CAMPO DE GOLFE: MUITO ALÉM DE CAPIVARAS E TACADAS

Área suprimida do Parque Municipal Ecológico Marapendi Mesmo com os Jogos Olímpicos em curso as reportagens sobre o caso do Campo de Golfe construído sobre parte de um parque ecológico – o Parque Municipal Ecológico Marapendi – e em evidente conflito com a proteção do Meio Ambiente, continuaram a repercutir nos meios de comunicação internacional. A beleza do espaço, a curiosidade sobre capivaras, corujas, preguiças, jacarés, e as muitas tacadas olímpicas e certeiras não foram suficientes para apagar a estranha história da modalidade que não estava prevista quando da candidatura do Rio de Janeiro a sediar o evento. O título da vasta matéria publicada ontem, 17/08, pelo site Vice Sports é direto e categórico: RIO DIDN’T NEED AN OLYMPIC GOLF COURSE, BUT THEY BUILT ONE ANYWAY. Em tradução livre: O Rio não precisava de um campo de golfe olímpico, mas,(Leia mais)

O CAMPO DE GOLFE E AS CAPIVARAS!

Urbe CaRioca, 2012 O blog Urbe CaRioca não podia deixar de comentar as notícias do último fim-de-semana sobre o Campo de Golfe ‘olímpico’, isto é, o campo de golfe que serve aos Jogos Olímpicos 2016, ainda em curso. O blog afirmou que as capivaras do Parque Municipal Ecológico Marapendi – seccionado e mutilado para construção de um empreendimento imobiliário sob o véu da alegada necessidade olímpica – seriam expulsas do seu habitat natural, encontrando muros divisórios que impediriam o ir e vir ao qual estavam acostumadas. Eis que houve uma surpresa! Não apenas os roedores gorduchos procuraram seu antigo espaço como entraram no campo – “Capivaras viram celebridades em jogos de golfe da Rio 2016” (Jornal O Dia, 12/08/2016) – para conquistar público e atletas, fora um ou outro estranhamento. No dia seguinte outros bichos fizeram companhia às novas amigas(Leia mais)

OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA – OUC DAS VARGENS É ILEGAL, de Canagé Vilhena

UMA FEROZ ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA – O Globo, 2013 A chamada Região das Vargens tem sido assunto recorrente neste blog desde a criação do Urbe CaRioca, em abril/2012, inclusive com referência a artigos publicados anteriormente em outras mídias a partir do projeto de lei que levou à vigência do Projeto de Estruturação Urbana – PEU Vargens, em 2009. Como também se sabe, a área – composta pelos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim e parte dos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca e Jacarepaguá, nas XVI e XXIV Regiões Administrativas – está “congelada” desde novembro/2013, isto é, ‘o licenciamento de demolição, construção, acréscimo ou modificação, parcelamento do solo ou abertura de logradouro’ está suspenso até que uma nova lei urbanística seja aprovada. Note-se que a suspensão não atingiu empreendimentos ligados direta ou indiretamente aos Jogos Olímpicos, por exemplo,(Leia mais)

PARQUE MUNICIPAL ECOLÓGICO MARAPENDI: DO NASCIMENTO AO CAMPO DE GOLFE MUTILADOR

ou, A vingança do Parque Municipal Ecológico Marapendi     É da década de 1930 a primeira proposta para preservação ambiental do entorno da Lagoa de Marapendi, concretizada em 1959 com a criação da Reserva Biológica de Jacarepaguá. Desde então a área que envolve a Lagoa de Marapendi, no bairro da Barra da Tijuca, XXIV Região Administrativa, parte da chamada Baixada de Jacarepaguá, na Cidade do Rio de Janeiro, sofreu modificações, tanto na sua nomenclatura quanto fisicamente. Neste aspecto, fora o entorno da Lagoa de Jacarepaguá, a alteração mais significativa foi a redução de cerca de 450.000,00m² para que o terreno abrigasse um Campo de Golfe dito “olímpico”, junto com a eliminação do trecho respectivo da avenida parque projetada por Lucio Costa – o único que faltava para completar a atual Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso. Nas últimas semanas alguns jogadores(Leia mais)

HOTÉIS – UM ESPIGÃO EM COPACABANA

Foto de leitor publicada na coluna Gente Boa do jornal O Globo em 20,/11/2015 As benesses urbanísticas e fiscais para o mercado imobiliário voltado para a construção de hotéis têm sido tratadas neste blog  desde setembro/2012, quando analisamos o caso do Hotel Nacional.  Em 03/12/2015 publicamos HOTÉIS “PRA OLIMPÍADA” – SEM SURPRESAS,post ilustrado com a foto de um edifício em construção adiantada – estrutura concluída e alvenaria em fase final. Tratava-se de um hotel, em Copacabana, mencionado em nota na coluna do jornalista Ancelmo Góis (O Globo, 20/11/2015). Como constou na abertura do post: “Quanto ao futuro das construções gravadas com o uso eterno de hotel, só o futuro dirá. Dizem que eterno só Deus. No Rio de Janeiro, Deus tem concorrentes: os hotéis erguidos com as benesses olímpicas” – Trecho de DEMOLIÇÕES4 – CASA DE PEDRA, PACOTE OLÍMPICO 1, HOTÉIS E(Leia mais)

REGIÃO DAS VARGENS – REUNIÃO AMANHÃ, DIA 21/05/2016

Imagem: Filme de animação Up – Altas Aventuras Como vem sendo noticiado pela grande imprensa, a Prefeitura elaborou proposta para uma nova lei urbanística (uso e ocupação do solo) para parte da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro conhecida como Região das Vargens. As licenças para novas construções estão suspensas naqueles bairros há alguns anos – Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim, e parte da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes – com exceção das obras ligadas direta ou indiretamente aos Jogos Olímpicos 2016. A proposta consiste em criar uma Operação Urbana Consorciada, nos moldes do que ocorreu na Zona Portuária, segundo o noticiário.  Já divulgamos várias análises e artigos sobre esta região desde a criação do blog, com respeito à edição do polêmico PEU Vargens, a lei de 2009. Recentemente publicamos mais um artigo de Canage(Leia mais)

O CAMPO DE GOLFE NASCEU. O PARQUE ECOLÓGICO MORREU.

E A PALAVRA DO PERITO, EM TEMPOS DE “TUDO É PRA OLIMPÍADA“ Em 2005. O Campo de Golfe dito Olímpico – a moeda de muitas faces – foi palco de um evento-teste ontem. A notícia estampada no Caderno de Esportes do jornal O Globo de hoje informa que “o trânsito de pessoas sobre a restinga e outras áreas proibidas ocorreu durante toda a disputa”. O título – nos entenderá o jornalista se tiver acompanhado o caso no Campo de Golfe desde o início – beira o ridículo: ‘Favor pisar apenas na área permitida’, reportagem para a qual não encontramos o link respectivo. Outra notícia está no Jornal Folha de São Paulo: ‘Sem astros e público, evento-teste de golfe estreia campo da Rio-2016’. Mais completa, faz uma retrospectiva sobre as polêmicas que envolveram a obra, e não comenta os passos dados fora do(Leia mais)

VENDO O RIO, VERSÃO 2016 – PARTE 2

Com um comentário de Roberto Anderson, e mapas dos terrenos à venda Imagem divulgada na rede FB em 28/02/2016 Em VENDO O RIO, VERSÃO 2016 comentamos que a “Prefeitura quer colocar à venda quinze imóveis do município”, por medida de economia, conforme  noticiário do último sábado. O Projeto de Lei nº 1710/2016 que ‘AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA’, de autoria do Poder Executivo, está disponível no site da Câmara de Vereadores. Em relação aos imóveis tombados situados no bairro da Gamboa, atrás do conjunto Cidade do Samba, transcrevemos o comentário do arquiteto Roberto Anderson, um defensor do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro: GALPÕES DA GAMBOA À VENDA Dois galpões situados no bairro da Gamboa, Zona Portuária da cidade, remanescentes dos três que existiam no antigo Pátio Ferroviário da Marítima, estão à venda pela Prefeitura. É impossível(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – NOVEMBRO 2015

Canagé Vilhena Em NOVEMBRO várias postagens tiveram grande repercussão, em especial METRÔ, LINHA 2 – UMA VISITA À ESTAÇÃO CARIOCA, ADEUS, CINEMA LEBLON!, e AS ÁRVORES E O BURGOMESTRE LENHADOR, este uma fábula urbano-carioca que alude ao atual presidente do C40 e suas ações voltadas para o Meio Ambiente na Cidade do Rio de Janeiro. O Campo de Golfe voltou a estas páginas virtuais acompanhado de um prognóstico incrível. A Roda-Gigante mais uma vez assombra a paisagem do Rio. Preciosos achados foram, infelizmente, perdidos devido à pequenez dos gestores públicos, causando tristeza e indignação. Agradecemos a Felipe Pires pelo envio de O RIO DE JANEIRO E O PLANEJAMENTO URBANO MERCADOLÓGICO, a Carla Crocchi pelo poético e certeiro A RODA GIGANTE E O PÉ DE FEIJÃO, e a Sonia Rabello e Mario Moscatelli que gentilmente autorizaram a reprodução de textos muito importantes.(Leia mais)

ZONA PORTUÁRIA – FALTA HABITAÇÃO, FALTAM PROJETOS, SOBRAM CEPACS

Em 2011, a advogada e professora Sonia Rabello escreveu ‘Índices Construtivos Públicos Serão Mercadorias Monopolizadas’ e questionou a compra das CEPACS em ‘Negócios no Porto Maravilha: Publicizando os Riscos’. Em 22/10/2012 a imprensa informou que não houve muito interesse pelas CEPACs. Neste Blog, demos destaque para o caso do Banco Central, cuja lei especial foi aprovada posteriormente à divulgação do texto. Trecho de ARTIGOS: ZONA PORTUÁRIA – OUTROS PONTOS DE VISTA Zona Portuária – gabaritos de altura conforme Lei Complementar nº 101/2009 Na visão da Newsletter Ex-Blog “o projeto imobiliário do Porto Maravilha, depois de seis anos, está sendo um enorme fracasso”, o que é de se lamentar. Análises sobre o projeto para a chamada revitalização da Área Portuária foram objeto de diversas postagens neste blog, por exemplo em ARTIGOS: ZONA PORTUÁRIA – OUTROS PONTOS DE VISTA, em 01/11/2012, em A ERA JK ESTÁ DE VOLTA… NA ZONA(Leia mais)

Adeus, Cinema Leblon !

Cinema Leblon. Sem letreiro. Sem filme. Foto: Urbe CaRioca, 16/11/2015 O Cinema Leblon, como existe desde 1951, não haverá mais. A construção protegida pela primeira Área de Proteção do Patrimônio Cultural da Zona Zul do Rio de Janeiro, a APAC – Leblon, foi “destombada” pelo Prefeito do Rio, em ação oposta a uma das promessas de campanha: manter as APACs. Um grave precedente.   É verdade que tombamento e preservação não garantem a permanência de atividades comerciais. Mas também é inegável que a manutenção das edificações permite que outras medidas colaborem para a longevidade daquelas ou de usos similares. Coluna Gente Boa 18/11/2015 Cine Leblon fecha as portas para obras que começam em janeiro (…) As obras do novo complexo — que prevê a construção de um edifício de seis andares, três salas de cinema, livraria e restaurante — começam(Leia mais)

CAMPO DE GOLFE: O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL E UM PROGNÓSTICO INCRÍVEL

Área retirada do Parque Municipal Ecológico Marapendi, reserva ambiental integrante da Área de Proteção Ambiental Marapendi, para a construção de um Campo de Golfe: aproximadamente 450.000,00 m², ou, 45 ha.  Nessa medida está incluída a parte de 58.000,00 m² doada ao antigo Estado da Guanabara, portanto área pública e pertencente ao Parque. O restante seria obrigação do empreendedor dos condomínios Riserva também passar para a propriedade do município como parte do processo de licenciamento para construir, obrigação que, junto com a construção da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, foi dispensada: outra benesse urbanística prejudicial à cidade com a qual proprietários do terreno e construtores foram agraciados, entre outros favores. A notícia publicada no Globo Esporte hoje poderia ser alvissareira. Entretanto, não cremos na hipótese apontada no subtítulo da manchete: MP pede perícia em campo de golfe, que pode acabar depois dos Jogos Ministério Público(Leia mais)