ILHA PURA: NEM É ILHA NEM É PURA

De nada adiantaram os esforços de arquitetos e urbanistas, entre outros profissionais e interessados pelas questões urbanas do Rio de Janeiro, para que a obrigação de fornecer acomodações aos atletas olímpicos – a chamada Vila dos Atletas – fosse transformada em oportunidade para criar novas unidades habitacionais destinadas às classes menos abastadas da população, e reduzir o déficit habitacional permanente que colabora para o aumento de construções irregulares em toda a cidade, inclusive em áreas de risco.   Do mesmo modo, de nada adiantaram os esforços para que construir equipamentos olímpicos, a referida Vila dos Atletas e a Vila de Árbitros e Mídia, colaborasse para a reurbanização de áreas degradadas, servindo como polo de atração para novos investimentos. Ao contrário, as vilas e a maioria dos equipamentos foram erguidos em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, região do Rio de(Leia mais)

CARTEL DE OBRAS E MINISTÉRIO PÚBLICO*, de Luiz Alfredo Salomão e Antonio Carlos Barbosa

*Publicado originalmente no Jornal O GloboNOTA: O mesmo jornal publica hoje – MP quer explicação sobre pagamentos indevidos em obra do Maracanã Praça Mauá e Museu do Amanhã, Rio de JaneiroInternet – Flickr O Prefeito do Rio afirmou que “as contas da cidade vão bem, a crise não afeta os Jogos”, e a Newsletter Ex-Blog apresentou outra visão sobre o tema, assuntos comentados na apresentação do post METRÔ, TRENS, BRT, VLT, BARCAS E CICLOVIAS – “RESUMÃO” SOBRE A MOBILIDADE URBANA NO RIO, de Atilio Flegner. Ontem o Jornal O Globo publicou artigo de autoria de Luiz Alfredo Salomão – diretor da Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental – e Antonio Carlos Barbosa – engenheiro mecânico e economista. Segundo os autores, As diversas PPPs celebradas com as empreiteiras, que cartelizaram as grandes obras públicas na cidade, são uma ameaça perigosa. Não obstante(Leia mais)

METRÔ, TRENS, BRT, VLT, BARCAS E CICLOVIAS – “RESUMÃO” SOBRE A MOBILIDADE URBANA NO RIO, de Atilio Flegner

ATUALIZAÇÃO, 21/06/2016, 22h30minA grande imprensa noticiou que a União autorizou o repasse de R$2,9 bilhões ao Estado do Rio de Janeiro, destinados a despesas exclusivamente com segurança pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos na capital do Estado, a Cidade do Rio de Janeiro. Portanto, a esperada verba para a conclusão da obra do Metrô virá de forma indireta se o governo estadual fizer remanejamento de recursos que seja do seu interesse, por exemplo, para a chamada Linha 4. PARA LER A NOTÍCIA NA ÍNTEGRA  “Primeiro VLT do Rio de Janeiro, nos anos 1980. O pré metrô da Linha 2. Hoje os carros estão apodrecendo bem em frente a prefeitura do Rio.” – Atilio Flegner Nas últimas semanas os problemas com a chamada Linha 4 do Metrô (em verdade um prolongamento da Linha 1 até a Gávea e, apenas a partir(Leia mais)

HOTÉIS “PRA OLIMPÍADA” E “HABITE-SE” – PRAZOS A MAIS, QUARTOS A MENOS

Hotéis “Pra Olimpíada”: mais uma vez, sem surpresas. A menos de dois meses dos Jogos, a realidade comprova a tese deste blog: as inúmeras benesses urbanísticas e isenções de impostos e taxas – que significaram área de construção e andares a mais, área livre dos terrenos menor, e menos recursos para o Tesouro Municipal – certamente eram desnecessárias. Vários hotéis não foram concluídos ou apenas parte dos quartos ficará disponível durante as Olimpíadas.Portanto, o “habite-se” obrigatório até 31/12/2015 não se concretizou, embora muito concreto a mais tenha sido permitido pelas leis benevolentes. Inacreditavelmente, novas leis benevolentes foram sancionadas. A Lei Complementar n° 163, de 06 de maio de 2016 e o Decreto Rio nº 41761 de 25 de maio de 2016 introduziram (1) a absolvição por obrigações não cumpridas – ou as taxas e impostos teriam que ser devolvidas aos(Leia mais)

AREIAS DE COPA – O TRAMBOLHO, AS OLIMPÍADAS, O MAR, E A RESSACA

 Atualização em 13/06/2016, 13h43min: Reportagem no jornal O Globo, hoje, informa que o trecho da ciclovia construído na Avenida Niemeyer, destruído pelas ondas no último dia 21/04, será reconstruído com reforço estrutural e ancoragem. Ainda não há notícias sobre a segurança do restante da obra, que vai do Leblon à Barra da Tijuca.  Atualização em 14/06/2016, 14h14min: Ontem à tarde o Prefeito do Rio concedeu entrevista sobre a ciclovia. Conforme noticiado, o trecho não afetado ainda passará por vistoria estrutural.Atualização em 14/06/2016, 18h15min: Ontem à noite foi noticiado – “Oceanógrafos advertem que Torre de TV está em área de risco“.______________________________________________________________________________________ Este blog havia se manifestado contrariamente à construção, nas areias de Copacabana, de uma estrutura provisória consistindo em um prédio com altura equivalente a cerca de quatro andares, para instalação de estúdios de televisão que funcionarão durante os Jogos Olímpicos(Leia mais)

HOTÉIS – UM ESPIGÃO EM COPACABANA

Foto de leitor publicada na coluna Gente Boa do jornal O Globo em 20,/11/2015 As benesses urbanísticas e fiscais para o mercado imobiliário voltado para a construção de hotéis têm sido tratadas neste blog  desde setembro/2012, quando analisamos o caso do Hotel Nacional.  Em 03/12/2015 publicamos HOTÉIS “PRA OLIMPÍADA” – SEM SURPRESAS,post ilustrado com a foto de um edifício em construção adiantada – estrutura concluída e alvenaria em fase final. Tratava-se de um hotel, em Copacabana, mencionado em nota na coluna do jornalista Ancelmo Góis (O Globo, 20/11/2015). Como constou na abertura do post: “Quanto ao futuro das construções gravadas com o uso eterno de hotel, só o futuro dirá. Dizem que eterno só Deus. No Rio de Janeiro, Deus tem concorrentes: os hotéis erguidos com as benesses olímpicas” – Trecho de DEMOLIÇÕES4 – CASA DE PEDRA, PACOTE OLÍMPICO 1, HOTÉIS E(Leia mais)

O FANTASMA DO VELÓDROMO E OS LEGADOS OLÍMPICOS

Os tão anunciados legados, bons legados se provarão no futuro.   Por enquanto, na visão deste blog, legado, de fato, foram demolição do Elevado da Perimetral e a reconquista da orla antes empachada pelo monstrengo (observação: aqui não se entra no mérito de prioridades, discricionariedade, gastos, e questões técnicas sobre transportes, trânsito e mobilidade urbana). Com esses legados ganhamos um questionável projeto de urbanização na ‘retroárea’ do Porto do Rio baseado em leis que permitem torres de até 50 andares, não previram moradia, concederam isenções tributárias. Posteriormente, permitiu-se a construção de quitinetes sob a falsa premissa de incentivar a produção de habitação popular. Era necessário receber uma Olimpíada para demolir a Perimetral e urbanizar a orla? Claro que não. Bastariam um bom projeto de urbanização com reserva de terrenos para moradia, recursos, e que os governantes agissem como verdadeiros estadistas.   O(Leia mais)

SOBRE O VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS E OS PÉS-DE-MOLEQUE QUE SOBRARAM

UtilitáRio Atualização em 25/05/2015 Acrescentamos um segundo mapa com o traçado de VLT atualizado, conforme esclareceu o leitor Ricardo Lafayette, a quem agradecemos: “A linha que passava ao largo do pátio (da Supervia) de São Diogo, não mais será construído. Uma pena, pois ligaria a Central do Brasil à Leopoldina, margeando os trilhos da Supervia. O segundo trecho alterado foi a ligação Praça XV – Aeroporto Santos Dumont que não mais será feita pelo impasse entre Prefeitura e III COMAR, já que haveria necessidade de um recuo nos limites do muro do III COMAR, e isso não foi permitido. A solução foi o prolongamento da linha que vai até a Cinelândia, passando esta agora a ir até o aeroporto Santos Dumont”. Internet Mapa atualizado – site da Prefeitura em 25/05/2016 Cariocas e visitantes, muita atenção! Reportagem publicada no jornal O(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – MARÇO 2016

Freguesias do Rio de Janeiro Século XIXMapa cedido pela Professora Cleia Schiavo   Em MARÇO o blog fez uma ligeira pausa, Cleydson Garcia escreveu sobre a Fazenda Botafogo e reproduzimos ótimo artigo de Julia Michels. O Passeio Público esteve na berlinda. O caso do Campo de Golfe dito ‘olímpico’, assíduo frequentador destas páginas virtuais, voltou devido à sua inauguração, não obstante as inúmeras polêmicas causadas pela construção que eliminou parte de um parque ecológico e de uma importante avenida. Relembramos o finado Velódromo do Rio. E outros assuntos igualmente recorrentes foram mais uma vez comentados: METRÔ, VLT, HOTEL GLÓRIA, PAINEIRAS, ESTÁDIO DE REMO, e CLUBE FLAMENGO. Boa leitura. Urbe CaRioca     MARÇO 2016 CASO DA FAZENDA BOTAFOGO – CRIME AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, de Cleydson Garcia DESOCUPAÇÃO DO JARDIM BOTÂNICO – NOVOS CAPÍTULOS VELÓDROMO? SÓ NOS JOGOS OLÍMPICOS. PASSEIO PÚBLICO(Leia mais)

REGIÃO DAS VARGENS: PEU PARA QUÊ? de Canagé Vilhena

Perguntas à espera de respostas Internet O autor tem acompanhado de perto as modificações urbanísticas ocorridas nos últimos anos nos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim e partes da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes, área da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro que ficou conhecida como Região das Vargens. A Lei Complementar nº 104/2009, o conhecido Projeto de Estruturação Urbana – PEU dos bairros citados, nas XXIV e XVI Regiões Administrativas, mudou os índices construtivos daquela região – significativamente para maior, como é usual – em especial para a área do antigo Autódromo do Rio, transformado em um Parque Olímpico com a previsão de dezenas de novos edifícios com gabaritos “nas alturas”, e no trecho que recebeu os condomínios onde funcionará temporariamente a Vila dos Atletas dos Jogos Olímpicos 2016. Mas, as licenças de(Leia mais)

PEU VARGENS E PLC nº 140/2015 – AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Internet O artigo O PLC nº 140/2015 – MAIS UM PEU PARA AS VARGENS, de Canagé Vilhena, publicada neste blog em 29 de janeiro passado voltou às postagens mais lidas nas últimas semanas. A primeira parte do texto afirma: “MAIS UM PEU PARA AS VARGENS – PARTE I A Prefeitura do Rio vai aprovar ao que tudo indica, por maioria absoluta, mais uma versão para o PEU DAS VARGENS, o PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR – PLC 140 de 21/12/2015, que “Institui a Operação Urbana Consorciada da Região das Vargens e o Plano De Estruturação Urbana de Vargens, define normas de aplicação de instrumentos de gestão do uso e ocupação do solo e dá outras providências”. Não bastaram as análises criticas em estudos científicos produzidos por centros universitários (PUC, UFRJ) para convencer a Prefeitura do Rio, e seu corpo técnico, de que a(Leia mais)