O CAMPO DE GOLFE NASCEU. O PARQUE ECOLÓGICO MORREU.

E A PALAVRA DO PERITO, EM TEMPOS DE “TUDO É PRA OLIMPÍADA“ Em 2005. O Campo de Golfe dito Olímpico – a moeda de muitas faces – foi palco de um evento-teste ontem. A notícia estampada no Caderno de Esportes do jornal O Globo de hoje informa que “o trânsito de pessoas sobre a restinga e outras áreas proibidas ocorreu durante toda a disputa”. O título – nos entenderá o jornalista se tiver acompanhado o caso no Campo de Golfe desde o início – beira o ridículo: ‘Favor pisar apenas na área permitida’, reportagem para a qual não encontramos o link respectivo. Outra notícia está no Jornal Folha de São Paulo: ‘Sem astros e público, evento-teste de golfe estreia campo da Rio-2016’. Mais completa, faz uma retrospectiva sobre as polêmicas que envolveram a obra, e não comenta os passos dados fora do(Leia mais)

VENDO O RIO, VERSÃO 2016 – PARTE 2

Com um comentário de Roberto Anderson, e mapas dos terrenos à venda Em VENDO O RIO, VERSÃO 2016 comentamos que a “Prefeitura quer colocar à venda quinze imóveis do município”, por medida de economia, conforme  noticiário do último sábado. O Projeto de Lei nº 1710/2016 que ‘AUTORIZA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS DO PATRIMÔNIO MUNICIPAL QUE MENCIONA’, de autoria do Poder Executivo, está disponível no site da Câmara de Vereadores. Em relação aos imóveis tombados situados no bairro da Gamboa, atrás do conjunto Cidade do Samba, transcrevemos o comentário do arquiteto Roberto Anderson, um defensor do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro:   GALPÕES DA GAMBOA À VENDA   Dois galpões situados no bairro da Gamboa, Zona Portuária da cidade, remanescentes dos três que existiam no antigo Pátio Ferroviário da Marítima, estão à venda pela Prefeitura.   É impossível compreender essa decisão do(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – NOVEMBRO 2015

Canagé Vilhena Em NOVEMBRO várias postagens tiveram grande repercussão, em especial METRÔ, LINHA 2 – UMA VISITA À ESTAÇÃO CARIOCA, ADEUS, CINEMA LEBLON!, e AS ÁRVORES E O BURGOMESTRE LENHADOR, este uma fábula urbano-carioca que alude ao atual presidente do C40 e suas ações voltadas para o Meio Ambiente na Cidade do Rio de Janeiro. O Campo de Golfe voltou a estas páginas virtuais acompanhado de um prognóstico incrível. A Roda-Gigante mais uma vez assombra a paisagem do Rio. Preciosos achados foram, infelizmente, perdidos devido à pequenez dos gestores públicos, causando tristeza e indignação. Agradecemos a Felipe Pires pelo envio de O RIO DE JANEIRO E O PLANEJAMENTO URBANO MERCADOLÓGICO, a Carla Crocchi pelo poético e certeiro A RODA GIGANTE E O PÉ DE FEIJÃO, e a Sonia Rabello e Mario Moscatelli que gentilmente autorizaram a reprodução de textos muito importantes.(Leia mais)

ZONA PORTUÁRIA – FALTA HABITAÇÃO, FALTAM PROJETOS, SOBRAM CEPACS

Em 2011, a advogada e professora Sonia Rabello escreveu ‘Índices Construtivos Públicos Serão Mercadorias Monopolizadas’ e questionou a compra das CEPACS em ‘Negócios no Porto Maravilha: Publicizando os Riscos’. Em 22/10/2012 a imprensa informou que não houve muito interesse pelas CEPACs. Neste Blog, demos destaque para o caso do Banco Central, cuja lei especial foi aprovada posteriormente à divulgação do texto. Trecho de ARTIGOS: ZONA PORTUÁRIA – OUTROS PONTOS DE VISTA Zona Portuária – gabaritos de altura conforme Lei Complementar nº 101/2009 Na visão da Newsletter Ex-Blog “o projeto imobiliário do Porto Maravilha, depois de seis anos, está sendo um enorme fracasso”, o que é de se lamentar. Análises sobre o projeto para a chamada revitalização da Área Portuária foram objeto de diversas postagens neste blog, por exemplo em ARTIGOS: ZONA PORTUÁRIA – OUTROS PONTOS DE VISTA, em 01/11/2012, em A ERA JK ESTÁ DE VOLTA… NA ZONA(Leia mais)

Adeus, Cinema Leblon !

Cinema Leblon. Sem letreiro. Sem filme. Foto: Urbe CaRioca, 16/11/2015 O Cinema Leblon, como existe desde 1951, não haverá mais. A construção protegida pela primeira Área de Proteção do Patrimônio Cultural da Zona Zul do Rio de Janeiro, a APAC – Leblon, foi “destombada” pelo Prefeito do Rio, em ação oposta a uma das promessas de campanha: manter as APACs. Um grave precedente.   É verdade que tombamento e preservação não garantem a permanência de atividades comerciais. Mas também é inegável que a manutenção das edificações permite que outras medidas colaborem para a longevidade daquelas ou de usos similares. Coluna Gente Boa 18/11/2015 Cine Leblon fecha as portas para obras que começam em janeiro (…) As obras do novo complexo — que prevê a construção de um edifício de seis andares, três salas de cinema, livraria e restaurante — começam(Leia mais)

CAMPO DE GOLFE: O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL E UM PROGNÓSTICO INCRÍVEL

Área retirada do Parque Municipal Ecológico Marapendi, reserva ambiental integrante da Área de Proteção Ambiental Marapendi, para a construção de um Campo de Golfe: aproximadamente 450.000,00 m², ou, 45 ha.  Nessa medida está incluída a parte de 58.000,00 m² doada ao antigo Estado da Guanabara, portanto área pública e pertencente ao Parque. O restante seria obrigação do empreendedor dos condomínios Riserva também passar para a propriedade do município como parte do processo de licenciamento para construir, obrigação que, junto com a construção da Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, foi dispensada: outra benesse urbanística prejudicial à cidade com a qual proprietários do terreno e construtores foram agraciados, entre outros favores. A notícia publicada no Globo Esporte hoje poderia ser alvissareira. Entretanto, não cremos na hipótese apontada no subtítulo da manchete: MP pede perícia em campo de golfe, que pode acabar depois dos Jogos Ministério Público(Leia mais)

O RIO DE JANEIRO E O PLANEJAMENTO URBANO MERCADOLÓGICO, de Felipe Pires

sebraemercados Vale recordar o artigo de Felipe Pires ANÁLISE DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 30/2013 QUE PROPÕE A CRIAÇÃO DO CÓDIGO AMBIENTAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO publicado neste blog em junho/2014 quando o advogado especializado em Direito Ambiental analisou o texto daquele projeto de lei complementar, ainda em tramitação. Na ocasião, além de analisar a estrutura jurídica do documento e a técnica legislativa adotada, apontou algumas carências como, por exemplo, de mecanismos para garantir a participação efetiva da sociedade no processo decisório. Abaixo, os conceitos que têm norteado as transformações urbanas mais recentes no Rio de Janeiro em nome dos grandes eventos internacionais que a cidade recebeu e ainda receberá – em especial os Jogos Olímpicos de 2016 – e outras considerações do autor. Boa Leitura. Urbe CaRioca                 Parque Olímpico: ocupação(Leia mais)

PLC Nº 124/2015 E HABITAÇÃO SOCIAL – UMA PROPOSTA BEM INTENCIONADA

Ao contrário de um de seus pares, o PLC nº 123/2015 – UMA PANACEIA EMPACOTADA, aparentemente o Projeto de Lei Complementar nº 124/2015 tem algumas virtudes, coisa rara nos últimos tempos urbano-cariocas. A proposta faz parte do conjunto de normas urbanísticas e tributárias enviadas pelo Poder Executivo à Câmara de Vereadores no final de agosto passado, comentado inicialmente em  MAIS UM PACOTE DE LEIS URBANÍSTICAS PARA O RIO DE JANEIRO e listados em LEIS URBANÍSTICAS, PACOTE 2015 – DIVULGAÇÃO no último dia 08. Conforme a ementa o PLC “Dispõe sobre o cumprimento de obrigações para empreendimentos residenciais, comerciais e de serviços visando à produção de habitação de interesse social e dá outras providências”, um nobre objetivo. Segundo o artigo 1º “as obrigações de cessão gratuita ao Município de terreno ou de construção de escola ou outro equipamento urbano comunitário público (…) poderão(Leia mais)

O MÊS NO URBE CARIOCA – MAIO 2015

Caros leitores, Em MAIO tivemos artigos importantes de Jean Carlos Novaes e Sonia Peixoto, sobre questões ambientais, jurídicas e administrativas relacionadas ao Parque Nelson Mandela – o “Parque das Benesses Urbanísticas” – e o caso do Campo de Golfe construído em área de reserva ambiental. Mais uma vez, agradecemos por colaborarem com o Urbe CaRioca. Hotel Nacional, novos questionamentos sobre o Golfe dito olímpico, o problema das águas poluídas na cidade, a Região das Vargens, e o Metrô, estiveram entre os temas analisados e discutidos. Um destaque foi o resultado das atividades do grupo S.O.S. Patrimônio que levaram à ALERJ e à grande imprensa a situação precária de dezenas de bens culturais fluminenses e cariocas. Neste tema, a APAC de Botafogo pode estar em risco. E, não podemos esquecer que mães sempre são pioneiras, inclusive as Mães CaRiocas, é claro! Notas:1(Leia mais)

DIREITO DE SUPERFÍCIE A CAMINHO, DIREITO À CIDADE IGNORADO

Trata-se de novas benesses e negócios urbanísticos à custa do solo, do subsolo, e do espaço aéreo urbano-cariocas, em alguns casos mediante pagamento à Prefeitura. Leia-se: construções permanentes sobre ruas, interferência na paisagem urbana, aumento da intensidade de uso e áreas construídas nos bairros. Pode haver algo positivo. Em princípio, abrir vãos em empenas – mas, por que pagar à Prefeitura? – e permitir atividades junto às estações de trem para levar animação, parece interessante. Há que estudar cuidadosamente item a item e simular cada situação com imagens e cálculos de áreas, o único modo de vislumbrar o resultado de proposta tão intrincada. Trecho de VENDO O RIO –DIREITO DE SUPERFÍCIE: COMENTÁRIOS INICIAIS Em março e abril deste ano o Urbe CaRioca chamou a atenção para o Projeto de Lei Complementar nº 96/2015 que “institui a aplicação do direito de(Leia mais)

O CAMPO DE GOLFE DITO OLÍMPICO E A CORUJA-BURAQUEIRA

A foto estampada na coluna do prestigioso jornalista Ancelmo Gois (O Globo, 13/07/2015) causa espanto. O singelo Será? usado na legenda não passou despercebido ao Urbe CaRioca: sugere incredulidade diante da estranha afirmação da prefeitura, e dá consistência ao comentário. As análises e artigos publicados neste blog sobre o escandaloso caso do Campo de Golfe que é pano de fundo – ou, melhor, de frente – para um grande negócio imobiliário, retira parte expressiva da reserva ambiental / Parque Municipal Ecológico de Marapendi, e impede a continuidade da Via Parque que contorna a margem norte da Lagoa de Marapendi, são recordistas de visualizações desde o primeiro texto, PACOTE OLÍMPICO 2 – O CAMPO DE GOLFE E APA MARAPENDI, publicado no final de 2012. A foto da “corujinha” e a inacreditável recuperação da vegetação propagandeada pela Prefeitura (que, naturalmente, não faz referência à parte retirada por tratores(Leia mais)