História do Morro dos Dois Irmãos/Vidigal, de Cleydson Garcia

Neste artigo, publicado na página do “Especial Rio Antigo” e de autoria do estudante de Arquitetura e Urbanismo e pesquisador apaixonado pela história do Rio de Janeiro, Cleydson Garcia, a História do Morro dos Dois Irmãos / Vidigal. “O acesso antigo, era pelo tortuoso caminho da Chácara do Céu, chegava-se até ali, através do antigo caminho da Restinga, atual Rua Dias Ferreira. E o outro caminho, que estava semi-aberto pela obra da ferrovia, deu origem à Av. Niemeyer, inaugurada em 1916. Ligando Leblon até as terras do Comendador Conrado Jacob Niemeyer, no bairro de São Conrado”, destaca o autor. Boa leitura ! Urbe CaRioca História do Morro dos Dois Irmãos/Vidigal Por Cleydson Garcia *  A história do morro dos Dois Irmãos, se confunde com a história da comunidade de Vidigal. MIGUEL NUNES VIDIGAL Nasceu em 1745, na cidade de Angra dos Reis, então Capitania do Rio de Janeiro,(Leia mais)

Irregularmente oficial

Cláudia Madureira* Há 30 anos trabalhei na concepção do Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro. A Constituição Federal de 1988 estabelecia que as cidades com mais de 20.000 habitantes deveriam promulgar suas leis orgânicas, espécies de pequenas constituições municipais, e seus planos diretores. Meu grupo de trabalho foi o de habitação e, no final, coube a mim redigir o relatório deste grupo, já que ficara encarregada das pesquisas que o embasaram. Interrompi minhas férias, a pedido da Coordenação do Grupo, para tal. Conheci bem todo o diagnóstico da cidade pois Rachel Jardim, Maria Clara Redig de Campos e eu fomos encarregadas de fazer o resumo dos relatórios setoriais de meio ambiente, transportes, habitação, atividades econômicas. Na realidade, o de Habitação eu já havia feito, resumido, para meu grupo. Hoje resolvi revolver meus alfarrábios e encontrei o relatório.(Leia mais)

Habitação Social e o falso acesso ao direito de moradia pela grilagem de terras públicas de valor ambiental, de Sonia Rabello

Neste artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, uma análise sobre os recentes desabamento de prédios irregulares no Rio de Janeiro, na região da Muzema, na Zona Oeste e o destaque de que não se faz o acesso à moradia às custas do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades. “Um mercado de organizações centenárias de grilagens de terras, reflexo da nossa complacência com os governos que se omitem no planejamento urbano adequado das cidades”, afirma. Urbe CaRioca Habitação Social e o falso acesso ao direito de moradia pela grilagem de terras públicas de valor ambiental Sonia Rabello Chorando sobre o leite derramado. É o que aconteceu nesta semana com o desabamento de prédios irregulares na região da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O pior é que mais(Leia mais)

Ah! Meu Rio… Mais uma tragédia, agora na Muzema

Antes que as águas que varreram o Rio de Janeiro na última segunda-feira secassem, mais uma tragédia acontece, agora em local repleto de construções irregulares, em especial edifícios de cinco, seis, sete ou mais andares, conhecido por Muzema, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade: dois prédios foram abaixo nas primeiras horas de hoje. Outra vez, mortes, dor, perdas materiais. Desta feita, tragédia anunciada. O que falta acontecer para que as construções irregulares cessem? Há quase três décadas, um deslizamento de terra levou muitas vidas na Favela Santa Marta. A tragédia no Morro do Bumba, em Niterói, é lembrança mais recente. São apenas dois exemplos entre muitos, no Rio, e Brasil afora. Mas… “Somos pobres”. “Não temos outra opção”. “Falta Política Habitacional”. “Não há transporte público, precisamos morar perto do trabalho”. “Juntei dinheiro a vida toda para construir a minha casa”. “Posso pagar(Leia mais)

Cidades não resistentes às chuvas: centenas de anos sendo construídas, de Sonia Rabello

Neste artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, uma análise sobre o descaso com o planejamento e a desenfreada ocupação do solo urbano, tendo como exemplo a recente e repetida situação do Rio de Janeiro, debaixo d´água, ratificando que o seu urbanismo não resistiu. “Vidas, patrimônio e equipamentos urbanos destruídos. Será que a cada novo governo, a cidade dependerá das novas nomeações do prefeito de plantão? E a responsabilidade na escolha dos representantes que administram e legislam a Cidade?”, questiona. Boa leitura Urbe CaRioca Cidades não resistentes às chuvas: centenas de anos sendo construídas Por Sonia Rabello O Rio de Janeiro debaixo d´água mostra que o seu urbanismo não resistiu à destruição de vidas, do patrimônio pessoal dos pobres, à destruição de equipamentos urbanos. À parte das justas críticas à lentidão da ação da(Leia mais)

Ah! Meu Rio, o que dizer?

Haveria muito a dizer. O noticiário mostra imagens assustadoras, desde o final da tarde de ontem, quando teve início o temporal fortíssimo que abalou a Cidade do Rio de Janeiro, trouxe morte, destruição, e muitas perdas materiais, estas o menor problema, diante do quadro geral. Quem estava em local seguro, permaneceu abrigado, não foi surpreendido por enxurradas e deslizamentos, e conseguiu chegar à casa, mesmo que de barco do Corpo de Bombeiros, caminhando através das águas enlameadas, ou pendurando-se em grades ao longo das calçadas, pode considerar-se pessoa de sorte. Haveria muito a dizer. Sobre erros no planejamento urbano – ocupações  irregulares e irresponsáveis em encostas e margens de rios e lagoas,  ocupações regulares e irresponsáveis decorrentes de leis urbanísticas  permissivas e incentivadoras da especulação imobiliária, ocupações irregulares e regulares no caminho das águas na urbe sabidamente sujeita a enchentes,(Leia mais)

Igreja de Nosso Senhor do Bonfim: redes sociais em alerta !

Denúncia de Cláudio Prado De Mello sobre o desmonte na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, no Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro, divulgada via Facebook. Urbe CaRioca Denúncia alarmante e urgentíssima ! Cláudio Prado De Mello A notícia fato chega do preservacionista Junior Rangel que acaba de nos mandar fotos de um crime contra o patrimônio tombado da Cidade do Rio de Janeiro. Uma igreja ao lado de uma BR Nacional e que tem um posto policial a menos de 30 metros. O crime agora é contra a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, do Caju. Mais um patrimônio da época de D Pedro II sendo dizimado, como tantos outros de 2015 para cá. De ontem para hoje estão simplesmente desmontando a igreja e foi removida a imensa estrutura de ferro que fazia o vitral que iluminava o altar principal. Estamos(Leia mais)

No Rio e nas alturas!

O Congresso Mundial de Arquitetos, que acontecerá no Rio de Janeiro em julho de 2020, conforme divulgado neste blog, corre o mundo também pelos ares. A revista de bordo da Norwegian Airlines, que inaugurou voo Londres-Rio, divulgou imagens do Rio de Janeiro, contemplando em sua capa e páginas internas como a Cidade de tornou a capital da arquitetura no mundo. Sobre o Congresso Maior fórum mundial de arquitetura, o Congresso Mundial de Arquitetos UIA 2020 RIO é promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA) – sediada em Paris – e organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Ocorre a cada três anos, e, a partir da edição carioca, a cidade que sediar o evento receberá também o título de Capital Mundial da Arquitetura. Pela primeira vez no Brasil, o evento será realizado entre 19 e 26 de julho de 2020, no Rio, com(Leia mais)

Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! , de Sonia Rabello

Dando continuidade à discussão sobre a questão do Morro do Pasmado, publicamos o artigo da professora e advogada Sonia Rabello, publicado originalmente no site “A Sociedade em Busca do seu Direito”, no qual se destaca que, em 1938, o IPHAN fez tombamentos públicos importantes, incluindo o dos “morros do Distrito Federal“. “Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal. Logo, o Pasmado encontra-se tombado. Além disso, o Morro/Mirante tem outra proteção como patrimônio cultural; é entorno protegido, inserido na área de amortecimento da Paisagem Cultural Carioca !”, afirma. Boa leitura. Urbe CaRioca Morro do Pasmado: o tombamento ignorado! Sonia Rabello 1938: Com apenas um ano de existência, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional fez tombamentos públicos importantes, de ofício.  E um deles foi o dos “morros do Distrito Federal”. Na época, a Cidade do Rio era o Distrito Federal.(Leia mais)

Alegados legados hoje são equívocos olímpicos

BRT, VLT e Zona Portuária: é necessário reverter   Notícias recentes sobre alguns dos equipamentos urbanos e projetos de urbanização alardeados como “legados olímpicos” são desalentadoras. Exemplos são ratificados pelas publicações recorrentes publicadas nas mídias: “Passageiros do BRT protestam na estação Mato Alto por melhores condições no transporte” “Sem repasse, BRT ameaça suspender serviço; Prefeitura diz que assume o transporte em caso de paralisação” “VLT corre risco de parar de funcionar por conta de dívidas da Prefeitura” “Marcelo Crivella fez comentários sobre o VLT, se referindo ao serviço de transporte como “aquela porcaria” Patrimônio Histórico da Humanidade, Cais do Valongo sofre com lixo e descaso Na época das obras, este blog comentou a respeito, questionando algumas prioridades adotadas. Infelizmente, a realidade de 2019 mostra que é duvidoso fazer se não houver planejamento sobre como manter e garantir recursos para tanto. Quanto à(Leia mais)

Vende-se um morro – Pasmado anos 60, de André Decourt

Artigo sobre a História do Pasmado e a cobiça pelo morro, de André Decourt. Leitura imprescindível. Urbe CaRioca Vende-se um morro – Pasmado anos 60 por Andre Decourt – Publicado originalmente no blog foi um RIO que passou  O post de hoje é um resumo de recortes dos jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias e Jornal do Brasil entre os anos de 1965 e 1971 acerca das várias tentativas, nem todas lícitas, de se vender o Morro do Pasmado para um grupo hoteleiro, mais especificamente o Hilton. Este estudo singelo me ajudou a proferir as breves palavras no sábado passado na manifestação contra a cessão ilegal do Mirante para uma nebulosa associação. No início dos anos 60 o Hilton tentou construir seu prédio na Chácara do Céu, possivelmente onde hoje está o Sheraton (aliás acredito o projeto ser o mesmo)(Leia mais)

Morro do Pasmado: Manifestação pela proteção do Parque Público

O Mirante do Pasmado precisa de policiamento, apenas. Não de um museu, jamais de uma construção, nunca um obelisco sobre a Enseada de Botafogo. Os que defendem a obra não querem o Museu do Holocausto, mas, visibilidade. Ou, o Museu seria bem-vindo em outro local, adequado à paisagem urbana e natural, dentro da área aedificandi da Cidade, não em um Parque Público conquistado pela sociedade há mais de meio século, classificado como área non-aedificandi. Neste sábado, dia 16 de março, houve um grande ato de protesto, organizado pela Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (AMAB), contra a possível e inadequada construção de um Museu do Holocausto no local, escolhido pelo prefeito do Rio para a homenagem, composto por um obelisco com cerca de 20 metros de altura sobre larga base na qual estariam auditório e café/restaurante, além de jardins no seu entorno.(Leia mais)