Descaso oficial condena Palacete da Praça da República à ruína

O caso do Palacete da Praça da República é mais um retrato da inércia e da falta de compromisso do poder público com a preservação do patrimônio histórico. Apesar de o imóvel ter sido cedido ao Iphan em 2012 para sediar o promissor Centro Nacional de Arqueologia, o projeto jamais saiu do papel. Em vez disso, a promessa se converteu em abandono, infiltrações, risco de incêndio e ameaças estruturais que o Ministério Público Federal alertou há anos — sem que medidas efetivas fossem tomadas. Agora, pressionado por determinação judicial, o Iphan realiza obras emergenciais mínimas, com a única finalidade de impedir o colapso até devolver o prédio à UFRJ. O que se vê não é um esforço de restauração, mas um paliativo para corrigir, às pressas, anos de descaso administrativo e negligência institucional. Desde o fim do prazo de 48(Leia mais)

Ótima notícia urbano-carioca

Sem entrar no mérito dos recursos públicos investidos x retorno durante 25 anos – prazo da cessão – parece ótima notícia para bairro das Laranjeiras e para a cidade. Aguardemos. Urbe CaRioca Novo Mercado São José prestes a reabrir: obra está na fase final Quem passa pelo local ouve da equipe que reabertura será em setembro; nas redes sociais, página do tradicional centro comercial de Laranjeiras diz que inauguração será ‘mais cedo do que se imagina’ Por Danilo Perelló, Lilian Fernandes e Priscilla Litwak O Globo – Link original As obras de revitalização do antigo Mercadinho São José, em Laranjeiras, entraram na fase final com uma novidade simbólica: a restauração das imagens do santo que batiza o local, parte da memória afetiva do espaço. O tradicional São José que ficava num pequeno oratório nos fundos do antigo mercado foi restaurado,(Leia mais)

Um dia, um Jardim de Alah

  Vai vendo… Vai sentindo…sem banalizar e esquecer os responsáveis, não só o Prefeito que liderou o projeto, mas os servidores públicos (técnicos, dirigentes e conselheiros,) sobretudo dos órgãos de proteção ao patrimônio tombado e órgãos de proteção ambiental, que compactuaram com a sua aprovação. Sua função de Estado, e não de governo deveria ser a garantia, para a população, de que preservação é sinônimo de manutenção e proteção dos bens patrimoniais. Esta marca compromete as suas biografias, levando ladeira abaixo décadas de construção da política patrimonia! Lamentável para eles, e para nós, cidadãos que, por consequência, perdemos nosso patrimônio comum que eles tinham o dever de proteger e garantir. Créditos: Texto: Sonia Rabello Vídeo: Marília Lins Pinto

O novo estádio do Flamengo subiu no telhado

Segundo a coluna de Lauro Jardim, publicada no jornal O Globo, o clube considera a construção inviável. Urbe CaRioca O começo do fim do ‘novo estádio do Flamengo’ Por Lauro Jardim – O Globo Link original Está marcada para segunda-feira que vem uma reunião do conselho deliberativo do Flamengo para discutir a concessão do Maracanã, que atualmente o clube divide com o Fluminense. De acordo com alguns conselheiros, o encontro servirá também para a atual administração, comandada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, detalhar o porquê não faria sentido econômico a construção de um novo estádio na região portuária do Rio de Janeiro, conforme o plano do ex-presidente Rodolfo Landim. Numa palavra, será uma reunião para mostrar que o novo estádio não é viável. Leia mais: Estádio do Flamengo é gol contra o Rio, de Liszt Vieira e Roberto Anderson(Leia mais)

Projeto corta direitos e empurra cidadãos para a fila dos precatórios

Num cenário em que a Justiça representa, muitas vezes, o único caminho de reparação para o cidadão comum, o novo Projeto de Lei nº 632/2025, proposto pelo prefeito Eduardo Paes, surge como um duro golpe contra quem já venceu legalmente o Estado, de acordo com o artigo de Antônio Sá, Ex-Subsecretário de Assuntos Legislativos e Parlamentares do Município do Rio de Janeiro, publicado originalmente no Diário do Rio. Sob o pretexto de ajuste fiscal, o projeto propõe reduzir drasticamente o teto das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) de 30 para 10 salários mínimos — uma manobra que, na prática, adia o pagamento de dívidas judiciais da Prefeitura e empurra milhares de pessoas para a morosa fila dos precatórios. A proposta não só afeta servidores, aposentados e pensionistas, como também qualquer cidadão que tenha conseguido na Justiça o direito de receber(Leia mais)

2ª Consulta Pública do PMHIS

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (SMH-Rio), está elaborando o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIS) para ampliar o acesso à moradia e melhorar as condições habitacionais das famílias em situação de vulnerabilidade. Para entender melhor o que será apresentado: Linhas Programáticas (“eixos temáticos”): grandes áreas de atuação do Plano. Cada uma reúne diferentes ações com o mesmo objetivo. 1) Moradia definitiva: construção ou reforma de moradias (Minha Casa, Minha Vida, reforma de cortiços, autogestão, etc.) 2) Urbanização de favelas e loteamentos: melhorias urbanas, acesso a serviços públicos e regularização fundiária (obras, títulos de posse/propriedade, etc.) 3) Locação social: ajuda no pagamento do aluguel ou acesso a imóveis com aluguel mais barato (desconto no aluguel, auxílio habitacional, etc.) Modalidades (“ações concretas”): ações específicas que podem ser colocadas em prática(Leia mais)

2º ciclo técnico temático do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por intermédio da Secretaria Municipal de Habitação (SMH-Rio), com o apoio do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (CGFMHIS), convida a população, entidades da sociedade civil, instituições públicas e privadas e demais interessados a participar do 2º ciclo técnico temático do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIS). SEMINÁRIOS TÉCNICOS: Têm como objetivo discutir os principais temas do PMHIS, a partir das propostas preliminares que compõem o Plano de Ação. As mesas reúnem representantes de instituições de ensino e pesquisa, do poder público e de organizações da sociedade civil, que vão refletir sobre os conteúdos apresentados, sugerir ajustes e apontar caminhos. O público também terá espaço para contribuir com perguntas, críticas e sugestões, participando ativamente da construção do plano e da qualificação das propostas. Data: de 4(Leia mais)

Resgate da história: Casarão do século XIX ganha nova vida no Centro do Rio

Uma louvável iniciativa que conseguiu unir com força simbólica e beleza concreta o passado e o futuro de uma cidade. Assim pode ser definida a restauração do casarão histórico número 28 da Rua do Ouvidor, no Centro do Rio. Trata-se de um verdadeiro espetáculo de cultura, arte e cidadania na região, reflexo da dedicação das equipes de restauradores, arquitetos e operários, que diariamente enfrentam o tempo e a história armados com bisturis, pincéis e moldes; um exemplo raro de respeito à memória urbana e ao patrimônio coletivo. A iniciativa — impulsionada pelo programa Proapac Patrimônio da Prefeitura e abraçada com coragem por investidores privados — transcende o simples ato de recuperar uma edificação. Ela revela um compromisso com a identidade carioca, valorizando uma arquitetura riquíssima que resiste ao tempo e à negligência. A cada ornamento reconstruído, a cada camada de(Leia mais)

O urbanismo “me engana que eu gosto”

Este blog urbano-carioca não acredita nas “boas intenções” do Eduardo Paes. Depois de destruir o que resta de Ipanema – bairro no qual a construção civil foi fomentada pelo Prefeito – o que pode ser classificado exatamente como especulação imobiliária, tal o aumento de gabaritos de altura, taxa de ocupação e Área Total de Edificação vigentes, permitir a transformação de hotéis (os antigos e os liberados “pra Plimpíada”) em prédios residenciais também com bônus, como crer no discurso sobre incentivar o turismo? Parece tentativa de reservar o terreno do Colégio São Paulo a algum outro interesse. Resta aguardar. Urbe CaRioca Prefeitura do Rio cerca o Arpoador com regras urbanísticas para conter avanço da especulação O município agora estabelece critérios próprios para o licenciamento de projetos na região e suspende por 180 dias a emissão de novas licenças para obras que(Leia mais)

VLT na Zona Sul: Um erro de planejamento

Ontem um leitor deste blog nos informou que o projeto para o VLT voltará à baila. Supusemos ser notícia antiga, pois a Prefeitura trouxe o assunto a público em 2022, e nada mais se ouviu a respeito. Na ocasião, analisamos a proposta do ponto de vista prático para o atendimento à população carioca, com a qual, por óbvio, não concordamos, conforme argumentos apresentados. Para surpresa, o trenzinho de brinquedo do Prefeito quer voltar, no lugar da devida e desejada Linha 4 (a verdadeira) do Metrô, substituída pela Linha 1 esticada por uma gambiarra à Linha 2, tudo “pra Olimpíada” conforme o alcaide apregoava em meio a mentiras por ele assumidas. A seguir, nossas considerações a respeito, links para as postagens de 2022. Urbe CaRioca O recente anúncio do projeto do VLT Zona Sul, apresentado pela Prefeitura do Rio de Janeiro,(Leia mais)

Turismo no Jardim de Alah

Um encontro urbano-carioca ao acaso Era um pequeno grupo formado por apenas seis pessoas. O idioma, outro, ainda por adivinhar, dada a distância entre nós. Nada de extraordinário diante das vozes ouvidas diariamente nos bairros Ipanema e Leblon, em especial nos dias quentes ou com a temperatura amena, quando essa parte da Cidade do Rio de Janeiro tem se tornado a Babel do século XXI. Se predomina o agradável espanhol dos “Hermanos”, corados, envoltos em cangas, à procura do inverno em terras cariocas – e das boas compras, hoje com “mucha plata” – há muito espaço para os demais: inglês, francês, italiano, alemão, e sons guturais, menos familiares, do leste europeu. Caminhávamos na mesma direção, eles à minha frente, com passos lentos, enquanto admiravam o céu azul e limpo. Estávamos na Praça Almirante Saldanha da Gama, quase esquina da Avenida(Leia mais)