Um Pecado chamado Adimplência

 A Saga de Urbanildo, um Carioca Legal Andréa Albuquerque G. Redondo Em seguimento à CrôniCaRioca Urbanildinho, um Carioquinha Legal, paródia do DeCad*, uma obrigação não obrigatória para os cariocas.   Urbanildo é um carioca legal. Simpático, está sempre com os impostos em dia. Quando pode, paga adiantado, pois prefere não ter dívidas, nem pagar com atraso, para que a Prefeitura não o considere inadimplente e aplique multas sobre os valores devidos, um castigo. Assim, fica despreocupado e sobra tempo para trabalhar tranquilo, e para o lazer com amigos. Os companheiros o apelidaram “O Carioca”. O alcaide da cidade onde mora Urbanildo é uma pessoa estranha. Simpático, é verdade, ora muito falante e animado, ora silencioso, conhece as virtudes daquele contribuinte, porém jamais o elogia – talvez o faça apenas durante Carnaval, quando tudo é fantasia. Ao contrário, sempre exigia mais(Leia mais)

Urbanildinho, um Carioquinha Legal

Um pecado chamado adimplência Andréa Albuquerque G. Redondo A CrôniCaRioca que é uma paródia do que dispõe – e impõe – o Decreto que criou a DeCad*, uma obrigação não obrigatória para os cariocas Urbanildinho é um menino carioca legal. Simpático e estudioso, está sempre com os deveres de casa em dia. Quando pode faz adiantado, pois prefere não dever o dever, nem entregar com atraso, para que a professora não se zangue e aumente o número de tarefas como castigo. Assim, fica despreocupado e sobra tempo para brincar com os amiguinhos. Os companheiros o apelidaram “Carioquinha”. A mãe de Urbanildinho é uma pessoa estranha, todavia. Simpática, é verdade, ora muito falante e animada, ora silenciosa, conhece as virtudes do filho, porém jamais o elogia. Ao contrário, sempre exige mais do pobre menino que, cioso dos deveres, cumpria suas obrigações(Leia mais)

Protejam o Santos Dumont, de Luiz Roberto Nascimento Silva

Neste artigo, publicado originalmente no O Globo, o advogado e ex-ministro da Cultura Luiz Roberto Nascimento Silva, endossa a recusa ao pleito do governo estadual em manter no Santos Dumont a ponte aérea, com ligações para São Paulo e Brasília, e transferir os demais voos domésticos para o Galeão. “Tão sábio como copiar as experiências e práticas dos demais países e cidades é evitar seus erros”, destaca. Urbe CaRioca Protejam o Santos Dumont Por Luiz Roberto Nascimento Silva * – O Globo – 08 de julho de 2021 Link original Sou fascinado pelas grandes cidades. Mesmo com o crescimento econômico do campo, o desafio da modernidade é travado nas cidades. Nelas é que pulsa o futuro. Nos últimos 20 anos, divido minha vida entre duas: Rio e Belo Horizonte. Por isso é que, ao ver o que pretendem fazer com(Leia mais)

O Plano Diretor e os desafios no século XXI: aproveitando dicas do Relatório Francês, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello destaca que os cidadãos da Cidade do Rio de Janeiro ainda não sabem o que estará previsto no novo Plano Diretor da Cidade, já que ainda não foi apresentado à população nenhuma minuta da sua redação geral.  Sem saber o que virá a autora traça uma possível relação do Plano e o recente Relatório e Proposta para França, apresentado ao presidente Macron. “Saiba porque quando se fizer leis urbanísticas justificando-as que são boas para os negócios, para o crescimento da cidade, para os empregos, melhor desconfiar”, afirma. Urbe CaRioca O Plano Diretor e os desafios no século XXI: aproveitando dicas do Relatório Francês Sonia Rabello Nós, cidadãos da Cidade do Rio de Janeiro, ainda não sabemos o que estará previsto no novo(Leia mais)

Museu de Ciências da Terra abre portas para investimentos para revitalização

Com a maior coleção de fósseis da América Latina e um inestimável acervo com milhares de amostras de rochas, minerais, meteoritos, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) deu um importante passo em meio ao robusto processo de revitalização pelo qual está passando. Desde a sua criação, em 1907, o Museu até então não tinha uma personalidade jurídica, o que impedia a captação de recursos de qualquer natureza, como de editais ou parcerias público-privadas. Esta realidade mudou no último dia 11 de junho, quando foi criado na Receita Federal o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do Museu de Ciências da Terra, o que permitirá o estabelecimento de parcerias com o terceiro setor para desenvolvimento de projetos e ações. Urbe CaRioca Museu de Ciências da Terra ganha CNPJ e abre portas para investimentos para(Leia mais)

Pedra Cantada: Hotéis do Rio devem ser transformados em prédios de apartamentos

Na última semana, a Prefeitura do Rio autorizou que o Hotel Glória seja convertido em um edifício residencial e de escritórios. Fechado desde 2013, o primeiro cinco estrelas do país deverá ser o primeiro de vários empreendimentos a passarem por essa transformação. Em 2020, o hotel começou receber obras para se tornar um empreendimento residencial, com mais de 250 unidades com conceito de apartamento tipo casa, com espaço amplo de um a quatro quartos, jardim e área de até 314 metros quadrados. O edifício foi comprado pelo Grupo Opportunity. O imbróglio envolvendo o Hotel Glória foi tratado diversas vezes neste blog (veja mais no final deste post) por ocasião da autorização concedida, na época, ao empresário Eike Batista, sendo o imóvel totalmente demolido internamente, inclusive o Teatro, embora a lei determinasse que os teatros demolidos devessem ser substituídos por outros,(Leia mais)

Vereadores aprovam projeto Reviver Centro: quem viver, verá

A Câmara Municipal do Rio aprovou, nesta terça-feira, dia 22, o Projeto de Lei Complementar nº 11/2021, que compõe o programa “Reviver Centro” — um pacote de mudanças urbanísticas e tributárias para atrair moradores e estimular a recuperação social, ambiental e econômica da região central da cidade. Além de novos padrões construtivos, o referido PLC implementa a chamada Operação Interligada, em que empreiteiras que investirem nessa recuperação de imóveis residenciais da região central ganham o direito de construir em outros bairros como Ipanema, Copacabana e Tijuca. A proposta recebeu 126 emendas. Do total, 51 foram incluídas no texto final. Entre as emendas aprovadas, está a que aumenta o percentual de desconto no valor da contrapartida que as construtoras pagarão à Prefeitura para construir em outras áreas da cidade na Operação Interligada, quando o investimento no Centro for feito na região(Leia mais)

Cinema Roxy continuará sendo cinema. Ou não.

A Prefeitura do Rio, publicou uma decisão no Diário Oficial do Município desta quinta-feira, dia 17 de junho, na qual inclui o Cine Roxy, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, no cadastro dos negócios tradicionais e notáveis da cidade. O Roxy agora faz parte da lista de bens imateriais do Rio, com o intuito de assim preservar o seu ramo de atividade. Em tese, quem comprar o imóvel, poderá até mudar o nome do clássico lugar, mas terá que manter o ramo de atividade como sala de cinema. Em tese… Estamos diante de uma tentativa do governo municipal para manter o cinema, talvez interessante e, talvez, com um quê de demagogia. Explica-se: Não se tomba o uso de um imóvel nem a atividade nele exercida. O cinema foi tombado em 2003 o que significa que elementos morfológicos estão protegidos(Leia mais)

O aumento da pressão sobre bens preservados no Centro do Rio: projeto Reviver Centro, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello destaca o aumento da pressão sobre os bens tombados no Centro do Rio pelo projeto Reviver Centro ? “Ao dar estímulos especiais aos prédios e terrenos não preservados vizinhos, na área dos bens preservados, o projeto cria situações econômicas diferenciadas entre estes bens (preservados), que terão o ônus de se manterem como tal, e os demais prédios que o circundam, e que poderão usufruir de muitos mais vantagens edificantes do que os primeiros. E qual a solução?”, questiona Urbe CaRioca O aumento da pressão sobre bens preservados no Centro do Rio: projeto Reviver Centro O projeto Reviver Centro aumentará a pressão sobre os bens tombados no Centro do Rio. E por quê? Porque, ao dar estímulos especiais aos prédios e terrenos não(Leia mais)

Os jardins da Rua General Glicério, em Laranjeiras

Um leitor do Urbe CaRioca, residente há duas décadas na confluência das ruas General Cristóvão Barcelos  e General Glicério, no bairro de Laranjeiras, relata que sempre ouviu falar que os jardins da “Cidade Jardim” (como foi denominada no lançamento dos prédios) são tombados. E questiona a respeito de dados históricos sobre esse tombamento pela antiga Prefeitura do Distrito Federal. De acordo com os levantamentos feitos pelo nosso site, incidem sobre o bairro várias leis e decretos que tratam da proteção do ambiente natural e do ambiente cultural. Em relação ao questionamento, de fato não encontramos informação específica sobre o possível tombamento dos jardins da Rua General Glicério. Todavia, os jardins estão preservados conforme o que consta no artigo primeiro e respectivo Inciso I da Resolução nº 27 de 04/11/1997 da Secretaria Municipal de Cultura, Cidade do Rio de Janeiro. Além(Leia mais)

O que você deve saber sobre arborização

A Semana do Meio Ambiente terminou. Mas o Meio Ambiente não terminará se for bem cuidado! Reproduzimos abaixo o folder de autoria da Fundação Parques e Jardins sobre o que você deve saber sobre arborização, publicado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro em 1996 como forma de esclarecer e conscientizar sobre as ações de preservação de nossas árvores e o impacto gerado no meio ambiente. As belíssimas aquarelas que ilustram o livreto são de autoria do arquiteto Carlos Silveira. Vinte e cinco anos após a publicação original, e vinte e nove anos após a Conferência Rio-92, realizada em terras cariocas, o momento de rever as orientações apresentadas com delicadeza é muito propício. Urbe CaRioca

Parque da Gávea é parque municipal ou reserva particular do patrimônio natural?, de Sonia Rabello

Neste artigo, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, a professora e jurista Sonia Rabello faz uma análise sobre o PLC nº 72/2018, em tramitação na Câmara Municipal do Rio, já na pauta para a 2ª votação, e que trata de um dos últimos mega terrenos em área nobilíssima, no bairro da Gávea, na Zona Sul. “Inocência ou desconhecimento, a forma da redação de como a proposta legislativa foi aprovada em 1ª votação apenas garante que os donos do terreno terão o seu índice de aproveitamento aumentado, com somente uma promessa – prevista em lei, mas sem qualquer efeito vinculativo – de se destinar a outra parte do lote a um usufruto coletivo e/ou ambiental”, destaca. O que pensa o leitor a respeito? Urbe CaRioca Rio: Parque da Gávea é parque municipal ou reserva particular do patrimônio(Leia mais)