O vale-tudo é a regra, de Sérgio Magalhães

Publicado no jornal “O Globo”, edição desta segunda-feira, artigo do arquiteto Sérgio Malhães. Vale a leitura ! Urbe CaRioca O vale-tudo é a regra Sob o ponto de vista das cidades, os movimentos de junho de 2013 terão sido inexistentes? Por Sérgio Magalhães – O Globo Link original Decorridos dez anos dos movimentos de junho de 2013, busca-se avaliar suas consequências na política e na vida nacionais. Nesta década, o país viveu uma Copa, uma Olimpíada, uma Lava-Jato, uma pandemia e uma sucessão de turbilhões na política, inclusive tentativa de golpe de Estado. A economia brasileira despencou: o PIB caiu 25% (entre 2013-2019, sem pandemia), a renda per capita caiu 28%. E as cidades, foco dos movimentos, como ficaram? No calor das manifestações, a então presidente da República propôs um pacto nacional para melhorar a qualidade de vida urbana com(Leia mais)

Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, no Centro, reabre neste sábado

Após quase quatro anos fechada, a Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, no Centro do Rio, está toda restaurada e pronta para receber visitantes e fiéis. O templo passou por obras, que recuperaram a fachada, as redes elétrica e hidráulica e até o acervo. A missa de reabertura será neste sábado, dia 10 de junho, às 18h, na Rua do Ouvidor, nº 35 . Urbe CaRioca Após 4 anos fechada, Igreja de N. S. da Lapa dos Mercadores reabre neste sábado G1 – Link original A Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, uma preciosidade do Patrimônio Histórico, no Centro do Rio, será reaberta neste sábado (10) após uma grande reforma. Quem vê a fachada recém-pintada e bem cuidada, não imagina como ela estava há alguns meses. A parede estava descascada, com manchas, e até com buracos(Leia mais)

O Gigante Apunhalado, de Chico Fonseca

  O Gigante Apunhalado Chico Fonseca Como um paquiderme mergulhado em sono Que da água assoma em susto despertado Ergue-se em pedra o monumento soberano Com cinzel divino em rocha esculturado Do alto do seu pináculo imponente Rasgando flocos de nuvens desgarradas Observa a baía em vigília permanente Destes mares hoje e dantes navegados Viu barcos, brigues, caravelas seculares Do índio primitivo ao conquistador lusitano E outras tantas embarcações milenares Viu piratas e corsários, o virtuoso e o profano O seu olhar não vai além da Taprobana* Mas mantém todo o contorno da baía vigiado De lá ele toma conta da praia de Copacabana Com Niterói à frente e ao fundo o Corcovado Mas cesse tudo que a antiga musa canta Que chegou o agressor em atitude sorrateira Como a mão assassina do punhal que se alevanta Subiu o morro(Leia mais)

Tirolesa no Pão de Açúcar: Justiça Federal dá liminar para a paralisação e Icomos Brasil faz Alerta Patrimonial à Unesco, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello , destaca dois fatos excepcionalmente relevantes ocorridos nesta quinta-feira em favor da preservação da integridade do Monumento Natural tombado do Pão de Açucar, no Rio de Janeiro. “O Juiz Federal Paulo André Espírito Santo Bonfadini, da 20ª Vara Federal, atendendo ao pedido feito pelo Ministério Público Federal, através do diligente Procurador Sérgio Suiama, concedeu liminar para suspender as obras de instalação da Tirolesa no Pão de Açúcar, bem como a “suspensão dos efeitos do ato administrativo do IPHAN que autorizou a execução da obra.”  e o Icomos Brasil  enviou à Unesco um “Alerta Patrimonial”, com a denúncia de que a obra da Tirolesa deveria ser paralisada, para evitar “a inclusão do sítio [Paisagem Cultural do Rio de Janeiro] na Lista de Patrimônio(Leia mais)

Notícia sobre a obra para Tirolesa no Pão de Açúcar

A quem interessar, notícia recebida de um leitor deste blog sobre a ordem para paralisar as obras com vistas à instalação de quatro cabos entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca como parte do brinquedo conhecido como Tirolesa, entre outras intervenções construtivas – demolição ou construção de novos elementos. TIROLESA NO PÃO DE AÇÚCAR – Despacho-Decisão 01-06-2023 – íntegra Urbe CaRioca

Vídeo ! Marquise da agência Central dos Correios desaba no Centro do Rio

Parte da marquise da agência Central dos Correios localizada na esquina da Travessa Tocantins com Visconde de Itaboraí, no Centro do Rio, desabou na tarde desta quinta-feira, dia 25. Não houve feridos com a queda de parte do reboco do edifício que quase atingiu um veículo estacionado. A empresa, em nota afirmou que “o escoramento da marquise e instalação de redes de proteção já estão sendo providenciados para início imediato dos serviços de reparo. A agência permanece funcionando, com acesso do público pela porta frontal, na Rua Primeiro de Março, 64”. O momento do incidente foi registrado pelo jornal O Dia que procurou a Defesa Civil Municipal, sendo informado que vistoriou o local e não será necessário realizar a interdição do prédio, uma vez que não foi constatado qualquer risco estrutural. A área foi isolada para que partes do beiral(Leia mais)

Mais Valia: ‘Lei dos Puxadinhos’ é sancionada. De lambuja, hotéis..

Em publicação no Diário Oficial desta terça-feira, dia 23 de maio, o prefeito da Cidade do Rio sancionou a malfadada “Lei dos Puxadinhos”, oficialmente, a Lei Complementar nº 260. De autoria do Poder Executivo, o texto foi aprovado pela Câmara Municipal no final do último mês. Como nos casos anteriores, a nova (velha) lei estabelece condições especiais para licenciamento, legalização de construções e acréscimos nas edificações mediante pagamento de contrapartida. Leia-se: faça o ilegal, pague, e eu, Prefeitura, legalizo. Desta vez há uma novidade. Os hotéis ditos “olímpicos”, desnecessários e construídos mediante muitos benefícios urbanísticos (gabaritos e área de construção fora das normas usuais) e fiscais (isenções de impostos que todos os demais cariocas pagaram), bem como seus pares gigantescos erguidos nos anos 1970 com base em leis também “especiais”, entraram na dança. Este blog, premonitório, intuiu que não haveria(Leia mais)

Por que a mutilação do Pão de Açúcar continua?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello , destaca a continuidade, firme e impávida, da obra da Tirolesa do Pão de Açúcar, apesar de amplamente contestada por inúmeros movimentos sociais, como associações de moradores, especialistas, entidades profissionais e até por entidades internacionais de preservação. “Quem poderia, de fato e de direito, deter a continuidade da mutilação no Monumento?”, questiona.

Metrô: Agora vai. Vai?

Abaixo, notícia publicada no Jornal O Globo traz esperança! Mas… cachorro mordido de cobra, de linguiça tem medo. Quem sabe Presidente e Prefeito, com a assessoria de um certo ex-governador trazem uma nova Olimpíada? Tudo se resolveria. Afinal, tudo foi “Pra Olimpíada”, inclusive a falsa Linha 4. Que venham os trilhos! Urbe CaRioca Nos 25 anos da concessão, metrô prevê expansão da Linha 2 para chegar à Praça Quinze Metrô busca recuperar passageiros, apesar da lenta expansão de seu serviço Por Geraldo Ribeiro — O Globo 11 de maio de 2023 – Link original  O metrô do Rio chegou aos 25 anos de concessão com dois grandes desafios pela frente. O primeiro é recuperar o volume de passageiros transportados antes da pandemia, que caiu dos cerca de 900 mil diários para 650 mil. O outro é tirar do papel antigos(Leia mais)

Mais-Valia: mais perene do que pandemia

Este blog já afirmou e repete. Eternos só Deus e a ‘Mais-Valia’. Quanto ao primeiro, acredite na Eternidade quem queira. Sobre o segundo, não há dúvidas. Trata-se do apelido dado às leis esdrúxulas – ditas urbanísticas (não o são) – que invertem os conceitos do Planejamento Urbano, instrumento que, na Cidade do Rio de Janeiro – abandonada até por São Sebastião -, é “Para Inglês Ver”. Aos recém-chegados a este espaço urbano-carioca, recordemos. A primeira lei é de 1946. Foi criada para abonar pequenas obras construídas em desacordo com a licença municipal, como telheiros e tanques a mais, basicamente acréscimos toleráveis desde que o interesse público não justificasse o seu desfazimento. Ao proprietário cabia pagar à Prefeitura – então Distrito Federal – o correspondente ao valor acrescido ao imóvel em decorrência do acréscimo (Decreto-lei nº 8720 de 18/01/1946). Ao longo(Leia mais)