Artigo: NÃO HÁ LUGAR PARA JOGADAS, de Sérgio Magalhães

O arquiteto, que foi Secretário Municipal de Habitação na Cidade do Rio de Janeiro e Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, traça um panorama sobre o quadro de violência que vivemos no país, questiona o papel do Estado – sua ausência, presença excessiva, e delegações indevidas – e aponta como tais desequilíbrios se refletem no planejamento do território e das cidades. Em suas palavras, o “germe da violência urbana de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século passado. O país errou muito”. O artigo reproduzido abaixo foi publicado no jornal O Globo no último sábado, dia 24/03/2018. Vale a reflexão. Boa leitura. Urbe CaRioca   Não há lugar para jogadas Sérgio Ferraz Magalhães  Importante germe da violência de hoje está no modo como a questão urbana foi tratada desde meados do século(Leia mais)

Intervenção federal no Rio de Janeiro – análise de César Maia

VOLTA AMPLA DO POLICIAMENTO OSTENSIVO JUSTIFICARIA A INTERVENÇÃO NA SEGURANÇA DO RIO! Discurso do Vereador Cesar Maia na Câmara Municipal do Rio em 21/02/2018. 1. A decisão tomada pelo Governo Federal de intervenção na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro foi uma decisão inevitável. Inevitável pelos erros sequenciais que as administrações anteriores, desde 2007 até os dias de hoje, adotaram na segurança pública: quando o então Secretário José Mariano Beltrame, responsável por essa situação, entra e decide concentrar as forças de segurança nas UPPs e basicamente eliminar o policiamento ostensivo. 2. Não se viam mais policiais militares nas ruas, nas praças. Isso desde 2008, aproximadamente. O policiamento ostensivo é a coluna vertebral da segurança pública. É uma subfunção básica. Outras existem, mas sem policiamento ostensivo essas outras funcionam insuficientemente. 3. Eu conheci dois países, Cingapura e Cuba (Havana),(Leia mais)

De volta à Urbe CaRioca – Um Quadro e o Carnaval

Andréa Albuquerque G. Redondo Depois de uma temporada fora do Rio de Janeiro devido a questões pessoais, volto à minha querida cidade natal. Gostaria de não escrever sobre a violência crescente, assunto constante em todos os noticiários, sabido e conhecido aqui e além-mar. Mesmo envolvida com compromissos familiares, pude acompanhar os acontecimentos graças à magia da internet. Melhor evitasse. Dizem que “o que os olhos não veem o coração não sente”, verdade que, infelizmente, não esconde a verdade que massacra o carioca sem dó, psicológica e literalmente: perda de vidas sem distinção de gênero, idade, profissão, classe social – adultos, crianças, nenéns… O que nos resta além de rezar? Só medo, tal é a impotência diante de quadro que fica mais tenebroso a cada dia, o Retrato de Dorian Gray do Século XXI. Se, de longe, os vários eventos por(Leia mais)

PRINCIPAIS BENS HISTÓRICOS ABANDONADOS OU FECHADOS NO RIO DE JANEIRO, de Cláudio Prado de Mello

O arqueólogo e incansável defensor do patrimônio cultural elaborou trabalho detalhado, cujo título acima é autoexplicativo. Esperamos que o esforço seja recompensado com as providências do poder público em prol do resgate e manutenção de conjunto com tamanha importância para a memória urbana e histórica do Rio de Janeiro – Cidade e Estado. Urbe CaRioca  PRINCIPAIS BENS HISTÓRICOS ABANDONADOS OU FECHADOS NO RIO DE JANEIRO O Patrimônio Edificado é o símbolo de uma Sociedade.  Em um mundo globalizado no qual a arquitetura, os comportamentos, as vestimentas, os gestos, e tudo mais caminham para uma massificação e planificação… O único traço que consegue manter a IDENTIDADE e os traços de uma dada cultura ou sociedade são as formas de seu Passado, que podem ser vistas nos museus públicos, nas coleções particulares, nos guardados familiares e nas edificações que conseguem manter-se apesar(Leia mais)

MAIS SOBRE A MEDIDA PROVISÓRIA DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA – MP 759/2016

A MP 759/2016 – atualmente denominada Projeto de Lei de Conversão 12/2017 – foi objeto do artigo SOBRE A MEDIDA PROVISÓRIA – MPV DO “DIREITO DE LAJE” OU DE “SOBRELEVAÇÃO”, de Canagé Vilhena, neste blog, em 28/12/2016. Trata-se da proposta que“Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal, institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União, e dá outras providências”. No artigo citado Canagé Vilhena destacou que “a imprensa destacou o reconhecimento do direito de um possuidor de edificação em favela negociar (via transação de compra e venda) a ocupação do seu espaço aéreo para construção sobre sua cobertura de concreto, apelidando, por isso, a MPV 759/206 de Medida Provisória do Direito de(Leia mais)

SOBRE A MEDIDA PROVISÓRIA – MPV DO “DIREITO DE LAJE” OU DE “SOBRELEVAÇÃO”, de Canagé Vilhena

No último dia 22 foi editada, pelo Presidente da República, a Medida Provisória MPV 759/2016 que “Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal, institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União, e dá outras providências”. A nova lei foi apresentada pela grande imprensa* preliminarmente, conforme manchetes, como a possibilidade de regularizar imóveis, incluído o que foi chamado de “Direito de Laje”, isto é, a previsão para comercialização do espaço aéreo sobre o imóvel existente com vistas à construção de novas unidades. A norma, no entanto, por extensa e abrangente não se resume a esse aspecto. O arquiteto Canagé Vilhena analisa e detalha a MPV em questão no artigo abaixo, e aponta ações(Leia mais)

O BLOG FAZ UMA PAUSA

O blog Urbe CaRioca faz uma pausa para poder acompanhar os acontecimentos nacionais. O que interessa ao Brasil interessa à urbe carioca. Em breve, novas postagens. Assuntos na pauta: Metrô do Rio de Janeiro, Hotel Glória, e o Campo de Golfe dito Olímpico – a moeda de muitas faces.Enquanto isso, há muito o que explorar no blog. Por exemplo, o que aconteceu em Novembro, Dezembro e Janeiro passados. Boa leitura. www.urbecarioca.blogspot.com.br Urbe CaRioca

O MUSEU DO AMANHÃ CHEGOU À PRAÇA MAUÁ

Clique no link abaixo para saber como tudo se passou desde que seu primo-irmão Guggenheim, pretendente a ocupar o mesmo lugar, foi vetado. Urbe CaRioca: Guggenheim, Cidade da Música e Museu do Amanhã, dois pesos e duas medidas  No post Guggenheim, Cidade da Música e Museu do Amanhã, um Post.zitivo com ressalvas… Crédito: Blog Panrotas, foto de Carla Lencastre O artigo é de novembro/2012 e explica, por exemplo, que o Píer Mauá não foi liberado pelo governo federal anteriormente para que a Prefeitura do Rio desse ao espaço outro aproveitamento, com projeto do renomado arquiteto francês Jean Nouvel. Na postagem citada há referência a texto publicado alguns dias antes informando sobre a incoerência de manter a obra da então Cidade da Música paralisada, motivo para perda de recursos públicos, enquanto se tratava da construção de um novo museu na Zona(Leia mais)

Sonia Rabello – OBRAS PÚBLICAS INACABADAS SÃO IMPREVISIBILIDADES PLANEJADAS: BANCO CENTRAL E UFRJ

METROS QUADRADOS BORBULHAM, ouA DONA DE CASA SABE MAISOutro exemplo prova que a lei não poderá ser aplicada:o volume maior escapa dos limites do volume menor.A dona de casa sabe o que os vereadores não sabem.Ilustração de Nelson Polzin, criada em 2012 especialmente para o artigo sobre o novo gabarito do Banco Central. A notícia sobre a paralisação de diversas obras federais (O Globo 30/03/2015) e o artigo de Sonia Rabello a respeito publicado em seu site no mesmo dia nos remetem a um posts de junho/2012, quando comentamos que estava em vias de ser aprovada uma nova lei urbanística que mudaria – pela segunda vez em pouco tempo – os parâmetros construtivos para o terreno onde seria construída a nova sede do Banco Central, mudança que desconsiderou – de novo – os critérios para edificar fixados antes pela norma(Leia mais)

PARA REGISTRO – QUEM SE LEMBRA DO VELÓDROMO DO RIO?

VELÓDROMO DO RIO PARA OS JOGOS PAN-AMERICANOS 2007 e CENTRO DE TREINAMENTODE GINÁSTICA OLÍMPICA: DEMOLIDOGlobo on line O Velódromo do Rio construído para os Jogos Pan-Americanos 2007 com dinheiro público. Projeto de arquiteto ‘expert’ no assunto, pista de madeira importada especialíssima, legado do Pan para treinamento de ciclistas e incentivo ao esporte conforme amplamente divulgado: equipamento de primeiro mundo. Usado assim foi, de fato, durante algum tempo. O centro da pista recebeu equipamentos de ponta onde treinavam atletas da ginástica olímpica, dando-se mais um uso importante ao espaço. Para os Jogos Olímpicos, no entanto, inexplicavelmente, não serviu. Foi rejeitado, desmontado, demolido, colocada toda a culpa, pelos cartolas, nas duas pobres colunas que sustentavam a cara cobertura. Talvez por coincidência, o projeto do Parque Olímpico tenha previsto outra ocupação para aquele espaço pronto e em funcionamento. Ou tenha sido decisão prévia(Leia mais)

Artigo: VITÓRIA! O MONSTRO DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA TERÁ DE OBTER TODAS AS LICENÇAS MUNICIPAIS, de Alfredo Piragibe

As postagens sobre o que chamamos de o ‘Elefante’ das Paineiras, tiveram grande repercussão neste blog e nas redes sociais. A primeira,  COMPLEXO PAINEIRAS, O ELEFANTE SUBIU O MORRO – é de agosto/2013. A mais recente foi O DIA DA TERRA, A FLORESTA DA TIJUCA E AS PAINEIRAS, em abril deste ano. Para quem não conhece os fatos, trata-se de projeto para construção de uma estação de transbordo, estacionamento para 395 vagas, centro de convenções para 400 pessoas, restaurantes e lojas, no local onde funcionou o antigo Hotel Paineiras, na Floresta da Tijuca. Através do artigo de Alfredo Piragibe – originalmente publicado em sua página na web e reproduzido abaixo – ontem tivemos notícia sobre o pronunciamento da Prefeitura em relação a caber “a observância das exigências legais em vigor relativas ao uso e ocupação da área em questão” em(Leia mais)

SEMANA SANTA, PENSAMENTOS, PALAVRAS E OBRAS

CrôniCaRioca CRISTO REDENTORRio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil Há um ano contei que a Semana Santa da família era sempre passada em Petrópolis. Neste ano de 2014 fuji à regra. As terras cariocas me chamaram. Não foi a única mudança. Invariavelmente chove na Sexta-feira da Paixão. Hoje o céu do Rio de Janeiro está azul, límpido, daquela cor que o Criador escolheu para a minha cidade quando estava colorindo o mundo, sim, porque o Caos devia ser Preto e Branco com tons acinzentados e só depois de tudo pronto e organizado foi que Ele, certamente, escolheu o restante das cores. Pois hoje o céu está azul-celeste, com uma névoa discreta que não compromete. Temperatura amena, brisa… Menos buzinas e engarrafamentos… Dá para apreciar a cidade melhor… A natureza que sobrou entre os volumes de concreto, ou afastada deles –(Leia mais)