
A calmaria no lago que ficava ao Norte do bosque era incomum. A algazarra dos bichos desaparecera. Pássaros não trinavam, sapos sem coaxar, abelhas sem zoar, zumbido sumido. Faltava o canto dos cisnes, o som metálico, ora rouco, ora agudo, melancolia ou felicidade? A gritaria do bando incomodava o resto da bicharada. Naquele dia, só silêncio. Patos que dormiam embalados pelo canto dos cisnes, habituados à baderna diária, acordaram assustados com a ausência ensurdecedora entrando pelos ouvidos sem pedir licença. Havia algo errado. Procuraram o guardião do bosque, um lobo que fora mau. Convertido e vegetariano, o algoz era agora protetor dos animais. Nada a temer de garras e dentes antes mortais. O mistério alimentou a curiosidade. O grupo crescia a cada passo rumo ao lago guiado pelo amigo lobo à frente da caravana. Encontraram os cisnes perto da área(Leia mais)










