Metrô que o Rio Precisa e o transporte esquecido

Neste artigo, o movimento “Metrô que o Rio precisa”  elenca uma série de exemplos de regiões e suas atuais redes de metrô com a da Cidade do Rio de Janeiro, tímida e pouco extensa, contrariando as demandas dos passageiros que há décadas aguardam por ações efetivas. Além disso, destaca que apesar da grande importância da questão, o transporte parece não ter papel relevante nas propostas dos atuais postulantes ao cargo de governador, em plena reta final das eleições. Urbe CaRioca Transporte esquecido Link original Inaugurado em 1979 com quatro quilômetros, esse da imagem era o metrô do Rio em 1983, quando então possuía 26 quilômetros de extensão. Dez anos depois, em 2003, tínhamos apenas 35 quilômetros. Estamos em 2022 e possuímos apenas 55 quilômetros. São Paulo, que inaugurou o seu metrô em 1974, possui hoje 103 quilômetros de linhas metroviárias.(Leia mais)

O caso do terreno do antigo Batalhão da PM no Leblon ainda em pauta

No centro de intensas discussões há mais de uma década sobre o seu destino, justamente por estar em uma área extremamente valorizada, o anexo do 23º BPM, terreno do governo do Estado, no coração do Leblon, conforme publicado nesta semana pelo O Globo, será ocupado por um circo com capacidade para até 900 espectadores por até seis meses a partir de outubro . O terreno de 35 mil m2 fica a cerca de 500 metros da Praia do Leblon e, talvez, seja a mais cara área potencialmente disponível no mercado imobiliário do Rio. Serviu durante várias décadas às instalações de um batalhão da Polícia Militar e pertence ao Estado do Rio de Janeiro. Este fato, – o enorme valor financeiro do terreno e sua localização no bairro de maior poder aquisitivo da Cidade e, quiçá, do país, – são o(Leia mais)

Casa de Espanha irá a leilão judicial

Conforme noticiado pelo jornal on line Diário do Rio, as instalações da tradicional Casa de Espanha, no Humaitá, estão em leilão judicial e podem ser arrematadas pelo preço mínimo de R$ 46,5 milhões, apesar do complexo ter sido avaliado por R$ 93 milhões. O processo corre pela Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro e o pregão está marcado para acontecer no dia 30 de setembro. O conjunto tem três pavimentos, estacionamento coberto em três níveis e 90 vagas de garagem, edificação com diversas lojas, cinema, espaço coworking, ginásio com quadra poliesportiva em três níveis, parque aquático com piscina semiolímpica e piscina infantil, ocupando um 12.694m². Caso se pretender mudar o uso do local, cabe lembrar que o terreno situa-se na Zona Residencial 1 (ZR-1) onde, em tese, é permitida apenas a construção de casas com altura máxima de 11,00m.(Leia mais)

Estação da Leopoldina: A infindável novela e o descaso com os bens públicos

Em setembro de 2021, noticiávamos neste blog que, conforme reportagem publicada no portal G1, a 20ª Vara Federal do Rio havia condenado a concessionária SuperVia, a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a reparar os danos causados à Estação Ferroviária Barão de Mauá, a histórica Leopoldina, edifício inaugurado em dezembro de 1926. Muito antes, também registrávamos as ações do grupo SOS Patrimônio que organizou um levantamento com os principais bens históricos abandonados ou fechados no Rio de Janeiro. E, entre esses, após atualização, constava o Edifício do Período Eduardiano da Estação Férrea Barão de Mauá, chamado de Leopoldina, em São Cristóvão, destacado pelo deplorável estado de abandono. Agora, temos a notícia publicada no O Globo de que o Ministério Público Federal pediu a realização de uma audiência de conciliação para sanar a disputa e decidir o futuro da(Leia mais)

Seminário sobre revitalização e inovação das cidades

Temos publicado alguns textos sobre o Programa Reviver Centro, tais como “Reviver Centro … Botafogo, Ipanema, Leblon”, “Reviver Centro, quem são seus pares?” e “Reviver Centro – Prédios e gabaritos, quem são seus pares?”, entre outros. Divulgamos a seguir o workshop sobre revitalização e inovação das cidades promovido pela Aliança Centro Rio, no próximo dia 23, quando a organização comemora o primeiro ano de atividade do grupo. Urbe CaRioca Aliança Centro-Rio comemora um ano de trabalho com workshop sobre revitalização e inovação das cidades Publicado originalmente no jornal O Dia – 16 de setembro de 2022 Seminário acontece de forma presencial em prédio na Avenida Presidente Vargas, mas também será transmitido ao vivo, na próxima sexta-feira Rio – “Como revitalizar e inovar os centros das cidades brasileiras?”. Essa será a pergunta tema do workshop promovido pela Aliança Centro Rio, no(Leia mais)

Praças do Rio na fila pela revitalização

Publicada originalmente no Diário do Rio, a notícia de que a Subprefeitura da Zona Sul, em parceria com a Comlurb, iniciou as reformas nos brinquedos, a recuperação do pergolado, a substituição de mesas, o paisagismo no espaço, entre outros serviços, na Praça São Salvador, em Laranjeiras. As medidas são merecedoras de reconhecimentos, evidentemente. Mas é preciso ratificar que dezenas de espaços semelhantes há anos demandam da atenção do poder público, sobretudo na Zona Norte e Oeste da Cidade. Para você leitor, quais praças devem ser também espaços de revitaliação no Rio? Urbe CaRioca Praça São Salvador, em Laranjeiras, será revitalizada Por Estéfane de Magalhães – Diário do Rio Link original Na última segunda-feira, (12/09), a Subprefeitura da Zona Sul e a Comlurb iniciaram obras para a revitalização da Praça São Salvador, em Laranjeiras. A Subprefeitura atendeu a pedidos dos moradores(Leia mais)

Obras irregulares: da cidade “formal” às favelas e áreas públicas

Mapeamento recente revela que, atualmente, 37 imóveis municipais, estaduais e federais estão ocupados irregularmente na Cidade do Rio de Janeiro. Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que a Prefeitura legaliza obras irregulares para aumentar a arrecadação do Município e beneficiar os proprietários de imóveis da cidade dita “formal” (e, em especial na Zona Sul e na Barra da Tijuca), as favelas continuam a crescer de forma desenfreada. A legalização de obras que contrariam as leis urbanísticas vigentes, e a possibilidade de pagar antecipadamente para construir fora-da-lei será mais uma vez reeditada, tendo o prefeito já enviado à Câmara de Vereadores outro projeto de lei de “mais valia” e da ainda mais inacreditável “mais-valerá”: o PLC nº 88/2022, lei bizarra e eterna que, naturalmente, não se aplica às favelas, onde tudo vale e de graça. Áreas públicas são invadidas, tomadas pela certeza(Leia mais)

A Mais-Valia que não Valeu

Causou muita estranheza a este blog urbano-carioca a notícia de que a Secretaria de Ordem Pública e a Subprefeitura da Zona Sul iniciaram nesta semana uma operação para demolir uma construção irregular em um prédio comercial na Rua Maria Quitéria, em Ipanema, na Zona Sul. Afinal, sabe-se muito bem que a Cidade toda é assim, em especial na Zona Sul e na Barra da Tijuca. A construção de andares a mais, além do gabarito fixado por lei, acontece diariamente. Paga-se para legalizar o fora-da-lei. Com base nela, a Mais-Valia, a Eterna. Aliás, pagava-se apenas nessa situação (e ainda se paga). De uns tempos para cá a famiglia cresceu. Nasceu a Mais-Valerá: paga-se antecipadamente para construir fora-da-lei. É de se supor que o proprietário do chamado puxadinho apresentado na reportagem, não pagou a Mais-Valerá a tempo, ou perdeu algum prazo, ou(Leia mais)

A cidade dos ‘puxadinhos’, de Roberto Anderson

Em artigo publicado originalmente no site “Diário do Rio”, reproduzido abaixo, o arquiteto Roberto Anderson aborda o fato de que, apesar de todos os questionamentos, o prefeito do Rio enviou à Câmara de Vereadores mais um projeto de lei de “mais valia”, o PLC nº 88/2022. “As mesmas irregularidades, produzidas por quem as comete na expectativa desse tipo de lei, poderão ser legalizadas”, afirma. Urbe CaRioca Roberto Anderson: A cidade dos ‘puxadinhos’ Link original A aplicação da chamada “mais valia” na Cidade do Rio de Janeiro vem de longe. Ainda como Distrito Federal, a cidade conheceu esse tipo de legislação com o Decreto nº 8.720, de 18 de janeiro de 1946 Em 2005, a Lei 4.176, de autoria do então Vereador Luiz Antonio Guaraná, proibiu a regularização de obras através do instrumento “mais valia” em algumas áreas da Barra da Tijuca(Leia mais)

Jardim de Alah recebe grande “abraço” contra a sua descaracterização

No último dia 21 de agosto, moradores dos bairros de Ipanema e do Leblon deram um grande “abraço” simbólico no Jardim de Alah, pedindo a manutenção das características originais do espaço para quem vencer uma  licitação – em tese para a realização de obras com vistas à revitalização da área -, uma vez que, em julho, a Prefeitura começou os estudos para a sua concessão de uso por 35 anos. A preocupação entre os moradores e frequentadores refere-se à possível perda do que deveria ser apenas um parque público, jardins, espaço para passeio e contemplação, inclusive para desfrute da vista belíssima que oferece do Morro do Corcovado e do Cristo Redentor – que o emolduram ao Norte -, para um shopping em área pública (a céu aberto, ou fechado se permitirem construções, como as notícias na grande mídia demonstram). Qual(Leia mais)