eficiência e coerência no planejamento da cidade. A ideia é substituir os articulados que circulam nos eixos Transcarioca e Transoeste por composições sobre trilhos, reaproveitando o traçado existente, mas exigindo nova infraestrutura. A promessa é de conforto, menor emissão de poluentes e integração visual com o centro remodelado, mas o desafio é gigantesco: reconfigurar um sistema bilionário, ainda em colapso operacional, sem repetir erros do passado. Vale destacar que após terem feito uma obra dessa magnitude, quilômetro sobre quilômetro de BRT, compram ônibus caros, e agora simplesmente percebem que os mesmos não servem mais ? Causa perplexidade(Leia mais)